quarta-feira, dezembro 08, 2010

A saga feminina na Fórmula UM

Maria Teresa de Filippis (1958/1959). - a primeiro rosto femenino na F1

                     

Lela Lombardi (1974/1975) - a primeira mulher a pontuar num Grande Prémio de F1.

Divina Galica - 1976-1978 -Um rosto para a História da F1



O March era simplesmente o pior F1 da época  (Divina Galica)


Desiére Wilson - 1980



Desiré Wilson chegou à Wiliams uns meses antes de se tornarem um dos melhores chassis da F1




Giovanni Amati -  ficou conhecida na época como a menina bonita da F1

  
BT 60 foi o pior chassis de sempre da Branham (Giovanni Amati)

A napolitana Maria Teresa de Fhilips foi a primeira mulher a atingir a Fórmula Um quando já tinha uma carreira desportiva anterior. Iniciando-se ao mais alto nível na Fórmula 2 em 1949 com um Ferrari 166C sem resultados notáveis, o melhor seria obtido numa corrida de Sport onde obteve a 6ª posição. Apesar de tudo um grande resultado para a época em que estar nas corridas onde a rapidez e o talento aliava-se o sucesso de estar vivo, tal era o perigo dos automóveis de corridas. Nos anos de 1950 e 1951, continua nos Sport e obtém o seu primeiro pódio (3º) na Coppa de Ascoli em 1951. No ano seguinte com um carro mais competitivo um Osca MT-4, faz equipa com Giuseppe Sporbatti e obtêm uma série de bons resultados com o 4ª nas 12 Horas de Pescara uma clássica dos anos 50 e dois segundos lugares no GP de Trullo D´Oro e no Circuito Sassari. Com o mesma chassis, classifica-se em 1954, em 2ª no GP de Nápoles, 3º Circuito de Calábria e era então já considerada um piloto de referência nas corridas de Sport em Itália. Em 1955, participa em corridas de Sport e Resitência, com o Maserati A6 GCS que adquiriu foi 10ºª no Giro da Sicília, um misto de rally e velocidade em estrada aberta, não terminou a Mille Miglia e o GP Supercortemaggiore, em Monza. Mas fez novo pódio (3ª) nas 10 Horas de Messina, com Giulio Musitelli e foi 4ª no Giro da Calabria e classifica-se em 9 no famoso Targa-Florio. Antes de terminada a temporada, 5ª no GP de Bari e 2ª no GP de Pergusa, um resultado estrondoso para época pela importância que a prova tinha no calendário internacional. Em 1956 inicia a sua carreira internacional participando dos 1000 Km de Buenos Aires com o Maserati A6 GCS, abandonando a corrida após sofrer um acidente na 27ºvolta. Em Itália voltava ao pódio no GP da sua terra natal com o 2º no GP de Nápoles e não terminou o GP Supercortemaggiore, com uma Maserati 150 S. Depois de ficar afastada das pistas em 1957, voltou às corridas de Sport em 1958, nos 1000 Km de Buenos Aires, fazendo equipa com Alberto Rodriguez-Larreta, com um Osca TN-1500, abandonando com problemas eléctricos na septuagésima segunda volta. Com o apoio de Luigi Musso e pilotando uma Maserati 250 F da Scuderia Centro-Sud, estreou-se na Fórmula 1 no GP de Siracusa, prova extra-campeonato, terminando num inesperado 5º lugar que lhe abre as portas da F1 em 1958 .Não se classifica no GP Mónaco . Mas na prova seguinte, o GP da Bélgica, torna-se a primeira mulher a participar no Mundial de Pilotos, largando na décima-nona posição e chegando ao final na 10ª com uma Maserati 250 F particular. No GP de Portugal ao serviço da equipa Scuderia Centro-Sud fez o 15º tempo da qualificação mas é obrigada a abandonar com problemas mecânicos que determinaram novo abandono em Monza o seu último GP, largando na décima-quinta posição e abandonando, com a quebra do motor da Maserati. Sua última corrida na Fórmula 1 foi o GP da Itália em 1959, onde voltou a correr com chassis adquiridoà Maserati, o 250 F e abandonou outra vez, com problemas mecânicos. Nesse mesmo ano, chega a acordo com o Jean Bera para pilotar para a Porsche, mas a sua morte no circuito de Avus levou a que Maria Teresa de Fhilips abalada pela desaparecimento do seu amigo abandonasse simplesmente o desporto automóvel. Para muitos foi simplesmente a melhor participação feminina ao mais alto nível. Para outros seria Lela Lombardi a única mulher que marcou pontos na F1. A sua carreira desportiva em 1965, inicia-se nos Turismos, com um Lancia Fulvia HF e chega às Formulas italiana nos anos de 1969 e 1970, primeiro à 850 e depois na F3 sem grandes resultados. Mas até 1973 corre na F3 , primeiro com um Lotus 69 e depois com um Branham BT41. Em 1974 participou no Campeonato Shell Sport de Fórmula 5000 na Europa, terminando em quarto lugar na classificação final e pela primeira vez revelou-se bastante competitiva numa fórmula como a F2, um autêntico trampolim para a F1 . Nesse mesmo ano tenta a qualificação sem êxito para o GP da Inglaterra com um Brabham BT-42 .Em 1975 está na F1 na March cujo modelo 751 era pouco competitivo, mas chega aos pontos no trágico GP da Espanha foi 6ª, muma corrida interrompida antes de completada a metade, por causa do acidente de Rolf Stommelen, foram considerados apenas a metade dos pontos. No final da tempoeadae participou do GP dos Estados Unidos, com uma Williams FW-03, mas não conseguiu largar, pois o carro apresentou problemas na ignição. O seu talento estava longe de estar em causa e estreia-se nos Sport na equipa Alpine A-441 e é 4º em Monza. Mas, a sua trajectória era a F1 e em 1976 corre em dois GP no Brasil com o novo mas pouco competitivo March 761 foi 14ª e na Aústria, fez a última corrida na F1 com Branham BT44 semi-oficial e é 12º. Todavia a sua carreira continuaria a nível dos Sport Protótipos no mesmo corre sem grandes resultados em equipas privadas, utilizando marcas tão distintas como a Porsche, Lancia e Osella. Em 1977,continua sem equipa e participa nas principais provas italianas do Mundial de Marcas mas é 4º em Imola com um Osella PA-5 e chega ao pódio (3º) em Vallelunga com o Porsche Carrera RS e termina a época com o 11º nas 24 Horas de Le Mans com um Inaltera Ford. Em 1979, o PA-7, da Oselha não sendo um carro equilibrado, vence nas 6 horas de Enna-Pergusa e nas 6 Horas de Vallelunga e participa com o mesmo chassis nas Intérseie, campeonato nacional germânico e por pouco não vence a prova foi 2ª. Em 1980, estreia o modelo PA-8, cujo motor era um desastre e não chega ao fim de nenhuma das oito provas do Mundial de Marcas que marca presença. Em 1981, a Osella, melhora o seu protótipo o PA-9, leva de novo Lela à vitória e 2ª nas 1000 Km de Monza e nas 6 Horas de Enna –Pergusa, volta aos Turismos, onde se estreou na competição automóvel e faz um pódio (3º) nos 500 Km de Domington Park e até 1985 corre sem grande sucesso com o Alfa Romeo GT/V6 no Campeonato Europeu de Turismos, deixando o mundo dos vivos na primavera de 1985 vítima de uma doença incurável. No final dos anos setenta chega à Fórmula 1, Divina Galica, sem resultados internacionais de referência, estreando-se em 1976 com um Surtees TS19 no GP de Inglaterra e nos GPS de Argentina e Brasil com um Hesket 308 C sem conseguir em qualificação. Desiré Wilson, seria aposta do regresso de uma mulher à Fórmula 1, sem palmarés notável que justificasse a chegada ao mais alto nível, tentou a qualificação sem êxito, com um Wiliams FW07 Ford no GP. da Inglaterra de 1980, sem consequências na sua carreira desportiva internacional. Em 1982, chega à F1, a terceira italiana, Giovanni Amati com referências modestas na Fórmula 3 e um 7º numa prova de Fórmula 3000 como um dos melhores resultados no seu palmarés, filha de um grande industrial italiano e tendo como um dos seus grandes amigos o piloto de F1, Elio Engelis a Branham colocou o seu pouco competitivo BT60 nas mãos de Amati mas esta não conseguiria se classificar nos três GPs em que participou, África do Sul, México e Brasil, terminando a saga feminina de F1 no Século XX. Se Divina Galica, Desiré Wilson e Giovanni Amati, jamais motraram o seu talento mas também não tiveram a sorte de terem um chassis competitivo, mas neste patamar todas teriam queixas para fazer, todavia Maria Theresa de Fhilips e Lela Lombardi, foram referência na época desportiva em que viveram e a sua chegada ao mais alto nível do desporto automóvel foi sem dúvida resultado das suas performances nas categorias de ascensão como os monolugares ou os sport.

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