Ken Tyrrel apostou no agressivo Jody e contribui para um piloto de top na F1 nos tempos do 007
(foto H.W.Sclegelmin)
Jody Sheckter acompanhou com sucesso a aventura de Walter Wolf na F1
(foto H.W.Sclegelmin)
GP Mónaco de 1979 - Jody Scheckter na corrida para o título ... (foto de R.W.Sclegelmin)
Jody Scheckter foi o primeiro e
único piloto de Fórmula 1 do continente africano, nascido a 29 de Janeiro de
1950, na África do sul, iniciou a sua actividade no desporto motorizado pelo
Karting mas a sua notoriedade a nível local está confinada ao seu Renault R8
Gordini. Porém Jody estava apostado numa carreira desportiva internacional e
aos 20 anos estreou-se na Fórmula Ford em Inglaterra numa época em que a FF e a
F3 (Fórmula 3) eram os passos a seguir para quem pretendia fazer uma carreira
internacional no desporto automóvel. Sem grandes resultados, mas com algum
talento reconhecido, estreia-se com Mclaren-Ford em Waltkins Glen última prova
da temporada de 1972, terminando na 9ª posição mas surpreendendo os “patrões da
F1”, o sul africano dos caracóis tinha rodado na 3ª posição no seu primeiro
grande prémio durante a corrida. Para 1973, a Mclaren alinha com um terceiro
carro e o sul africano, demonstra o seu talento ao vencer o campeonato de F
5000 que era então um campeonato de monolugares com algum prestígio. Na Fórmula
1, não foi feliz na sua corrida natal foi 9º mas em Castellet (GP de França) volta
a confirmar o seu talento e rapidez e luta pela vitória, com Emerson Fitipaldo,
mas é vítima de um acidente e em Silvestorne sucede-se outro acidente, logo à
partida do Grand Prix, com Jody Scheckter ficam onze pilotos fora de prova e
imprensa da especialidade, condena o jovem piloto, as designações de “perigoso”
e “agressivo” surgem nos periódicos da modalidade, faz mais dois Grandes Prémios
e termina a temporada. Porém, a carreira de Jody Scheckter estava longe de ter
chegado ao fim, o título da F 5000, não era um título menor e Ken Tyrrel ainda
traumatizado pela perda de François Cévert preparado para substituir Jackie
Setwart, aposta em Jody e no ano de estreia na Tyrrel duas grandes vitórias na
Suécia e na Inglaterra que marcava o regresso a Brands Hatch. Um pódio em
Nivelles (3º ) e outro em Monza (3º), mas alguns pontos e um pódio no final da
temporada era 3º. Em 1976 ganha em casa mas a festa em Kyalami não se repetiu
fez mais alguns pontos foi 7º no Mundial de F1 e o inovador Tyrrel P 34, embora
competitivo não era um carro ganhador . Em 1977, Jody Scheckter aceita o
desafio para guiar para a nova equipa de Walter Wolf ganha na estreia do
chassis no GP da Argentina, no Mónaco e em Mosport, coleccionou vários pódios,
mas era impossível bater a dupla Niki Lauda/Ferrari 312 T2. A temporada de 1978
foi pautada pela modéstia fez vários pódios, mas o Wolf revela-se incapaz de
chegar à vitória é vice-campeão do mundo e no final da temporada a oportunidade
de correr na equipa de Maranelllo. O 312 T4 é o último da grande série dos “312”,
e Jody Scheckter sentiu na pele a ameaça do ameaça de um dos mais talentosos
pilotos da F1, nada menos do seu companheiro da equipa Gilles Villenueve, mas o
título chegava finalmente na primeira oportunidade em que o sul africano dispôs
de um chassis competitivo. Em 1980, o T5 da Ferrari revela-se pouco competitivo,
os abandonos sucedem-se e um 5º em Zolder era muito pouco para um ex-campeão do
mundo e a retirada da F1, tornou-se inevitável num momento em que a motivação
para continuar tinha terminado. No seu currículo, contam-se 112 Grandes
Prémios, 10 vitórias, 3 poles, 33 pódios e 5 voltas mais rápidas.
Sem comentários:
Enviar um comentário