quarta-feira, agosto 31, 2011

A Benetton um sponsor que se tornou numa equipa de sucesso


Gerhard Berger /Benetton M198 no ínicio da era Benetton ( in Archivo Cahier) 

4ºUSA(1989) - Nelson Piquet /Benetton B189/Ford  (foto de N.Snowdon)


Michael Schumacher fundamental para o título de construtores de 1995 ( in Archivo Cahier)

A Benetton chegou à F1 como "Sponsor" mas estreou-se no Mundial de F1 com o construtor em 1986 no GP do Brasil com o B-186/BMW, tendo como pilotos Gehard Berger e Teo Fabi, com o austríaco a marcar o primeiro ponto (6º) para a marca britânica. Mas, primeiro grande feito da Benetton, ocorreria no circuito de Zeltweg quando os B-186 ocupariam a primeira linha com Teo Fabi a fazer a pole e na antepenúltima prova no GP do México a primeira vitória absoluta do construtor através de Gehard Baerger. B-187/Ford foi o chassis utilizado por Teo Faby e Tierry Bousten para a temporada de 1987, dois pódios foram obtidos pelos pilotos da equipa, com Teo Faby 3º na Austria e Thierry Bousten 3º na Austrália, mas o belga esteve sempre na discussão pelos primeiros lugares e na Espanha rodava em 2º quando foi obrigado a abandonar. O B188 –Ford era então um dos carros mais bonitos do pelotão e o mais rápido dos aspirados, na época em que os motores turbo tinham conquistado a F1. Em 1988, o italiano Alessandro Nanin entrava na equipa e fazia dois pódios enquanto Thierry Bousten fazia seis pódios e terminava o Mundial de pilotos em 4º mas era recrutado pela Wiliams no final da época. Alessandro Nanin passava a chefe de fila e com o velho B188/Ford vencia a edição de 1989 no Japão, integraram a equipa Jonnhy Herbert e Emanuel Pirro, que apenas pontuaria no Japão (5º). B 189 na versão B iniciava o campeonato mas o B 190/Ford seria o chassis da temporada de 1990, entregues a Alessandro Nanin, Nelson Piquet e Roberto Moreno, com os dois brasileiros a fazer uma dobradina no Japão e com Nelson Piquet a vencer as duas últimas provas do Mundial de F1. A dupla brasileira começa a temporada de 1991 com o B191/Ford, Nelson Piquet obtém a sua última vitória em GPS no Canadá e claramente o líder da equipa, mas no GP de Monza é batido pelo novo recruta da Benetton, Michael Schumacher (5º) e que se torna até final da temporada na estrela do team. Em 1992 a primeira grande época da Benetton, é vice-campeão de construtores e Michael Schumacher vice-campeão de pilotos, faz vários pódios tal como seu companheiro da equipa Martin Brundle e vence o 1ºGP na Bélgica, os B191/ford B e 192/Ford, foram os chassis utilizados. Ricardo Patrese junta-se a Michael Schumacher que vence em Portugal o B193/Ford nas versão A e B, permitiram vários pódios, mas os Wiliams e os Mclarens estavam mais à frente.O B194 não é o melhor chassis do pelotão, mas Michael Schumacher chega ao título e soma cinco vitórias, Jos Vertasppen faz dois pódios, mas Jonnhy Herbert e J.J.Letho, também passaram pelo volante dos Benetton. Michael Schumacher chega ao bi-campeonato e ganha nove provas e J.Herbert também vence duas provas com o B195/Renault V10. Com saída de Michael Schumacher para a Ferrari,   verifica-se o regresso de Gerhard Berger para pilotar o B196/Renault V10 e Jean Alesi é outra aposta da Benetton, que marca regularmente pontos, faz vários pódios mas não vence nenhum Grand Prix.Na temporada de 1997 a Benetton mantém a dupla de pilotos e o mesmo motor e Gerhard Berger obtém a última vitória do construtor. Nova dupla para o Benetton B198/Playfile, Giancarlo Fisichella que faz vários pódios e Alexander Wurz que contribui com vários lugares pontuáveis, numa temporada que os carros azuis estão no final da temporada a meio da tabela. Um novo carro para a época de 1999, o M199 a mesma equipa e mais uma época regular, que volta a repetir-se em 2000. Jenson Button é a nova aposta da Benetton para acompanhar Alessandro Nanini num ano em que a Renault ganha alguma importância no seio da Benetton e que acaba por adquirir a mesma na sua pior época em termos de classificação numa temporada. Posições no Mundial de F1: 6º (1986), 5º (1987); 3º (1988), (4º1989), (3º1990); 4º (1991); 2º(1992), 3º (1993); 2º(1994); 1º(1995); 2º(1996); 3º(199); 5º (1998), 6º(1999); 4º (2000) e 7º(2001) . Participou em 260 GPs; obteve 27 vitórias, 15 poles, 36 voltas mais rápidas. e 94 pódios.

segunda-feira, agosto 29, 2011

Jean Ragnotti um piloto de referência da Renault Sport


Jean Ragnotti e o desastroso Alpine Renault A310 no Rally de Portugal 
(foto in "O melhor Rally do Mundo, dir. de João Anjos, p.75)




5ºJean Ragnotti -Renault R5 Turbo no RAC (1981)
(Foto in C.Taylor) 
8º Monte Carlo (1987) -Jean Ragnotti (Renault 11 Turbo)  na estreia do Grupo A.
(in Martin Holmes, World Rallying 10, p.33)


3ºJean Ragnotti (Renault R5 Alpine) com o frágil R5 Alpine
(foto de H.W.Bishop)

29 de Agosto de 1945, em plena II Guerra Mundial, nasce em França Jean Ragnotti um dos pilotos mais carismáticos do campeonato nacional de rallys de França e uma das figuras históricas do departamento de Rallys da Renault Sport. Ao longo da sua carreira de duas décadas, utilizou os mais diversos modelos da marca francesa estreou-se com R 8 Gordini em 1967 e no WRC em 1973 em Monte Carlo com o R12 Gordini.  Especialista em asfalto, ganhou três provas do WRC em Monte Carlo (1980) com o R5 Turbo e na Córsega em 1982 ( R5 Turbo) e em 1985 ( R Maxi Turbo). Fez 41 provas no WRC, terminou vinte e duas e fez nove pódios, tendo vencido cerca de 90 classificativas ao longo das suas participações. A sua participação no WRC ocorreu fundamentalmente no Monte Carlo e na Córsega, com excepção do ano de 1976, quando a Renault apostou no A310 Alpine um carro pouco competitivo que apenas teve um resultado de relevo em cinco provas (5º na Córsega) e o no ano de 1987, com o R11 Turbo que marcou o regresso da marca francesa ao WRC após o fim dos Grupo B, tendo sido 5º no Mundial. Jean Ragnotti foi outro grande piloto da geração pioneira do WRC cujo palmarés não reflecte a sua notoriedade devido há fidelidade à Renault Sport. Modelos como o R5 Alpine, R5 Turbo, R Maxi Turbo e R 11 Turbo, foram produto das longas sessões de testes levadas a cabo por Jean Ragnotti.    

domingo, agosto 28, 2011

Will Power ganha na Califórnia e relança a luta pelo título...



Wil Power fez simplesmente uma prova de ponta a ponta .... (foto in site IRL)


Wil Power  dominou por completo o GP de Sonoma na Califórnia pontuável para o campeonato Indy Cars Series. O australiano, obteve a 5ª vitória da temporada e a 14ª da sua carreira num fim-de-semana que também conquistou a sua 22º pole positions. Wil Power fez uma corrida à parte e apenas não esteve na liderança durante os dois pit-stop ou seja liderou nada menos que 73 voltas do Grand Prix. A prova, foi também um grande momento de demonstração das potencialidades dos chassis de Roger Penske que dominaram o pódio da prova da Califórnia, Castro Neves (2º) e Brian Briscoe (3º). A Target Chip Gnassi, colocou os seus dois pilotos no Top Five, com Dario Franchitti (4º), menos agressivo do que habitual apesar da pressão sem consequências que exerceu sobre Brian Briscoe durante a segunda parte da corrida, com Scott Dixon (5º) sempre atento a espera de tirar partido dessa luta. A verdade é que os homens da Penske estiveram inacessíveis e nem a entrada do Pace Car a nove voltas do fim permitiu a aproximação dos homens da Gnassi. Apesar de tudo Dario Franchitti saiu da Califórnia com uma vantagem de 26 pontos sobre Will Power quando faltam quatro provas para o final da temporada de 2011.      

Sebastien Vettel reforçou em Spa a corrida para o título....

 Sebastien Vettel e a Red Bull estão definitivamente no caminho dos títulos de pilotos e construtores. (foto de AutoMotorSport)

A largada em Spa um dos momentos críticos do Grand Prix (foto in ESPN F1)

O F150 It. regrediu na sua promissora evolução. (foto in Madein.Motorsport.com)

 Brunno Senna excelente qualificação mas cometeu um erro imperdoável na prova.
 (foto in Auto MotorSport)







  
A 12ª prova do Mundial da F1, marcou o regresso de Sebastien Vettel às vitórias a 7ª vitória na presente temporada, numa prova dominada pelos Red Bull sem grande oposição, na qual o team obteve a sua segunda dobrinha da temporada. De facto o RB 7, voltou a estar em bom plano, ainda que Jenson Button tenha demonstrado e confirmado que o MP4/26 é um forte opositor. De facto ambos os pilotos de Martin Whitmarsh estiveram em bom plano, Jenson Button chegou ao pódio e fez uma excelente prova com duas ultrapassagens seguidas no espaço de duas voltas a dois bons pilotos como são Filipe Massa e Nico Rosberg. E apenas toque de kamu kobayashi na 13ºvolta no McLaren de Lewis Hamilton impediu que a prova fosse mais animada, uma vez que o campeão do Mundo de 2009 tem sido o piloto que maior oposição tem feito aos Red Bull. Fernando Alonso, certinho como sempre chegou a estar na liderança na parte inicial do Grande Prémio numa altura em que a maioria dos pilotos da frente fizeram várias paragens face à degradação dos pneus, algo inesperado, apesar de Spa-Francorchamps ser uma pista muito técnica. Porém as condições meteorológicas acabaram por surpreender os próprios técnicos da Pirelli e a primeira metade do GP ficou marcada por um intenso tráfico nas boxes.  Todavia, a Ferrari não confirmou no GP da Bélgica, alguma evolução que o F150 It., apresentava nas últimas corridas. Michael Schumacher acabou em beleza um fim-de-semana que começou muito mal, fazendo uma excelente prova desde a última posição à 5ª, batendo o seu companheiro da equipa Nico Rosberg que chegou a liderar o Grand Prix nos seus momentos iniciais. Por último de referir o erro de Bruno Senna que ao tocar em Jaime Alguersuari comprometeu a excelente qualificação de ambos, acabando com as expectativas que rodeavam o seu regresso à F1 com um chassis minimamente competitivo.

Classificação Geral e Individual

1. Vettel Red Bull-Renault 1h26.44.893
2. Webber Red Bull-Renault + 3.741
3. Button McLaren-Mercedes + 9.669
4. Alonso Ferrari + 13.022
5. Schumacher Mercedes + 47.464
6. Rosberg Mercedes + 48.674
7. Sutil Force India-Mercedes + 59.713
8. Massa Ferrari + 1m06.076
9. Petrov Renault + 1m11.917
10. Maldonado Williams-Cosworth + 1m17.615
11. Di Resta Force India-Mercedes + 1m23.994
12. Kobayashi Sauber-Ferrari + 1m31.976
13. Senna Renault + 1m32.985
14. Trulli Lotus-Renault + 1 lap
15. Kovalainen Lotus-Renault + 1 lap
16. Barrichello Williams-Cosworth + 1 lap
17. D'Ambrosio Virgin-Cosworth + 1 lap
18. Glock Virgin-Cosworth + 1 lap
19. Liuzzi HRT-Cosworth + 1 lap

 
A qualificação em Spa-Francorchamps ficou marcada por dois acontecimentos, a oitava pole à tangente de Sebastien Vettel e a notável perfomance de Brunno Senna, que na sua estreia com o R31, não só foi mais rápido que Vitaly Petrov como garantia uma posição na 4ºlinha da grelha á frente de Fernando Alonso. Lewis Hamilton, esteve igual a si mesmo e foi capaz de manter a serenidade necessária, para lutar pela pole até final depois do toque com as rodas do Wiliams de Pastor Maldonado. Filipe Massa voltou a ser o melhor do F150 Itália, numa sessão de treinos para Fernando Alonso esquecer, onde inclusivamente foi batido por Jaime Alguersuari que fez a melhor qualificação de sempre com o Toro Rosso STR que está longe de ser um chassis competitivo. Igualmente para não recordar, a má qualificação de Jenson Button afastado da terceira sessão de qualificação e comemoração dos 20 anos de carreira de F1 do campeão de outras temporadas, Michael Schumacher que nem sequer foi capaz de registar um tempo, após um estranho despiste em Rivage no qual o MGP W02 perdeu uma das rodas acabando por se imobilizar numa das escapatórias. Na cauda do pelotão, os Lotus continuam a evoluir e Heikke Kovalainen voltou a entrar na segunda qualificação enquanto que Jerome Ambrosino (Virgin) e os HRT, fizeram tempos abaixo dos 107% e só a inconstância do tempo, nomeadamente a chuva que caiu nas duas sessões da qualificação, permitirão a sua presença na edição 2011 do GP da Bélgica. Tempos da qualificação.

1. Sebastian Vettel Red Bull-Renault 1m48.298s
2. Lewis Hamilton McLaren-Mercedes 1m48.730s + 0.432
3. Mark Webber Red Bull-Renault 1m49.376s + 1.078
4. Felipe Massa Ferrari 1m50.256s + 1.958
5. Nico Rosberg Mercedes 1m50.552s + 2.254
6. Jaime Alguersuari Toro Rosso-Ferrari 1m50.773s + 2.475
7. Bruno Senna Renault 1m51.121s + 2.823
8. Fernando Alonso Ferrari 1m51.251s + 2.953
9. Sergio Perez Sauber-Ferrari 1m51.374s + 3.076
10. Vitaly Petrov Renault 1m52.303s + 4.005
Q2 cut-off time: 2m04.625s Gap **
11. Sebastien Buemi Toro Rosso-Ferrari 2m04.692s + 1.924
12. Kamui Kobayashi Sauber-Ferrari 2m04.757s + 1.989
13. Jenson Button McLaren-Mercedes 2m05.150s + 2.382
14. Rubens Barrichello Williams-Cosworth 2m07.349s + 4.581
15. Adrian Sutil Force India-Mercedes 2m07.777s + 5.009
16. Pastor Maldonado Williams-Cosworth 2m08.106s + 5.338
17. Heikki Kovalainen Lotus-Renault 2m08.354s + 5.586
Q1 cut-off time: 2m07.194s Gap *
18. Paul di Resta Force India-Mercedes 2m07.758s + 5.945
19. Jarno Trulli Lotus-Renault 2m07.773s + 5.960
20. Timo Glock Virgin-Cosworth 2m09.566s + 7.753
21. Jerome D'Ambrosio Virgin-Cosworth 2m11.601s + 9.788
22. Tonio Liuzzi HRT-Cosworth 2m11.616s + 9.803
23. Daniel Ricciardo HRT-Cosworth 2m13.077s + 11.264
24. Michael Schumacher Mercedes no time


Jan Kockecky uma vitória ao segundo....


  Jan Kpopecky uma vitória à tagente mas justa ( foto de Stary Pet)

 Thierry Neuville acabou por ser o primeiro não Skoda resistindo a um sensacional Andreas Mikkelsen (foto de Nextagen-Auto.com)


Craig Green apenas uma estreia interessante do piloto protegido pela M Sport no IRC
(foto de Petr Sagner) 

A segunda sessão iniciou-se com Andreas Mikkelsen a arriscar a “andar no máximo” como afirmou no final da SS13 , o piloto da Skoda UK que face ao furo na última ronde da primeira etapa continua a sua recuperação, procurando desalojar, Thierry Neuville da 4º posição, porém o piloto do 207 S2000, não desarma e fez o 2º tempo mas perdeu mais, 5.4s. Na frente, a luta entre Jan Kopeck e Freddy Loix, atingiu o rubro com o checo a passar para o comando do rally mas com Freddy Loix a perder apenas, 1s. O checo, estava preocupado com a caixa de velocidades que não foi mudada na área de serviço, ao contrário do belga que aproveitou para mudar para uma versão mais longa e com capacidade de atingir maior velocidade nomeadamente na última SS que deverá ser decisiva em termos de vitória absoluta, face ao duelo que se tem verificado entre os dois homens da Skoda. De realçar a entrada do jovem estoniano, Karl Kruuda no top10 após a desistência do infeliz Guy Wilks com problemas na correia do alternador, interrompendo a recuperação que estava a fazer.  Andreas Mikkelsen volta a fazer o melhor tempo nos 10km48, da especial de Kuldovice e Jan Kopecky ganha mais um segundo a Freddy Loix, adiando a questão da vitória absoluta para a segunda classificativa mais longa da prova – Maják 2 (22.69 Km).  Thierry Neuvile continua a resistir ao ataque sem quartel do Skoda da UK e procurara manter os 10s que mantém de vantagem, numa altura da prova em que é o único não Skoda entre os seis primeiros. Freddy Loix seria o mais rápido na última SS mas Jan Kopecky ganhava o rally por 1 segundo… numa prova dominada integralmente pelos Skoda Fabia S2000, cabendo a Thierry Neuville a honra de ser o primeiro piloto com uma marca que não a checa. Uma prova muito particular, com fases distintas, com um Jan Kopecky a procurar a vitória desde o início, com  Freddy Loix a fazer uma prova a todos os títulos excepcional  e com Andreas Mikkelsen a demonstrar que é já uma esperança dos rallys internacionais.  CClassificação final: -1ºJ.Kopecky (skoda Fabia S2000) 2.15.51s; 2ºF.Loix (Skoda Fabia S2000) a 1.2s; 3ºJ.Häninen(Skoda Fabia S2000) a 36.2s; 4ºT.Neuville(Peugeot 207 S2000) a 1.59.6s; 5ºA.Mikkelsen (Skoda Fabia S2000) a 2m05.07s; 6ºT.Gardmeister(Skoda Fabia S2000) a 3m43.2 s; 7ºCraig Breen (Ford Fiesta S2000) a 3m47.4; 8ºR.Kresta(Skoda Fabia S2000) a 4m21,.5s) 9ºP.G.Andersson (Proton Satria Neo 2000) 4.41.1s e 10ºK.Kruuda (Skoda Fabia S2000) a 4.54.44.

Freddy Loix o quarto líder ....o quarto Skoda na frente....(foto in Site IRC) 

No final da 1ºsessão da 2ª Etapa, Frddy Loix é o quarto homem da Skoda a liderar o Rally Barum, que atacou logo nos 22 Km da SS10 em Maják (22.69Km), fazendo o melhor tempo numa fase em que as estradas húmidas face à chuva que caiu durante a noite implicava uma certa prudência, mas o piloto belga arriscou não cometeu erros e reduziu drasticamente a vantagem de Jan Kopecky de 19.6s para 5.6s. O líder da prova, à entrada da SS11 em Kuldovice admitiu que teria dificuldades em manter o comando se Freddy Loix continuasse a rodar ao nível que estava a rodar desde a tarde de ontem. Juha Häninen, ao longo da manhã de hoje, esteve mais preocupado em manter-se na estrada do que entrar na luta com os seus adversários e ao contrário do que se esperava, perdeu nada menos de 9s para o belga da Skoda. Por lado, o piloto da Skoda Motorsport fez a SS12-Halenkavize (22.73Km) com problemas de aderência, chegando admitir que o Fabia S2000 tinha furado o que não se confirmou mas apesar de tudo ainda fez o 3ºtempo da especial. Bryan Bouffer começou a etapa da pior maneira, despistando-se a 2km do final da SS destruindo uma roda ao bater forte num pedregulho, sendo obrigado a abandonar a magnífica prova que vinha fazendo. Andreas Mikkelsen, foi o mais rápido na sessão matinal de hoje vencendo as duas SS e Guy Wilks está em plena recuperação e Thierry Neuville é o melhor Peugeot 207 S2000. A jovem esperança britânica, Graig Green inscrito pela M Sport está a cumprir o seu papel na sua estreia nos rallys internacionais, voltando esta manhã a andar muito rápido como já tinha feito na tarde de ontem. Classificação Geral Top10 – quando os concorrentes estão a recuperar as suas mecânicas, na zona de serviço em Otrokovice: 1ºJan Kopecky/Skoda Fabia S2000 – 1h45m35.1s; 2º Frddy Loix/Skoda Fabia S2000/ a 1s; 3ºJuho Häninen/Skoda Fabia S2000 a 10.2s; 4ºTierry Neuville/Peugeot 207 S2000/ a 1m53,9s; 5ºAndreas Mikkelsen/Skoda Fabia S2000 a 2m11.4s; 6ºToni Gardmeister/ Skoda Fabia S2000 a 2m53.6s; 7ºCriag Breen/Ford Fiesta S2000 a 3m05.7s; 8ºGuy Wilks/Peugeot 207S2000 a 3m21.3s; 9ºRoman Kresta/Skoda Fabia S2000 a 3m28.1s e 10ºP.G.Andersson/Proton Sartria Neo S2000 a 3m28.1s.

sábado, agosto 27, 2011

Jan Kopecky é o terceiro líder do Barum ....vencendo a 1ª Etapa.


Jan Kopecky consolidou a liderança mas a luta pela vitória continua aberta
(foto de Nextgen -Auto.com)

Freddy Loix dominou a segunda ronde e surpreendeu Juho Häninen que continua sob pressão
( Foto in Site IRC) 

Guy Wilks foi vítima do azar numa prova que o 207S2000 da Kronos estava ao nível dos "Skodas"
(foto de Peter Sgner in Ewrc.CZ. 

 
A segunda ronde que terminou ao final da noite, confirmou a liderança de Jan Kopecky e dos Skoda Fabia S2000. Sem vencer nenhuma das quatro classificativas, o checo foi ganhando alguns segundos a Andreas Mikkelsen durante a segunda sessão da 1ª Etapa, mas a SS de Trojak 2, afastou definitivamente o jovem dinamarquês do pódio quando rodava a 7.3s do piloto da Skoda Motorsport. Um furo no pneu traseiro, deixou Andreas Mikkelsen a 2m de Jan Kopecky que foi o único piloto da frente que não sofreu qualquer problema com os pneus. Guy Wilks foi outro dos azarados, furando na última SS em Semetin 2 numa altura em que já estava fora do pódio e procurava aproximar-se de Bryan Bouffer que entretanto era o melhor dos 207 S2000. Em recuperação continuava Juho Häninen que se envolvia em luta directa pela segunda posição com Freddy Loix. O piloto belga, esteve mesmo imparável e venceu três SS contra uma do finlandês, batendo regularmente o líder da prova e mostrando que está tudo em aberto para a etapa da manhã de domingo. Os Proton Satria Neo S2000, mantêm-se em prova, mas Per Gunnar Andersson é o único no top 10, face ao atraso de Giacomo Basso, mas também as recuperações notáveis de Roman Kresta acidentado no Shakedown e de Breen Graig que se estreia no IRC. Guy Wilks, está agora em 12º e a sua recuperação, juntamente com a luta entre os Skodas S2000 são sem dúvida, alguns dos pólos de interesse no regresso dos bólides à estrada daqui algumas horas. Classificação Geral (Top 10): 1ºJan Kopecky (Skoda Fabia S2000) 1.14.28; 2ºJuho Häninen (Skoda Fabia S2000) a 19.7s; 3º Freddy Loix(skoda Fabia S2000) a 19.7S; 4ºBryan Bouffer (Peugeot 207 S2000) a 23.07s; 5ºTierre Neuville (Peugeot 207 S2000) a 1.51s; 6º Andreas Mikkelsen (Skoda Fabia S2000) a 2m09s; 7ºTony Gardmeister (Skoda Fabia S2000) a 2m25s; 8ºBreen Graig (Ford Festa S2000) a 2m32s; 9ºRoman Kresta (Skoda Fabia S2000) a 2m46s e 10ºPer Gunnar Andersson (Proton Satria Neo S2000) a 2m50s.



Jan Kopecky domina  controlando Andreas Mikkelsen mas a luta pela vitória mantém-se ...


A caminho do início da SS3, Jan Kopecky ascendia à liderança do seu rally para gáudio dos muitos milhares de espectadores que seguem o desenrolar dos acontecimentos do rally checo. Na SS2 (Bikupice -8.89 Km), Kris Meeke foi o mais rápido, mostrando a vontade de vencer a prova, um desejo que o piloto da Peugeot UK acreditava antes da partida para a estrada. No final da SS, o piloto britânico afirmou apenas que estava andar ao seu rimo. Na frente, da prova mantinha-se um Skoda, agora Andreas Mikkelsen após um toque de Juho Häninen, que provocou algumas vibrações no pneu esquerdo da sua viatura. Também com problemas mas de acerto, debatia-se Thierry Neuville que esperava melhorar o set- up 207 S2000 da sua viatura ainda esta manhã. Na SS3 com 12.95 km, Jan Kopecky foi o mais rápido e assumiu a liderança, perante um Guy Wilks verdadeiramente rápido e ao ataque e que apesar da falta de instabilidade da sua máquina ficou a 2s do novo líder, numa altura em que Andreas Mikkelsen passava a rodar no 3º posto, sem problemas e não arriscando, afirmando que tudo estava OK. Juho Haninen mantinha-se na 6ºposição após os problemas na SS2. Na SS4 em Troják com os seus 28.9 km, os três Skoda que tem animado o rally destacaram-se dos demais com Jan Kopecký a ganhar um segundo a Andreas Mikkelsen que recuperou um lugar a Guy Wilks que foi batido por Thierre Neuville na luta entre os 207 S2000, enquanto que Juho Häninen (3º) está já a pressionar Frddy Loix na disputa pela entrada no Top 5, na classificativa que agora terminou ganhou nada menos que 5s ao veterano piloto belga. Por sua vez, Freddy Loix atribui a perda de tempo para o campeão do IRC de 2010 por erro na escolha de pneus, já que a opção pelos macios, não foi a decisão mais acertada. Guy Wilks chegava ao final da SS4 com um futuro traseiro e começa a estar fora do alcance da luta directa com os Skoda que marcou a prova do piloto da Peugeot UK durante a primeira fase da ronde matinal. De salientar ainda a entrada, do segundo Proton Satria Neo S2000 no top 10 com Giacomo Basso a cerca de 12.2s de Gunnar Petersson o melhor da equipa oficial. Concluídos os 11.49 Km da SS de Semetín a caravana caminha em direcção à área de serviço para a ronde da tarde, com Jan Kopecky a dominar os acontecimentos, ainda que tenha sido Bryan Bouffer o mais rápido na última especial da manhã, mas com Jan Kopecky a controlar os acontecimentos e voltando a ganhar mais três segundos a Andreas Mikkelsen que foi 5º em Sometín. Classificação Provisória no final da 1ª Ronde que ainda não terminou: 1ºJan Kopecky/Skoda Fabia S2000 - 40.51.8.; 2ºAndreas Mikkelsen /Skoda Fabia S2000 a 5.8s; 3ºGuy Wilks/Peugeot 207 S2000 a 11.7s; 4ºBryan Bouffer /Peugeot 207 S2000 a 12.5s; 5ºJuho Häninen/Skoda Fabia S2000 a 14.4s;6ºFreddy Loix /Skoda Fabia S2000 a 24.6s; 7ºThierre Neuville/Peugeot 207 S2000 a 47.0; 8ºPer Andersson /Proton Saria Neo S2000 a 1m30s, 9ºMichel Solowow/Ford Fiesta S2000 a 1m51.6 e 10ºGiacomo Basso/Proton Saria Neo S2000 a 2m09.5

sexta-feira, agosto 26, 2011

Os Skoda dominam em casa....



 Juho Häninen já está na frente ( foto in Site IRC)
Andreas Mikkelsen à procura da sua 1ºVitória no IRC,  (foto de Petr Sagner, in Ewrc.CZ ) 

Luca Beti e o seu despiste espectacular no Shakedown ( foto de Petr Eliás in Ewrc.Cz)

Andreas Mikkelsen foi o mais rápido no Shakedown realizado na manhã de hoje, depois ter efectuado o melhor tempo , esta manhã numa pequena sessão de 4Km entre Napajedla e Zlutava, que foi marcada pelo espectacular acidente do simpático e rápido piloto italiano , Luca Beti. O jovem norueguês, que voltou a mostrar que está mais à vontade com o Skoda Fabia S2000 como já tinha feito no Rally dos Açores , afirmando que o Shakedown, “ não podia ter corrido melhor”, mostrando-se muito satisfeito com o acerto da configuração do seu S2000. Porém , a primeira ordenação do Rally ficou estabelecida à pouco mais de uma hora, com Juho Häninen a efectuar o tempo mais rápidionos 9.3 Km da SS1 em Zlín com Andreas Mikkelsen a perder 5s para o actual campeão do IRC. A vedeta local, Jan Kopecky completou um pódio completamente dominado pela SKoda Motorsport., o piloto checo afirmou à chegada que não havia razão para arriscar logo na classificativa de abertura.. Roman Kresta, outro dos favoritos não foi além do 8º posto após um despiste que poderia ter sido dramático durante o Shakedown e não arriscou minimamente nesta sessão inaugural. Guy Wilks limitou-se a ser o primeiro não “Skoda” , numa prova em que o britânico espera um bom resultado.

Classificação (Top10)

1º Juho Hänninen/(Skoda Fabia S2000) 7 m 03.42º Andreas Mikkelsen/(Skoda Fabia S2000) + 0,5 3º Jan Kopecký/(Skoda Fabia S2000) + 1.1s4º, Freddy Loix/(Skoda Fabia S2000) + 2.2 5º Guy Wilks/(Peugeot 207 S2000) + 2.6s6º Thierry Neuville/(Peugeot 207 S2000) + 5.3s 7º Bryan Bouffier/(Peugeot 207 S2000) + 8.0s 8º Roman Kresta/Petr bruto (Skoda Fabia S2000) + 10,7 s
9ºVáclav Pech/Ralliart Lancer Evolucion) + 12.910ºPavel Valousek/Peugeot 207 S2000 + 12.9

Emma Gilmour na rota do WRC ?...


 
Emma Gilmour a estrela dos rallys da Nova Zelândia a caminho do WRC, foto in Wordpress.com.


A W Motorsport continua a preparar intensamente a sua entrada no WRC segundo algumas fontes Miho Hirvonen e Jari Matti Latvala, já foram contactados com a finalidade de constituírem a dupla do Polo WRC para 2013. Mas a notícia de que Emma Gilmour irá testar para a W Motorsport é sem dúvida uma surpresa para todos os que acompanha o WRC e as categorias de ascensão à disciplina máxima. Segundo algumas fontes, a neozelandesa, que corre com um Subaru Impresa STI WRX no campeonato nacional do seu país, mostra-se interessada em disputar o WRC e a oportunidade da W Motorsport surge no momento exacto. O primeiro teste ao serviço da W Motorsport (?), deverá ocorrer provavelmente no Rally da Nova Zelândia ao volante de um Skoda Fabia S2000. Para Kris Nissen director da W Motorsport, a nacionalidade e o género não é elemento determinante para o recrutamento dos pilotos da marca mas a sua capacidade de desempenho e confirmou também que Emma Gilmour fará um teste para a marca mas não se referiu se será na prova do WRC do seu país. E acrescentou que seria uma honra, para a marca germânica colocar nos rallys internacionais uma equipa feminina a exemplo do que fez a Audi Sport na década de 1980.       

quinta-feira, agosto 25, 2011

Piers Courage ...um dos pilotos mais rápidos da sua geração sem chassis competitivos...



GP da Alemanha 1969- a sua melhor época com o Brabham BT26, in R.Schlegelmilch, Grand Prix p.24

O bonito e trágico, Tomaso 505 - Mónaco 1970, in Archivo Cahier  

Pires Courage, oriundo de uma família abastada britânica, chega aos monolugares em 1964, após uma experiência particular com o seu Lotus 7. Mas, seria associado a Jonathan Wiliams, que iniciava uma carreira com pretensões, na Ecurie Lucas de Fórmula 3, chegando ao título britânico em 1966. E a estreia na F1 ocorreria no mesmo ano com um Lotus 44/Cosworth de F2 que terminou com um acidente. Colin Chapman, voltava a apostar no jovem inglês em 1967 mas o Lotus 25/ BRM não terminava o GP da África do  Sul e era Reg Parnel, que apostava em Pires Courage para pilotar o  BRM P261 no GP Mónaco. Para 1968, mantinha-se na equipa britânica com o P 126 com a finalidade de fazer a sua primeira temporada completa na F1 e finalmente após oito Grandes Prémios chega ao fim de uma corrida e nos pontos (6º). E nos quatros GPS terminou pontuou duas vezes mas foi 4º em Monza que era então já uma prova carismática, seria 20º no Mundial. Em 1969 está ao serviço de Frank Wiliams, que não tinha um chassis próprio e corria com um Brabham BT26 A, o inglês faria a sua melhor época na F1, seria 8º no Mundial, terminando cinco Grandes Prémios e pontuando quatro vezes ( 2º no Mónaco, 2º Estados Unidos, 5ºInglaterra e 5ºMonza). Frank Wiliams para 1970 estabelecia um acordo comercial com Alessandro Tomaso e o novo chassis de F1, o Tomaso 505/Ford revelou-se desde logo pouco competitivo, pesado e com pouca fiabilidade, não permitiu mais que um 9º no GP do Mónaco e na sua 4ªprova a tragédia, com o acidente fatal de Pires Courage em Zandvoort vítima de ferimentos na cabeça após a quebra do seu capacete. O piloto britânico ainda numa fase em ascensão mas considerado já como um dos mais talentosos do pelotão da sua época, participou em 27 Grandes prémios, terminou apenas dez, alcançou dois pódios e liderou um GP durante duas voltas. Piers Courage revelou-se também como um excelente piloto de endurance e esteve nas 24 Horas de Le Mans em 1966 sendo  8º- 1ºGT, com Roy Pike num Ferrari 275 GTB  e  4º com Jean Pierre Beltoise num Matra MS650 em 1969.

quarta-feira, agosto 24, 2011

Bruno Senna volta à F1 em Spa-Francorchamps

Bruno Senna em Spa no Renault R31
(foto Lotus Renault )

Bruno Senna voltará a pilotar um monulugar já no próximo fim-de-semana, em Spa-Francorchamp, ocupando o lugar de Nick Heidifield , como será notícia oficial já amanhã em conferência de imprensa (15h00). Segundo algumas fontes, o brasileiro tem já assegurado o apoio financeiro para manter o seu lugar até final da época. O germânico, que foi “recrutado” para o lugar de Robert Kubica, apesar de se encontrar melhor classificado que Vitaly Petrov e de o ter superado em seis corridas, não caiu nas graças de Bouiller e Gerard López, que esperavam mais de Nick Heidifield em função da competividade que o R31 apresentou, sobretudo na primeira parte do campeonato. No entanto e face à grave crise financeira que atravessa a Renault Sport, será bem mais fácil ter um piloto pagante do que um piloto dependente de um salário, para Nick Heidifield e apesar da compensação financeira, a saída da Renault deverá significar o fim da sua carreira na Fórmula 1. Quanto a Bruno Senna, surge uma aportunidade única de se afirmar na F1, mas não pode se esquecer que Romain Grosejan está a espreita e há quem especule que o francês poderá estar presente nos últimos grandes prémios da temporada após terminada a época de GP2.  Será Vitaly Petrov a próxima vítima..?  

terça-feira, agosto 23, 2011

Ogier domina na Alemanha ...o WRC em tempo de balanço.....

Sebastien Loeb a caminho do título do WRC 2011
(foto de Madein Sport Con - Rally da Findelândia)

Sebastien Ogier interrompeu o domínio do seu companheiro de equipa  que vigorava desde 2002
(foto Madein Sport Com. - Rally da Alemanha)

Miko Hirvonen na Suécia bateu os DS3 mas o Fiesta WRC não confirmou o potencial então evidenciado
(foto de Timo Anis)


    Jari M. Latvala a esperança finlandesa que continua a não se confirmar pelos erros que comete.
(foto de Peter Élias)

 Petter Solberg continua a rápido mas com as limitações de um privado.
(foto de Grzegorz Roslon) 

Daniel Sordo mostrou na prova germânica que teremos que contar com o Mini WRC
(foto Madein Sport com)


O WRC voltou à estrada este fim-de-semana no Rally da Alemanha, onde Sebastian Loeb era sem dúvida o grande favorito e apenas um furo impediu que o campeão do Mundo não chegasse à vitória. Para Sebastian Ogier esta vitória caída do “céu”, a quarta tal como o número de provas ganhas por Sebastian Loeb, marca decisivamente o campeonato de marcas que praticamente fica entregue à Citroen. Mas, a prova germânica fica marcada pelo primeiro pódio de Daniel Sordo, se é certo que o espanhol é muito rápido no asfalto, o desempenho do Mini WRC surpreendeu tudo e todos, atirando a Ford para fora do pódio, numa prova em que a regularidade de Miko Hirvonen voltou a garantir mais alguns pontos para a marca inglesa quase fora da luta pelo título de marcas ou por outra será quase impossível o Fiesta WRC chegar ao título em 2010. Na verdade a quatro provas do final da temporada do WRC o Citroen DS3 WRC só não ganhou na Suécia, quando então toda a imprensa da especialidade considerava que o desempenho dos Fiestas WRC iriam permitir uma luta de igual para igual, que não fora possível entre os C4 WRC e os Focus WRC. De facto, até Mats Ostberg tinha andado na frente e só seria batido por Miko Hirvonen. Porém a partir do México as vitórias foram divididas entre os dois “Sebastien” da Citroen e se Ogier é uma estrela em ascensão e venceu em quatro provas em que Loeb terminou a verdade é que o piloto com maior sucesso de sempre do WRC está a caminho de mais um título e apenas necessita de controlar pontualmente o seu companheiro de equipa. Na Ford, Miko Hirvonen já mostrou que é um excelente piloto mas falta-lhe capacidade de liderança ao contrário de Jari Matti Latvala, mais rápido, mas continua a cometer muitos erros e é para todos os efeitos, o responsável pelo afastamento da Ford pela liderança do WRC. Petter Solberg continua simplesmente a ser o melhor privado do WRC, chegou a liderar várias provas no início do campeonato, mas desde a Argentina que se encontra mais longe dos pilotos oficiais, também falharam nas previsões “os que achavam” que os novos WRC estavam mais próximos dos carros de fábrica. Mats Ostberg, já mostrou que é capaz de andar regularmente no “TOP FIVE”, mas as dificuldades financeiras impedem de manter o desenvolvimento do seu Fiesta WRC em termos de competitividade e uma possível ausência nas restantes provas do WRC não está posta de parte. No Top 10, do campeonato destacam-se os homens da M Sport, com Mathew Wilson Jr a bater regularmente Henning Solberg, mas longe de se apresentar como uma esperança do automobilismo britânico no WRC, quanto ao norueguês está muito longe do nível que atingiu ao volante do 207 ou do Focus WRC. Kimi Hirvonen que ocupa um simpático, 8º na tabela do WRC continua a sua lenta progressão, com muito divertimento à mistura, mais está longe do piloto top da F1. A caravana do WRC a caminho da Austrália, numa altura em que o campeonato parece decidido a pergunta que se formula é se o DS3 WRC somará mais uma vitória? Loeb ou Ogier….?

Classificação do Rally da Alemanha

1. Sebastien Ogier/ Citroen DS3 WRC - 3h32m15.9s
2. Sebastien Loeb/ Citroen DS3 WRC - + 39.8s
3. Dani Sordo/ Mini Cooper WRC + 1m55.6s
4. Mikko Hirvonen /Ford Fiesta WRC + 2m43.7s
5. Petter Solberg/ Solberg Citroen DS3 WRC + 3m48.0s
6. Kimi Raikkonen/ ICE/Citroen DS3 WRC 1 + 7m24.6s
7. Henning Solberg/ Stobart Ford Fiesta WRC + 7m45.9s
8. Armindo Araujo /Italia Mini Cooper WRC + 9m29.8s
9. Peter van Merksteijn /Van Merksteijn Citroen DS 3WRC + 10m01.6s
10. Ford Dennis Kuipers/ FERM Citroen DS3 WRC + 10m09.0s

segunda-feira, agosto 15, 2011

O Austin Rover 6R4 ...um pequeno bólide....ligeiro e rápido



O Motor atmosférico de 6 cilindros quando os Turbo dominavam o WRC
(foto de Reinhard Klein)

Tony Pond e Malcon Wilson foram a grande aposta do Grupo Austin-Rover para 1996 
(foto de Reinhard Klein)

Per Eklund (7º) nos 1000 Lagos à frente dos 6R4 de fábrica
(foto de Martin Holmes, World Rallying 1986,p.75)


O MG Metro 6R4 foi um do grupo B más singulares da sua época. Era o chassis mais pequeno que correu no WRC e era também aquele que se distinguia dos demais pelo número de apêndices aerodinâmicos, visíveis na sua carroçaria. A outra particularidade era o seu motor atmosférico de seis cilindros para competir com os quatro cilindros turbo dos seus rivais. Na sua ficha de homologação o chassis do grupo da Austin-Rover, apresentava um motor (2.991 c.c), central longitudinal de 6 cilindros en V a 90º, capaz de debitar cerca de 380 CV .Uma transmissão de tracção integral com caixa de cinco velocidades, um chassis com dois  subchassis um dianteiro e outro traseiro. A Suspensão dianteira y traseira era do tipo McPherson. Freios de discos ventilados. Dimensões: 3.65 m de largo por 1.77 largura e de  1.39 de alto para um peso de 1.040 kg. Outra característica, era a facilidade de maneabilidade deste pequeno bólide, uma vez que a maioria dos pilotos que conduziram o 6R4 coincidiram na sua avaliação na medida que eram todos da mesma opinião que se tratava de um carro com um comportamento neutro e que, apesar de muito ligeiro, não tinha uma potência excessiva, o que facilitava a sua pilotagem, ainda com a vantagem de ser um dos melhores Grupo B relativamente à sua capacidade de travagem (utilizava discos de carbono). A sua estreia, ocorreu na última prova do WRC de 1985 e logo com um pódio, Tony Pond (3º) enquanto que Malcon Wilson desistia com problemas de motor.Em 1986, A Austin Rover W.C.T., estabeleceu um programa completo para o 6R4 mas os resultados foram catastróficos e a marca seria 9º no Mundial de 1986 no último campeonato reservado a grupos B. Em Monte Carlo, Tony Pond era vítima de um acidente rodoviário e Malcon Wilson, desistia com problemas de transmissão. Na Suécia, Per Eklund substituía Tony Pond mas os dois 6R4 desistiam com o motor partido. Em Portugal, a Austin-Rover tal como as restantes equipas abandonavam a prova, após o acidente de Joaquim Santos em Sintra. Na Córsega, Didier Auriol, reforçava a dupla do 6R4, mas desistia com a perda de óleo, Malcon Wilson via o seu motor explodir e Tony Pond abandonava com problemas na correia de árvore cames. A Austin Rover, voltava nos 1000 Lagos, após a ausência na Nova Zelândia e na Argentina, uma vez que o seu programa desportivo não contemplava as provas fora da Europa ou duras como o Safari e Acrópele, na prova dos “1000 Saltos”, Harri Toivonen era o piloto local seleccionado para pilotar o 6R4 é era 8º, Malcon Wilson o 10º, mas o melhor piloto da Austin Rover era Per Eklund  (7º) com um chassis da CTE/Austin Rover. Em San Remo, Malcon Wilson obtém um 4º, era o primeiro carro não Lancia  (Delta S) e no RAC, a armada dos 6R4 era constituída por seis carros dos quais quatro chegaram a Bath ( 6ºTony Pond, 7ºPer Eklund; 8ºJimmy McRae e David Llewellin ). Os 6R4 em 1986 permitiram ainda o título de Campeão de Francês de Rallys a Didier Auril e alguns resultados de vulto no Europeu de Rallys tais como: a vitória de Marc Duez (1ºHunsrucK e 2ºBianchi) Didier Auril (1ºAntibes) e Per Eklund (2º Deutschland).A carreira dos Austin Metro 6R4 continuaria mas no Rally Cross onde se revelaria um chassis ganhador.               

sábado, agosto 13, 2011

Timo Salonen um campeão ...que merecia melhor palmarés


 1ºRally Motogard -1980- Timo Salomen (Datsun 160 J)
  (foto Martin  Holmes in 10 Annes de Championnat du Monde, p.190)

1º Rally Costa do Marfim -1981 - Datsun Violet GTS
(foto de Martin Holmes in 10 anns du Championnat ddu Monde, p.145

 1º Rally dos 1000 Lagos (1996) -Peugeot 205 Turbo 16 E2
(foto de Martin Holmes, World Rallying 9, p.77)

O ex-205 Turbo E2 de Timo Salomen numa exposição da Autosport Internacional. 

TIMO SALONEN foi outro dos grandes pilotos que marcaram as décadas de setente e oitenta no WRC, no entanto a sua rapidez e versatilidade só se tornou evidente e indiscutível na época dos Grupo B. De facto, o finlandês perdeu muito tempo (?) da sua carreira, ao volante de vários modelos da Nissan que jamais se revelariam rápidos e competitivos, apesar da sua fiabilidade nas provas de terra. Porém, Timo Salonen tinha uma ligação quase umbilical à marca uma vez que seria com um Datsun 1600 SSS que  se  iniciaria  nos rallys  finlandeses em 1970. Mas os primeiros resultados de vulto de Timo Salomen seriam dois sextos com um  Datsun Violet nos anos de 1975 e 1976 nos 1000 Lagos. Em 1977 a primeira oportunidade para pilotar para uma equipa de fábrica, a Fiat /Itália, com um programa reduzido a três rallys, na estreia o seu primeiro pódio (2º) e apenas batido pelo surpreendente K. Hamalainen  em Ford Escort RS1800, no Rally dos 1000 Lagos . Na prova seguinte, no Critério Quebec e em plena luta pela liderança de construtores a Fiat dispõe de quatro 131 Abarth`s (Allen, Rohrl, Makkinen, Lampinen e Salomen), mas com 26 anos Timo ganha o seu primeiro rally no WRC. Em 1979  , a  Datsun, a exemplo da Toyota, constituiu  o Team Datsun Europe e Timo Salomem pela primeira vez tem um programa a sério para o WRC, com o pesado Datsun 160 J  e pontua quatro vezes em provas:   2ºAcrópele, 5ºSafari,  2ºQuebec e 3º no RAC  e é 4º no Mundial. A robustez e durabilidade do 160 J, permite-lhe fazer mais uma época em 1980 sendo 7º no Mundial, termina três provas, despista-se em duas é 7º na Suécia, 6º no Safari e obtém a sua segunda vitória na Nova Zelândia impondo o seu 160 J do Grupo 2 aos restantes Grupo 4 que dominam o top 10. Para 1981, estreia o Violet GTS  é 6º no mundial mas pela primeira vez tinha um programa quase total (9 provas) , o GTS  termina quatro provas, a juventude do Violet era um problema nomeadamente o motor. Mas mesmo assim, foi 4º no Safari, 4º 1000 Lagos, 12ºSan Remo e ganha à vontade na Costa do Marfim onde apenas a Toyota (Celica GT) e a Peugeot (504 V6 Coupé) marcaram presença. Por questões comerciais, a Datsun dá lugar à denominação de Nissan e mas Team Europe  mantém o Violet, o finlandês volta a ser vítima das avarias mecânicas deste modelo, mas pontua duas vezes, o 4º na Nova Zelândia e estreia o Sílvia Turbo nos 1000 Lagos é obtém outro 4º.  No dia 1 de Janeiro de 1983, a Nissan apresenta a sua nova montada para 1983, o Nissan 240 RS um modelo pouco competitivo face aos carros da Audi, da Opel ou da Lancia,  um pódio (2º) na Nova Zelândia, 8º nos 1000 Lagos e 14º em Monte Carlo, não terminando por problemas mecânicos, quatro das provas do campeonato, a caixa de velocidades era um problema do 240 RS, todavia resolvida para o Mundial de 1984. Mas o modelo era incapaz de andar ao nível das novas máquinas, agora com mais um adversário de peso o Peugeot 205 Turbo,  Salonen termiava em 9º no mundial (10º em Monte Carlo, 7ºSafari, 6ºna Acrópele, 4ºNova Zelândia e 6º no RAC. Para a temporada de 1995, Timo Salonen pela primeira vez tem um  programa ambicioso e é contratado para acompanhar Ary Vatanen, todavia acaba por ser a grande aposta da equipa e quando se verifica o gravíssimo acidente de Ary na Argentina, já liderava confortavelmente o Mundial que lhe daria o título Mundial (3ºMonte Carlo, 3ºSuécia, 1ºPortugal, 7ºSafari, 1ºAcrópele, 1ºNova Zelândia, 1ºArgentina, 1º 1000 Lagos e 2ºSan Remo. Antes do final do ano, ganha o estatuto de 1ºpiloto da Peugeot e em 1986, surge o 205 T16 E2,  numa época em que os carros de rally faziam tempos e atingiam velocidades impressionantes, as avarias mecânicas penalizaram fortemente a sua temporada seria 3º no Mundial e terminaria apenas quatro provas (2º Suécia, 5ºNovaZelândia,1 º San Remo e 1ºRAC a 9ºvitória absoluta da sua carreira  ). No final do ano a FIA acabava com os Grupo B, após uma reflexão sobre uma temporada acidentada, com um despiste de Joaquim Santos (Ford RS200) quando depois de passar uma lomba deparou-se com uma serie de espectadores no meio da estrada, o próprio Timo terminou a ronde de Sintra sem a parte traseira do 205 após um toque numa equipa de cinema postada à saída de uma curva e quase dois meses depois o acidente mortal de Henri Toivonen, cuja imagem de destruição do Lancia Delta S4, lembrava os destroços de um acidente de aviação. Terminava assim uma época única e inesquecível para quem viu os Grupo B na estrada mas também Timo Salonen abandonava o WRC , um piloto, reconhecido pela sua robuztez, simpatia e rapidez, cujo palmarés não demonstra, pelo tempo que passou no Tean Nissan/Datsun Team Europe.