sábado, abril 10, 2010

Lucien Bianchi (BL) um piloto versátil e ganhador


Lucien Bianchi, nasceu a 10 de Novembro de 1934 em Milão e foi um dos pilotos mais completos do seu tempo, embora não tendo conquistado qualquer título Mundial na F1, nos Sport Protótipos,  ou até nos rallys, a verdade é que foi sempre competitivo nas especialidades onde participou. Com 15 anos, o jovem Lucien, graças ao trabalho do pai, entrou nos bastidores da alta competição, antes mesmo de fazer 18 anos, embora não ao volante. O piloto de rallys Jaches Herzet, com cuja filha Bianchi veio depois a casar, convidou-o para ser co-piloto do seu Jaguar em algumas provas, como a Taça dos Alpes e o Tour de France disputadas em 1952.No ano seguinte, já dotado de carta de condução ao volante de um Ferrari, Bianchi participou em cinco rallys, vencendo dois deles na sua categoria e ficando em segundo no Campeonato da Europa de Rallys. O primeiro resultado de referencia, foi a sétima posição e primeiro na categoria obtida no Tour de France, em 1953, ao volante de uma Ferrari 166 MM. Em 1955 obteve outro resultado notável em rallys, foi o terceiro no Rally Liège-Roma-Liège, correndo em dupla com Johnny Claes. E em 1956 participou pela primeira vez nas clássicas 24 Horas de Le Mans com uma Ferrari 500 TR da Equipe Nationale Belge, abandonando com problemas mecânicos. No ano seguinte, com o mesmo carro, foi o sétimo colocado em Le Mans. Em 1957, venceu pela primeira vez o Tour de France, fazendo equipa com Olivier Gendebien, pilotando uma Ferrari 250 GT e voltando à vitória nas edições seguintes numa época em que o Tour de França era um misto de velocidade e rallys.

    Liucien Bianhi no Rally de Monte Carlo de 1964 ano em que ganhou o seu rally da Bélgica


Em 1959 inicia a sua ligação com a Citroen que mantém com a marca francesa até ao final da sua carrreira, no ano seguinte torna-se um piloto multifacetado continua a pilotar o DS da marca em Rallys, mas especializa-se nas 24 Horas de Le Mas e está no topo da competição na F1. Embora ano de 1959 tentou a classificação no GP de Mônaco, com um Cooper T-51 da Equipe Nationale Belge, sem sucesso. Na Fórmula 2, com esse chassis, foi o terceiro colocado no GP de Pau. Correu no Mundial de Marcas com uma Ferrari 250 TR, chegando em décimo-quarto lugar nos 1000 Km de Nurburgring e abandonando nas 24 Horas de Le Mans. Pela terceira vez consecutiva, venceu o Tour de France, com Olivier Gendebien, numa Ferrari 250 GT. Mas a estreia na F1 ocorreu no GP da Bélgica de 1960, terminando num magnífico sexto lugar sexta posição, com um Cooper T-45 da Equipe National da Bélgica e venceu nos Sport Protótipos os 1000 Km de Paris, com uma Ferrari 250 GT , fazendo equipa com Olivier Gendebien . Em 1961 o seu melhor resultado foi a vitória com o DS19 no Rally Liége-Sófia-Liége. Na F1 participa com a Lotus em dois GPS sem resultados e abandona em Le Mans.Em 1962 faz equipa com o rápido Joachim Bonnier vencendo as 12 Horas de Sebring, no Mundial de Marcas, com um Ferrari 250 TR/61 e na Fórmula 1 é 9º no seu GP da Bélgica, com um Lotus 18/21 e abandonando com problemas mecânicos em Bruxelas e Pau, ao volante de um ENB-Maserati. Encerrou a temporada com uma vitória no GP de Angola, quando a antiga província portuguesa se destacava pela qualidade organizativa e desportiva as provas de velocidade. Em 1963, participa no GP da Bélgica de 1963 com uma Lola Mk 4 não conseguindo terminar a prova. Com a Ferrari 250 GTO da Ecurie Francorchamps, a nível dos GTs. foi 3º colocado em Reims e o 2º no Tour de France e no GP de Angola. Venceria ainda uma corrida da categoria Turismo, a Coupe de Spa, com uma Alfa Romeo Giulia TI. Em 1964 foi 2º nos 2000 Km de Daytona, 4º nos 1000 Km de Nurburgring e 5º nas 24 Horas de Le Mans, com uma Ferrari 250 GTO. Com o 250GT, venceria pela quarta vez o Tour de France. Pilotando uma Lotus 32 de Fórmula 2 do Team Lotus, foi o 2º em Zolder, na Bélgica. Nessa mesma pista, venceu o GP de Limbourg, com uma Ferrari 250 LM da Ecurie Francorchamps. No final do ano, chegou na segunda posição no GP de Angola, com esse mesmo carro e nos Rallys venceria o Rally da Bélgica. No ano de 1965 correu no GP da Bélgica com um BRM P-57 da Scuderia Centro-Sud, terminando na décima-segunda posição. E o seu melhor resultado foi obtido com o seu irmão Mauro, com vitória nos 500 Km de Nurburgring, pilotando uma Alpine M-65 da equipe de fábrica, no ano em que correu com um BRM P-57 na F1 e com um Ferrari 250 LM não oficial. Em 1966 disputou três etapas do Mundial de Marcas com as Alfa Romeo Giulia TZ da equipe Autodelta, conseguindo a décima posição na Targa-Florio. Com uma Ferrari 365 P-2 da Ecurie Francorchamps, correu em Daytona, Monza e Spa-Francorchamps, abandonando nas três ocasiões. No ano seguinte Bianchi venceu as 6 Horas de Nurburgring, prova válida para o Campeonato Europeu de Turismo, com uma Alfa Romeo GTA 1600 da Autodelta. Foi 3º colocado nos 1000 Km de Spa-Francorchamps com um Ferrari 330 P-3 da Maranello Concessionaires. Para se adaptar aos carros da Fórmula Indy, visando correr em Indianápolis, participou de uma prova em Trenton, nos Estados Unidos, pilotando um Vollstedt-Ford, abandonando com sobreaquecimento do motor, mas não conseguiria se classificar nas 500 Milhas de Indianápolis,. No final do ano foi o segundo colocado nos 1000 Km de Paris, em Montlhéry, com uma Ferrari 330 P-3 da Equipe Nationale Belge.

1968, com o Cooper fez a época mais extensa na F1


Em 1968 ele dividiu sua participação no Mundial de Marcas pelas equipes Autodelta e John Wyer: com as novas Alfa Romeo T-33/2 da Autodelta foi 6º nas 24 Horas de Daytona e 3º no Targa-Florio; venceria as 6 Horas de Watkins Glen, correndo com Jacky Ickx, e conseguiu a maior vitória da sua carreira, nas 24 Horas de Le Mans, em dupla com Pedro Rodriguez, utilizando nessas duas provas um Ford GT-40. No Mundial de Pilotos de F1. disputou sete Grandes Prêmios pela Cooper Cars a sua época mais extensa na categoria. Pilotando o Cooper T-86-B de motor BRM, foi o 3º em Mônaco e o 6º na Bélgica. Ainda com a Alfa Romeo T-33/2 da Autodelta, triunfou em Mugello, na Itália, uma prova extra-campeonato, correndo com Nino Vacarella. No final desse ano  participou e venceu a Maratona Londres-Sidney, com um Citroen DS-19 .


A última grande vitória a consagração em Le Mans 1968

Em 1969 ele assina com a Autodelta para disputar o Mundial de Marcas, com as Alfa Romeo T-33/3. Participou de sua última corrida, as 12 Horas de Sebring, onde abandonou com sobreaquecimento do motor. No dia 30/03/1969, treinando com a Alfa Romeo T-33/3 em Le Mans, saiu da pista na recta de Mulsanne e bateu em um poste telegráfico. O carro ficaria inteiramente destruído com o choque e pegou fogo, ocasionando a sua morte.



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