Danon Hill na hora da despida da F1
Danon Hill no final da carreira ainda brilhou com Jordan 199 Mugen~Honda em 1998
Danon Hill com o pouco competitivo Arrows A18-Yamanha V10 lutou pela vitória no GP Hungria (in Fórmula 1, 25 Anos, coord de F.Santos)
Danon Hill com Wiliams FW18 no ano do título (F.Santos -Kodak Parther)
Danon Hill, ao contrário dos pilotos da sua geração, não
tinha um currículo de campeão nas fórmulas de ascensão o único cartão de visita para chegar ao top
do desporto automóvel era sem dúvida o facto de ser filho de Granham Hill uma
lenda britânica na Fórmula 1. De resto,
as suas qualidades foram evidenciadas de forma pontual, quer na Fórmula
3 quer na Fórmula 3000, antes de chegar à F1, em 1992. Com 31 anos estreia-se
na Brabham em substituição da italiana Giovanni Amati, numa fase em que aquela equipa estava
em plena decadência e apenas lhe permitia ocupar um lugar nas últimas filas dos
grandes prémios. Mas, a sua afirmação como piloto de F1, deve-se em parte a
situação de piloto de testes da Wiliams Renault que lhe permitiu um lugar como
piloto titular quando Nigel Mansel trocou a F1 pela Cart em 1993. A sua
primeira vitória ocorreu no GP de Hungria depois de ter dominado o GP da
Alemanha na prova anterior onde foi obrigado a abandonar vítima de um furo
lento no pneu traseiro. Em 1994 é promovido a primeiro piloto da Wiliams, após
o trágico acidente de Ayrton Senna no GP de Imola que era então a grande aposta
de Frank Wiliams. Surpreendente ou não, devido em parte à competitividade do FW15
C, chega ao final da temporada em luta
directa com Michael Schumacher, que na
última prova da temporada acabou por tocar no britânico que em circunstâncias
normais teria ganho a prova e o título mundial. Em 1995 voltava a ser
vice-campeão, mas em 1996 chegava finalmente ao título, mas Frank Wiliams estava já rendido ao jovem rookie na F1 -Jacques Villenueve . Todavia em 1997, aceita
o projecto da Arrows termina em 12º no Mundial, mas sem lugar nas equipas de
ponta assina com a Jordan para as temporadas de 1998 e 1999, obtendo
respectivamente a 6º e a 12º posição nas respetivas temporadas. A sua última
temporada, foi marcada pela falta de motivação, depois do GP do Canadá revelou
que o seu espírito estava muito mais ligado à sua família mas continuou na
equipa até final do campeonato. Em Suzuka, quando se despistou na 16ª volta à
velocidade média de 220 Km/h afirmou que “Não tenho mais por que arriscar.
Teria mais a perder do que a ganhar se continuasse. Tenho pena de abandonar e gostaria
de ter terminado melhor, mas a F1 é passado. Tenho muitas boas memórias para
levar comigo” … Tais palavras levaram alguns especialistas da modalidade a
afirmar que nem todas as estrelas sabem abandonar no topo … numa alusão à sua
última e modesta temporada na F1. Estatística:
participou em 122 Grandes Prémios; obteve 22 vitórias, 20 poles 19 voltas mais rápidas e 42 pódios