quarta-feira, julho 28, 2010

Stirling Moss o campeão sem título...


Na corrida para a vitória em Antreé em 1955

1955 - Na boxe no GP do Mónaco

1955 - Monza - à espera do reboque após a quebra de motor do Maserati


1959 - Sessão de testes em Modena da Maserati Sport


Sir Stirling Moss é ainda hoje um nome inconfundível nas boxes dos Grand Prix, um dos pilotos mais rápidos da sua geração, que jamais chegou ao título de Campeão do Mundo, apesar dos quatro vice-campeonatos. Duas razões explicam este palmarés incompleto, de um dos melhores pilotos britânicos da F1 de sempre. O facto de ter sido, companheiro desse genial e campeoníssimo piloto de F1, Juan Manuel Fangio e um acidente em testes que o atirou para fora das pistas quando estava ainda com talento suficiente para discutir vitórias e títulos. O seu currículo no desporto automóvel, abrange também a sua passagem pelo antigo Campeonato Mundial de Marcas, onde Stirling Moss, obteve 12 vitórias absolutas quase sempre ao volante do Mercedes da categoria de sport Protótipos. Na F1, foi vice-campeão mundial de F1 em 1955,1956,1957 e 1958 e 3º em 1959,1960 e 1961, , o inglês nascido a 17 de Setembro de 1929, em West Kensington, iniciou a sua carreira no desporto automóvel numa prova de montanha com um BMW 328, mas a primeira participação a nível dos monolugares ocorreu em 1948 quando com um Cooper de F3 venceu dez provas dessa competição, no ano seguinte e já na Fórmula 2 vence quatro das seis provas da temporadas ainda com um Cooper privado, o T-9. Em 1950, torna-se piloto oficial, ao serviço da H.W.Motors, na F2 corre com um Cooper MK III, conseguindo várias posições de relevo mas a vitória no Mónaco é o momento alto da temporada. No famoso Tourist Trophy com um Jaguar XK-120, obtém a sua primeira vitória em turismos. Em 1951, aos 22 anos está na F1 sendo um dos mais jovens pilotos de sempre a chegar ao patamar mais alto do desporto automóvel, sem pontuar volta a ganhar o Tourist Trophy. No ano seguinte as desistências acompanham a sua presença na F1 mas com um Jaguar C Type vence três provas do mundial de Marcas e termina em 2º nas 24 horas de Le Mans ao serviço da Jaguar ( modelo C Type).Em 1953 participa em quatro GPs e com um Cooper T-23 é 6º na Alemanha o seu melhor resultado. Em Le Mans é de novo 2º mas vence as 12 Horas de Reims. Em 1954 afirma-se como o piloto  mais completo de Sport Protótipos da sua geração, vence cinco provas e com um Osca MT-4 obtém a primeira vitória fora da Europa nas 12 Horas de Sebring. Na F1 com um Maserati 250 F não oficial faz o seu primeiro pódio e as portas da Mercedes Sport, abrem-se para a temporada de 1955, obtém a primeira vitória em GPs na Inglaterra e com o modelo 300SL obtém três vitórias nas clássicas, Migla Miglia, Tourist Trophy e Targa Florio. A tragédia de Le Mans marcada pelo voo de um Mercedes sobre o público afasta a marca das corridas do Mundial de Marcas, Stirling Moss passa para a Maserati e triunfa no Mónaco e na Alemanha. Novas vitórias sucedem-se no Mundial de Marcas nos 1000 Km de Buenos Aires e nos 1000 Km de Nurburgrin, na F1 obtém o seu segundo vice e passa para Vanwall em 1957, vencendo o GP da Inglaterra com um chassis inglês um marco na história da F1 britânica. Venceu em Pescara e em Itália. Em 1958 está na Cooper e o frágil T-43, permite-lhe lutar pelo título, por um ponto escapa-lhe o título mas na estreia em Buenos Aires do chassis consegue o feito de vencer a prova com um motor traseiro, quando o frontal era dominante na F1. Com os Aston Martin DBR-1 venceu, no Mundial de Marcas, os 1000 Km de Nurburgring e o Tourist Trophy. Em 1959, a Vanwall retira-se da F1, corre na F1 e na F2, com um Cooper, mas na Inglaterra estreia o BRM P-25 e termina em 2º , vence várias corridas extra-campeonato e volta a somar vitórias em circuitos onde o êxito o a companha casos do Tourist Trophy ou das 1000 Km de Nurburgring é 3º no Mundial de F1. Em 1960 é de novo 3º, vence em Portugal, Itália e no Mónaco obtém a primeira vitória de um Lotus, o 18/21 e corre para o título, um desastre dramático na Bélgica atira-o para fora das pistas e quando regressa triunfa nos Estados Unidos. Com um Porsche de F2 vence três provas e em 1961 é de novo 3º e o Lotus 18 ganha no Mónaco e na Alemanha. Volta a ganhar no Tourist Trophy com um Ferrari 250GT. Em 1961, Rob Walker patrão de Stirling Moss abandona o modelo Lotus como “arma” da equipa, o Ferrari é o chassis para 1962, as críticas da imprensa britânica sucedem-se numa época em que a nacionalidade da equipa e do chassis era inquestionável, mas Stirling Moss, no Circuito de Goodwood testava o Lotus 18/21, quando o mesmo saiu da pista e bateu forte, o piloto britânco um dos melhores pilotos de sempre revelava após a recuperação do acidente perdas de memória e de reflexos, a opção era a retirada definitiva da Fórmula Um, sem a coroa de campeão que de resto mereceu em pista.

domingo, julho 25, 2010

A Ferrari dominou a prova germânica .....com uma dobradinha.



Fernando Alonso, o mais rápido em pista mas venceria sem ordem da equipa?... 



Filipe Massa batido pelo estratégia da Ferrari Sport.....????

Sebastien Vettel um pódio numa corrida em que o RB6 não mostrou perfomance para ganhar.. 

A Mclarem longe da discussão da vitória jogou nos pontos do campeonato.


Dobradinha da Ferrari no G.P. da Alemanha, uma grande jornada como diria na última volta o director desportivo da Ferrari Sport. De facto os F10, estiveram imparáveis na prova de hoje com Filipe Massa a liderar cerca de 90% da quilometragem da prova, após uma partida arrojada que o colocou na liderança, quando Vettel fechou a trajectória a Fernando Alonso. Num início de prova que se esperava muito rápido, uma vez que a maioria dos pilotos mais rápidos, doze,  “calçavam” pneus super macios, assim foi e a prova em pouco tempo tornou-se monótona com os Ferraris a superar os Red Bull e os Mclaren. Assim a prova só ganharia emoção nas 19 voltas finais quando Fernando Alonso atacava deliberadamente Filipe Massa e à 57ª volta, 2.7s era a vantagem do brasileiro sobre Alonso e o aviso da box, que o espanhol estava mais rápido, contribuiu para o volte face, assim e alguns minutos depois o F10 de Alonso passava a liderar o Grande Prémio, numa atitude táctica da equipa de Maranello que procurou evitar uma situação semelhante à que se viveu na Turquia com a Red Bull que perdeu os seus dois chassis. Porém não há dúvida que o espanhol foi o piloto mais rápido na prova germânica, batendo o record da volta pouco antes da bandeirada final com o tempo de 1.15.880., ou seja para o espectador comum o espanhol provavelmente chegaria à vitória considerando o ritmo imposto, mas seria um risco que a Ferrari Sport recusou-se a correr. A Red Bull, mostrou-se incapaz de pôr em causa o domínio da Ferrari e a Mclaren soma e segue, na liderança dos pilotos e marcas, com Jenson Button a pressionar  Lewis Hamilton nas voltas finais numa luta visível desde a 64º volta, sem resultado prático para o actual campeão do mundo. A Renault e a Mercedes completaram os lugares pontuáveis, mas Roberto Kubica, voltou a se colocar na frente dos chassis da Mercedes com V.Petrov a completar o excelente desempenho dos Renaults.


  
Circuito: Hockenhein;
67 laps; 306.458km;
Tempo:sol.

Geral Individual

1. Alonso Ferrari 1h28:38.866
2. Massa Ferrari + 4.196
3. Vettel Red Bull-Renault + 5.121
4. Hamilton McLaren-Mercedes + 26.896
5. Button McLaren-Mercedes + 29.482
6. Webber Red Bull-Renault + 43.606
7. Kubica Renault + 1 lap
8. Rosberg Mercedes + 1 lap
9. Schumacher Mercedes + 1 lap
10. Petrov Renault + 1 lap
11. Kobayashi Sauber-Ferrari + 1 lap
12. Barrichello Williams-Cosworth + 1 lap
13. Hulkenberg Williams-Cosworth + 1 lap
14. De la Rosa Sauber-Ferrari + 1 lap
15. Alguersuari Toro Rosso-Ferrari + 1 lap
16. Liuzzi Force India-Mercedes + 2 laps
17. Sutil Force India-Mercedes + 2 laps
18. Glock Virgin-Cosworth + 3 laps
19. Senna HRT-Cosworth + 4 laps

sábado, julho 24, 2010

Sebastien Vettel na pole do GP da Alemanha por dois milésimos....



Sebastien Vettel faz a 10º pole do RB6 em onze GPs

Fernando Alonso dominou a sessão até ao último minuto....?



Jenson Button o melhor do MP4/26 mas longe de ser favorito para a corrida?

Sebastien Vettel garantiu à poucos minutos a 10ºpole position da temperada de 2010, numa sessão de treinos em que Fernando Alonso, foi a grande figura nas três sessões de qualificação que dominou integralmente até ao último minuto. Para o alemão, os dois centésimos ganhos a Alonso foram determinantes para garantiram a pole numa sessão que foi regularmente mais rápido que Mark Webber, num momento em que o ambiente é de cortar à faca no interior da Red Bull. Filipe Massa, pela primeira vez nos lugares do pódio após o acidente da temporada passada no final dos treinos da manhã de hoje, todavia a sua luta com Mark Webber será um dos aspectos a seguir na prova de amanhã onde os Ferrari F10 e os Red Bull RB6 deverão lutar pela vitória. A Mclarem, garantiu a terceira linha e surpreendentemente Jeson Button foi o melhor dos MP4-25. Roberto Kubica voltou a fazer uma excelente sessão de treinos e a Wiliams voltou a bater a Mercedes, com Nico Hulkenberg a relegar Michael Schumacher para fora da última sessão de qualificação. Nico Rosberg apesar de ter sido pela nona vez mais rápido que Michael Schumacher em onze GPs, não foi capaz de se impor ao veterano Ruben Barrichello que tem tido um papel notável desenvolvimento no Wiliams FW3. Os Force Índia, voltaram a demonstraram alguma perda de evolução estando mais longe dos Mercedes e dos Wiliams e os chassis estreados na actual temporada estão ainda longe da competitividade que se deseja a este nível.



Tempos da sessão de treinos  Q1  Q2  Q3



1. Vettel Red Bull-Renault 1:15.152 1:14.249 1:13.791
2. Alonso Ferrari 1:14.808 1:14.081 1:13.793
3. Massa Ferrari 1:15.216 1:14.478 1:14.290
4. Webber Red Bull-Renault 1:15.334 1:14.340 1:14.347
5. Button McLaren-Mercedes 1:15.823 1:14.716 1:14.427
6. Hamilton McLaren-Mercedes 1:15.505 1:14.488 1:14.566
7. Kubica Renault 1:15.736 1:14.835 1:15.079
8. Barrichello Williams-Cosworth 1:16.398 1:14.698 1:15.109
09. Rosberg Mercedes 1:16.178 1:15.018 1:15.179
10. Hulkenberg Williams-Cosworth 1:16.387 1:14.943 1:15.339
11. Schumacher Mercedes 1:16.084 1:15.026
12. Kobayashi Sauber-Ferrari 1:15.951 1:15.084
13. Petrov Renault 1:16.521 1:15.307
14. Sutil Force India-Mercedes 1:16.220 1:15.467
15. de la Rosa Sauber-Ferrari 1:16.450 1:15.550
16. Alguersuari Toro Rosso-Ferrari 1:16.664 1:15.588
17. Buemi Toro Rosso-Ferrari 1:16.029 1:15.974
18. Trulli Lotus-Cosworth 1:17.583
19. Kovalainen Lotus-Cosworth 1:18.300
20. Glock Virgin-Cosworth 1:18.343
21. Senna HRT-Cosworth 1:18.592
22. Liuzzi Force India-Mercedes 1:18.952
23. Yamamoto HRT-Cosworth 1:19.844
24. di Grassi Virgin-Cosworth

segunda-feira, julho 19, 2010

Bruno Magalhães a vitória esperada ... numa situação inesperada...


Bruno Magalhães a confirmação de um piloto que necessita de mais experiência


Kris Meeke pela primeira vez a sorte acompanhou o piloto britânico


Juho Hanninen falhou a vitória mas caminha a passos largos para o título.

Ricardo Moura a revelação do SATA RALLY

A etapa final do Raly Sata Açores, foi marcada pela incerteza até a bandeirada de chegada, se Bruno Magalhães, iniciou a etapa pressionado por Juho Haninen e com poucas hipóteses de resistir ao piloto da Skoda Motorsport. Um problema de caixa ajudou a que os pilotos da Skoda se posicionassem na luta pela vitória, todavia Juho Haninen seria vítima de um furo e surpreendentemente Jan Kopechy encontrava-se em posição de ganhar a prova, enquanto Bruno Magalhães atacava o piloto checo, de tal forma que esta acabaria por errar dando a primeira vitória absoluta a Bruno Magalhães no IRC. A Tronqueira conhecida classificatica dos rallys acoreanos foi decisiva  nesta edição da prova açoreana fazendo lembrar os tempos da volta à Iha  A prova do fim-de-semana seria marcada ainda pela excelente prova do micaelense, Ricardo Moura que venceu a produção colocando-se à frente dos melhores pilotos do nacional de rallys numa prova sem erros e onde a rapidez foi o elemento dominante no seu rally  e  finalmente Kris Meeke, que após uma serie de furos e de tantos azares que tem marcado a sua participação nesta temporada obteve o melhor resultado ano, numa prova em que a sorte pela primeira vez acompanhou o britânico no IRC :

Classificação Geral.

1º Bruno Magalhães /Peugeot 207 S2000 – 2.34.04s
2º Kris Meeke/Peugeot 297 S20000 – a 1.00.1s
3ºJuho Haninen/Skoda Fabia S2000 . 1.20.7
4ºAndreas Mikelsen/Ford Fiesta S2000 – 4.45.6
5ºRicardo Moura /Mitsubhish Lancer Evo IX – 5.22.
6ºPedro Vale/Mistsubhish Lancer Evo 7- 10.55.3
7ºVitor Pascoal/Peugeot S2000/12.08.7
8ºSérgio Leal/Subaru IMprenza STI -12.54
9ºBernardo Sousa/Ford Fiesta S2000 – 13.09
10ºRicardo Reis/Mitsubhish Lancer EVo IC -14.23.

sexta-feira, julho 16, 2010

Magalhães resiste à pressão da Skoda Motorsport....



  Juho Haninen está ao ataque e na luta pela vitória.

Ricardo Moura é o melhor local e domina a Produção

A dia de hoje do SATA Açores  ficou marcado pelo ataque cerrado dos Skoda Motorsport , a Bruno Magalhães que mostrou novamente que é capaz de se bater com os melhores pilotos do IRC e um pouco mais de experiência e de conhecimento, poderá ser um favorito neste campeonato. Todavia, a parte final da etapa foi marcada pela ofensiva de J.Haninnen que foi ganhando segundo atrás de segundo, independentemente do furo traseiro no Peugeot Spot Portugal. J.Kopeck tem cumprido o seu papel mas é para todos os efeitos o terceiro piloto da equipa. Assim e numa primeira avaliação para o dia de amanhã, fica a certeza que um dos três primeiros ganhará o rally e a dúvida é se Bruno Magalhães vai resistir a pressão dos Fabia da Skoda Motorsport. A luta entre Andreas Mikkelsen e Kris Meeke será outro dos pontos chaves de uma das mais notáveis edições do Sata Rally. Finalmente uma palavra especial para Ricardo Moura, primeiro local e líder da produção, a demonstrar que os regionais da Madeira e dos Açores, permitem a evolução de uma série de pilotos capazes de se impor aos pilotos nacionais que há meia dúzia de anos eram inacessíveis em termos de andamento.


Geral (top Teen)

1ºB.Magalhães /Peugeot 207 S2000 - 1-28.35s
2ºJ-Hanninen/Skoda Fabia S2000 - a 2.2s
3ºJ.Kopecky/Skoda S2000 – a 8.2s
4ºA.Mikkaelsen/Ford Fiesta S2000 – 48.9s
5ºKris Meeke/Peugeot 207 S2000 – 51,7
6ºB.Sousa/Ford Fiesta S2000 – 2.23 m
7ºR.Moura/Mitsubishi Lancer Evo.X – 3.38m
8ºV.Pascoal/Peugeot 207 S2000 – 3.43m – 1ºProdução.
9ºP.Peres/Mistsubhishi Lancer EVo X -6m28s
10ºPedro Vale/Mitsubhishi Lancer Evo VII -6,55.

Os IRC aceleram na bela e fantástica ilha Verde




Bruno Magalhães revela todas as potencialidades ....ao melhor nível...?


 
  Bernardo Sousa, jogando nos pontos mostra simplesmente que está ao nível dos melhores do IRC

Andreas Mikkelsen , um nome a fixar ...mais um finlandês voador?

 Jan Kopeck fabuloso durante a noite mas longe de impor o Skoda de forma inperial .... 

Kris Meeke uma prova muito regular para quem anda sempre na frente até bater...?

O Sata Rally dos Açores, está já na estrada e depois do domínio na etapa nocturna de Jan Kopecky, o piloto da Skoda desceu na classificação, numa prova em que Bruno Magalhães, tem domonstrada ser um dos melhores pilotos do IRC, liderando a prova e deixando Kris Meeke a cerca de 28.6 o que é obra, já que o britânico é simplesmente um dos pilotos mais rápidos desta categoria. Sensacional tem sido a prova, do madeirense Bernardo Sousa,que está a menos de 1 s de Kris Meeke numa prova em que este jovem promissor dos rallys nacionais, posiciona-se no terreno com as devidas precauções já que o título de Campeão Nacional é outra das suas motivações que justifica a sua presença na fantástica ilha verde. Geral Provisória: 1º Bruno Magalhães (Peugeot 207 S2000) -24m24.0s; 2ºAndreas Mikkelsen (Ford Fiesta S2000) a 1.3s; 3ºJan Kopecky (Skoda Fabia S2000) 6.6s; 3ºJ.Haninninen (Skoda S2000) a 13.6s; 5ºK.Meeke (Peugeot 207 S2000) 28s. e 6ºBernardo Sousa (Ford Feista S2000) a 29s.

quarta-feira, julho 14, 2010

O Fulvia HF a primeira aposta oficial da Lancia nos rallys internacionais...

O 3º de Sandro Munari no East San African  de 1974 foi o último grande resultado do Fulvia



     A vitória de Sandro Munari no Monte Carlo de 1972 foi o maior sucesso da história do HF



Tony Fall ganhava o TAP de 1969 mas era desclassificado por transportar a sua namorada à chegada ao Estoril.


O Fulvia marcou definitivamente a afirmação da Lancia nos rallys internacionais ainda antes da criação do Mundial de Rallys. O sucesso da marca transalpina, limitava-se ao Nacional de Rallys italiano, onde o Flavia, ganhava as edições de 1962 e 1963 do San Remo, que então era uma prova do campeonato nacional Italiano de Rallys. Em 1964 surgia o 2C, que ficaria conhecido pelo Fulvia, que possuía um peso de cerca de 900 Kg e atingia uma velocidade de ponta de 180 Km/h. A sua estreia oficial em competição ocorreu em 1964 em Monte Carlo, mas a primeira vitória absoluta só surgiu  no ano seguinte em San Remo através do piloto transalpino Leo Cella, que repetiu o êxito no ano seguinte já com a versão HF que tornaria marca italiana numa equipa respeitada nos rallys da época. Fora da Itália os primeiros registos da competitividade do HF foram obtidos pelo jovem e promissor piloto, o sueco Ove Andersson com dois segundos lugares em 1967, np Monte Carlo e no Acrópele . Mas seria o britânico, Tony Fall a chegar às vitórias em 1968 no Rally da Tap e em San Remo e era na prova italiana, que se registaria a primeira dobradinha do HF com Pat Moss em segundo. Mas, o maior sucesso do HF ocorreu na sua prova talismã o San Remo, com a tripla Harry Kallstron ( o vencedor), Rauno Aoltomen e o local, Barbassio. O sueco Harry Kallstron no final da temporada era Campeão Europeu de Rallys. Em 1970, iniciava-se o Campeonato Internacional de Marcas, a Lancia afirmava-se como uma das grandes animadoras, Simo Lampinen, piloto da primeira geração de finlandeses voadores ganhava o TAP e a nova promessa italiana, Sandro Munari era segundo na prova portuguesa. O finlandês obtinha novo pódio (3º) nos 1000 Lagos e o sueco, Harry Kallstron falhava a vitória em San Remo era 2º. Em 1971, o HF somava mais alguns pódios mas ficava em branco a nível de vitórias: San Remo ( 2ºAmilcarre Ballestrini /3ºBarbassio); Portugal (2ºSandro Munari) ; Harry Kallstron (3ºSuécia) e Simo Lampinem (3ºAcrópele). Em 1972 o campeonato internacional era promovido a Campeonato da Europa de Marcas e o Lancia Fulvia HF fazia a sua melhor temporada de sempre e era campeão europeu de marcas com base numa serie de bons resultados entre os quais a vitória em Monte Carlo que em tornos de retorno publicitário era tão importante como ganhar o campeonato. Principais resultados: Sandro Munari (1ºMonte Carlo); Amilcarre Ballestrini (1ºSan Remo); Simo Lampinen (2º na Acrópele) Harry Kallstron (3ºna Suécia). Em 1973 uma nova competição marcava os rallys internacionais o Campeonato Mundial de Rallys, mas o elegante e rápido, HF estava definitivamente ultrapassado, o Lancia Stratos HF, efectuava os seus primeiros ensaios em vários circuitos internacionais com vista a provas de velocidade,  mas em 1974, o protótipo da Lancia estreava-se nos rallys e abria uma nova etapa de sucesso no Grupo FIAT. Resultados do modelo HF no Mundial de Rallys: Em 1973 - Harry Kallstron(8ºMonte Carlo, 4ºSuécia); Mauro Pregliasco (7ºSan Remo) e Simo Lampinen (8ºSan Remo) 11º no Mundial de Marcas. Em 1974 – A Lancia já com o Stratos HF tornava-se pela primeira vez campeã Mundial de Marcas – mas o HF ainda pontuaria para a marca com o 3º no Safari com Sandro Munari, mas a marca italiana fazia alinhar outro modelo para alem do Stratos HF o Beta Coupé era o fim do Fulvia ao serviço da equipa de fábrica.

domingo, julho 11, 2010

A Citroen imbatível na Bulgária...


Sebastien Loeb anormal é não ganhar....?


Peter Solberg afirma-se como o principal adversário dos C4 oficiais.


Sem surpresa Sebastiel Loeb venceu o Rally da Bulgária, aliás a surpresa era se o melhor piloto de rallys de sempre não ganharia, no asfalto da nova prova do WRC. Por outro lado, o domínio dos C4 foi evidente desde a 1ªSS, acabando com interesse desportivo da prova, logo na 1ªEtapa. E nesta perspectiva, a aproximação a Daniel Sordo, por Peter Solberg era a único ponto de interesse considerando que o C4 privado do norueguês, terminava o dia de sábado ao ataque. Mas a manhã, marcou o volte face com Daniel Sordo, muito forte ao seu melhor nível vencendo algumas SS e assegurando com toda a facilidade o lugar intermédio do pódio. Os Ford Focus RS, atrasados pela escolha de pneus continuaram a marcar passo, J.M.Latvava, acabaria mesmo por descolar de Miko Hirvonen com problemas hidráulicos e P.G.Andersson cumpriu o que se deseja a um estreante terminar o rally.Com quase meia temporada realizada, o WRC começa a estar moribundo, na medida que para ganhar, a solução é o C4, faltam equipas de fábrica….esperemos que os futuros Worl Rally Cars, possam contribuir para uma mudança…. Classificação oficial (Top Teen)


1. Sebastien Loeb Citroen 3h02m39.2s
2. Dani Sordo Citroen + 29.5s
3. Petter Solberg Citroen + 36.3s
4. Sebastien Ogier Citroen + 1m55.0s
5. Mikko Hirvonen Ford + 3m17.8s
6. Jari-Matti Latvala Ford + 4m28.5s
7. P-G Andersson Ford + 5m25.2s
8. Frigyes Turan Peugeot + 7m04.0s
9. Matthew Wilson Ford + 9m28.6s
10. Henning Solberg Ford + 13m06.0s

Mark Weber uma vitória clara a 5º da Red Bull


Mark Webber mostrou em Silvestorne que é mais que o nº2 da equipa.


Lewis Hamilton - soma e segue na liderança do mundial de pilotos


Nico Rosberg uma prova sem erros com um carro que nasceu torto...?

Mark Webber vence de forma incontestável em Silvestorne, dominando a corrida inglesa de princípio ao fim após o despiste de Sebastien Vettel, seguido de um furo, logo na primeira volta e relegado da luta pela vitória. Mas, a terceira vitória de Mark Webber foi marcada por uma prova sem erros e cuja rapidez foi nota dominante, mesmo quando a entrada do Safety Car permitiria teoricamente a aproximação de Lewis Hamilton. Os Mclaren, que estiveram mal durante os treinos livres e de qualificação, mas acabaram com um excelente resultado de conjunto, se Lewis Hamilton foi rei e senhor do seu segundo posto ao longo da prova, Jenson Button, fez um excelente resultado de conjunto sem incomodar, Nico Rosberg cujo Mercedes esteve um excelente comportamento e a chegada ao pódio, é um justo prémio para o jovem alemão que se mostra muito desgastado pela falta de competitividade do MGP W01 em alguns circuitos. Interessante a evolução dos chassis de Frank Wiliams com os dois FW23 nos lugares pontuáveis, a confirmação de Kamui Kobayashi, que volta a figurar no “Top Teen”, depois de uma prova rápida e consistente, sem erros com um monolugar que está longe de ser, do grupo da frente. Por último, não podemos deixar de fazer referência à Ferrari que não pontuou em Silvestorne, embora Fernando Alonso, mostrou que era capaz de lutar pelo pódio, um toque em Roberto Kubica, a respectiva penalização atirou-o para fora dos pontos e a sua reparação acabaria interrompida por um furo a duas voltas finais.



Grand Prix da Inglaterra


Circuito de Silverstone.
52 laps; 306.747km.
Tempo: Sol.


Classificação Geral


1. Webber Red Bull-Renault 1h24:38.200
2. Hamilton McLaren-Mercedes + 1.360
3. Rosberg Mercedes + 21.307
4. Button McLaren-Mercedes + 21.986
5. Barrichello Williams-Cosworth + 31.456
6. Kobayashi Sauber-Ferrari + 32.171
7. Vettel Red Bull-Renault + 36.734
8. Sutil Force India-Mercedes + 40.932
9. Schumacher Mercedes + 41.599
10. Hulkenberg Williams-Cosworth + 42.012
11. Liuzzi Force India-Mercedes + 42.459
12. Buemi Toro Rosso-Ferrari + 47.627
13. Petrov Renault + 59.374
14. Alonso Ferrari + 1:02.385
15. Massa Ferrari + 1:07.489
16. Trulli Lotus-Cosworth + 1 lap
17. Kovalainen Lotus-Cosworth + 1 lap
18. Glock Virgin-Cosworth + 1 lap
19. Chandhok HRT-Cosworth + 2 laps
20. Yamamoto HRT-Cosworth + 2 laps

sábado, julho 10, 2010

A Red Bull imparável em Silvestorne



Sebastien Vettel fez mais uma pole mas Mark Webber está à espreita....? 


Fernando Alonso o F10 os 1ºs não Red Bull

No novo e rápido traçado de Silvestorne, os Red Bull, mostraram o que todos os especialistas de F1, já sabem o RB 6, é o melhor chassis de F1, do momento e o seu domínio ao longo dos treinos livres, dão a Sebastien Vettel e a Mark Webber a garantia de lutarem pela vitória final, uma avaria mecânica ou um desentendimento durante o GP como ocorreu no Grand Prix da Europa, são sem dúvida os possíveis adversários de uma equipa que mostra mais consistência e rapidez que a concorrência. Fernando Alonso e Lewis Hamilton, mostraram mais uma vez que são dois pilotos que fazem a diferença, o espanhol esteve muito próximo dos RB6 e um ligeiro atraso na ultrapassagem a Ruben Barrichello, impediu de chegar à primeira linha, quando se revelava o mais rápido em dois parciais na pista de Silvestorne. Mas, Lewis Hamilton, foi provavelmente mais convincente ao colocar o Mclaren na segunda linha, quando o MP4-25, passou os treinos livres e qualificação com problemas de tal forma que Jenson Button, não partiria para a terceira fase de qualificação. Os Mercedes, estiveram muito bem na qualificação, mas Michael Schumacher, não foi capaz de evidenciar o ritmo que tinha evidenciado ao longo da mesma e uma vez mais foi batido por Nico Rosberg, que anda francamente desapontado com as potencialidades do MGP W01. Eficiente como sempre, Roberto Kubica, voltou a colocar o Renault numa posição brilhante e a Sauber agora com Pedro La Rosa, a mostrar que o C29 continua em plena evolução. Tempos Oficiais da qualificação:

1. Vettel Red Bull-Renault 1:29.615
2. Webber Red Bull-Renault 1:29.758
3. Alonso Ferrari 1:30.426
4. Hamilton McLaren-Mercedes 1:30.556
5. Rosberg Mercedes 1:30.625
6. Kubica Renault 1:31.040
7. Massa Ferrari 1:31.010
8. Barrichello Williams-Cosworth 1:31.126
9. La Rosa Sauber-Ferrari 1:31.274
10. Schumacher Mercedes 1:31.022
11. Sutil Force India-Mercedes 1:31.109
12. Kobayashi Sauber-Ferrari 1:31.421
13. Hulkenberg Williams-Cosworth 1:31.635
14. Button McLaren-Mercedes 1:31.435
15. Liuzzi Force India-Mercedes 1:31.708
16. Petrov Renault 1:31.638
17. Buemi Toro Rosso-Ferrari 1:31.901
18. Alguersuari Toro Rosso-Ferrari 1:32.430
19. Kovalainen Lotus-Cosworth 1:34.405
20. Glock Virgin-Cosworth 1:34.775
21. Trulli Lotus-Cosworth 1:34.864
22. di Grassi Virgin-Cosworth 1:35.212
23. Chandhok HRT-Cosworth 1:36.576
24. Yamamoto HRT-Cosworth 1:36.968





Sebastien Loeb lidera de forma imperial na Bulgária

A viagem do WRC à Europa de Leste até ao momento não trouxe nada de novo em termos de competitividade. O facto de ser um Rally, novo para todos não impediu um domínio quase insolente do C4 e de Sebastien Loeb, que voltou a dominar a concorrência. A chuva acabou por baralhar os homens da Ford que montaram no Focus RS, pneus duros, que acabariam por  se revelaram incapazes na aproximação aos homens da Citroen. Na verdade as classificativas encontravam-se molhadas e húmidas, de tal forma que M.Hirvonen e J.M.Latvava perdiam mais de um minuto só na SS5. Os pilotos da Ford ainda procuraram reduzir o impacto da SS5 na Geral e entraram ao ataque na SS6, porém a anulação da SS7, impediu qualquer tentativa de reduzir a distância para os C4 mais lentos, ficando tudo adiado para o resto da prova. Daniel Sordo, ao longo da prova foi quem mais perto esteve do campeoníssimo francês quando se fala nos bastidores que será o 2º piloto da equipa em 2011. De realçar, ainda a prova táctica e sem erros de P.G.Andersson que tem feito tempos nos lugares pontuáveis mas longe das perfomances dos seus companheiros da BP-Ford. Geral Oficiosa.



1. Sebastien Loeb Citroen 1h32m21.2s
2. Dani Sordo Citroen + 30.0s
3. Petter Solberg Citroen + 56.8s
4. Sebastien Ogier Citroen + 1m59.9s
5. Mikko Hirvonen Ford + 2m32.1s
6. Jari-Matti Latvala Ford + 2m40.2s
7. P-G Andersson Ford + 4m01.1s
8. Frigyes Turan Peugeot + 4m11.0s
9. Matthew Wilson Ford + 5m42.0s
10. Henning Solberg Ford + 7m41.2s

sexta-feira, julho 02, 2010

O Quattro - o pioneiro da tracção integral nos rallys


                             Segunda evolução do Sport Quattro o Super Carro do extinto Grupo B 


Stig Blomqvist deveu a sua internacionalização e o título mundial ao Sport Quatttro 


                                      Hannu Mikkola  no Safari em 1984

                   
                      Herald Demuch  um privados que triunfou nas provas  do Europe de Rallys

Corria o Outono de 1980 em plena cidade de Génova tive o privilégio de assistir ao Salão Automóvel, daquela cidade, um dos carros mais feios que então registei era um Audi Sport Quattro, lembro-me de comentar com alguns ex-colegas da minha juventude no Funchal que tinha vista naquela exposição um Audi 80, longo, muito feito e que tinha uma tracção semelhante à dos Jipes, tinha então nascido a tracção integral às quatro rodas. Em Janeiro do ano seguinte o tal Audi Quattro, fazia a sua estreia no Monte Carlo, com Hannu Mikkola e pela Michele Mouton, sem grandes resultados no final mas ao longo do Rally Hannu Mikkola deu um minuto a toda a gente por classificativa a época dos super-carros tinha iniciado. Mas, no gelo sueco o carro alemão, cilindrava a concorrência era a primeira vitória de Hannu Mikkola no Quattro. Em San Remo, a bela Michele Mouton tornava-se a primeira mulher a ganhar uma prova do Mundial de Rallys. A temporada de 1982 foi marcada pelo domínio claro, com a tripla Stig Blomqvist, Hannu Mikkola e Michele Mouton. Em 1993 o Audi Quatro encontrou um rival , o Lancia Rally 037, que venceu o campeonato de marcas mas o título de pilotos, foi atribuído ao piloto mais completo do tem Hannu mikkola. Na temporada seguinte tudo voltaria à normalidade com o domínio integral do carro alemão, que vence nas marcas e Stig Blomqvist que até então era o senhor dos rallys da neve, nomeadamente da Suécia ganha o mundial. Mas, 1994 foi o último ano do canto do cisne, era a hora do Peugeot 205 Turbo 16 e a última vitória da Audi com o modelo 200 Quattro, ocorreu no Safari já na época dos Grupo A. Em 1988, o Audi desapareceu do mundial de rallys, mas o modelo continuou a ser comercializado até 1991. Em dez anos de produção, de todas as versões da gama Audi Quattro fabricaram-se apenas 11.500 veículos, número que evindencia a classe verdadeiramente luxuosa do Audi Quattro. Características técnicas do Quattro: Produção: 1981-1991.Motor: turbo 5 cilindros, 2144cc, 300 cv. Dimensões:4,400m de comprimento, 1.72 m de largura, 1,375 m de largura. As 24 vitórias da Audi foram obtidas: Versão Quattro: 1981-Suécia;1982-Suécia, Portugal ,Acrópele, Brasil, 1000 Lagos, San Remo e RAC; 1983 – Suécia, Portugal, Aregentina, 1000 Lagos e RAC; 1984 – Monte Carlo, Suécia, Portugal, Grécia, Nova Zelândia e RAC. Versão Sport Quattro: 1984-Costa do Marfim e San Remo e 1987-Safari.