sexta-feira, maio 14, 2010

A era "Stratos"

O Protótipo

Sandro Munari no 3º RAC de 1974
 
Sandro Munari e Bjorn Waldegaard a 1ª dupla vitoriosa do Stratos HF


Sandro Munari em Monte Carlo o seu Rally

1977, Sandro Munari tenta a vitória do HF no Safari
Markku Allen experimentou um HF privado e ganhou o San Remo de 1978

Bernard Darniche em Portugal (1981) numa temporada em que venceu os teams oficiais

O Lancia Stratos surge numa época em que o Lancia Fulvia HF apesar de ser capaz de vencer provas ao mais alto nível, era já menos competitivo que o Porsche 911 S e o Alpine Renault 1600/1800 S, que começavam a ganhar provas do Europeu e do Mundial de Rallys. A sua utilização como carro de rallys foi uma aposta ganha por Cesario Fiori que insistiu junto ao grupo FIAT , o aproveitamento do Stratos que desenhado por Bertoni e que fora apresentado no Salão de Turim. Apresentava para a época um conjunto de linhas futuristas que o diferenciava dos carros de rally da época, sendo visto sobretudo como um protótipo de velocidade. A sua estreia em rallys ocorreu no Rally de Córsega de 1972 sob uma homologação especial, acabou como uma desistência, o facto esse que voltaria a ocorrer na prova seguinte o Rally Costa del Sol, em ambos os casos a suspensão traseira impediu a Sandro Munari de concluir ambas as provas. Em 1973, o piloto italiano, obtém o primeiro triunfo do HF no Rally Firestone, obtendo o segundo lugar no Targa Florio (fazendo equipa com Jean Clude Andruet) e vencendo o Tour de França. Todavia a homologação definitiva (1.10.1974) para a participação do Lancia Stratos HF no Mundial de Rallys só surgiu no Outono de 1974, um dia antes do San Remo que HF venceu, repetindo nova vitória no Rideau Lakes no Canadá com Sandro Munari ao volante. Na Córsega a terceira vitória da época agora com Bernard Darniche, que consagrava a Lancia que obtinha o seu primeiro título mundial. O ano de 1975, Sandro Munari iniciava a época a vencer em Monte Carlo, Bjorn Waldegard ganhava na Suécia e os Stratos HF subiam ao pódio no Safari mas eram incapazes de vencer o saudoso Skehar Mehta num Peugeot 504V6. A Lancia, voltaria ao ataque nas três últimas provas do Mundial de Rallys, com duas vitórias no San Remo, vitória de Bjorn Waldegaard e Bernard Darniche ganhava na Córsega e novo título para o Stratos. Em 1976, de novo Sandro Munari triunfava em Monte Carlo e vencia em Portugal, na Suécia os pilotos de oficiais ficavam pelo caminho e Simo Lampinen em fim de carreira era 4º .Os Stratos a exemplo do ano de 1975, para além de um pódio em Marrocos, Sandro Munari era (4º). Os Stratos HF voltavam em força no final da temporada uma tripla em San Remo, Bjorn Waldegaard (1º), 2ºSandro Munari (2º) e Rafaello Pinto (3º). Na Córsega, uma dupla com Sandro Munari a vencer Bernard Darniche em casa, mas no RAC o italiano não ia além do 4º mas o Stratos era já campeão após San Remo. No ano de 1977, o Lancia Stratos deixava de ser a arma do grupo FIAT q ue apostava num carro de competição próximo dos carros de série, começava a era do Fiat 131 Abarth quando o protótipo da Lancia era ainda muito competitivo vencendo à vontade em inúmeros provas do europeu de rallys, nomeadamente por Bernard Darniche em 1976 e 1977 e por Tony Carello numa época em que vários Stratos HF surpreendiam a concorrência como era o caso do Jolly Club que dominou vários campeontos da Itália de rallys. Mas mesmo no Mundial de Rallys, O Stratos HF continuou a ganhar, aliás iniciou o Mundial de 1977 à frente nas Marcas quando Sandro Munari venceu pela terceira vez consecutiva o Monte Carlo e no ano seguinte , o Stratos HF com as cores da Pirelli voltava a correr em San Remo de forma vitoriosa pelas mãos de Markku Allen, dispensado temporáriamente pela Fiat de correr em Itália, já que os 131 Abarth tinham sido entregues a Sandro Munari, Maurizio Virini e Waltar Rorld. E em 1979 e 1980, o Stratos HF ao serviço de equipas privadas ainda ganhava provas do Mundial, em 1979, Bernard Darniche vencia em Monte Carlo e na Córsega, e Tony, um italiano habituado aos rallys nacionais, humilhava os 131 Abarth no San Remo. E em 1981, quando se falava no regresso da Lancia com 037, o Stratos obtém o seu último triunfo, uma vez mais com Berrnard Darniche na Córsega com 16 minutos de vantagem sobre o Talbot Lotus de Guy Freguelin que disputava o título de pilotos, no ano em que a Talbot foi campeã Mundiall de Marcas.O carro italiano estava equipado com um motor Ferrari V6 transversal, 2.418cc, debitava 280 hp para um peso de 960 kg. Foi provavelmente o único chassis que abandonou o Mundial de Rallys quando ainda era demasiado competitivo para recolher à garagem, o Stratos foi apenas vítima de uma política desportiva do Grupo FIAT.

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