Juan Manuel Fangio no ano do seu último título
La Mans não faz parte do palmarés do campeoníssimo argentino mas foi fatal para a Mercedes cujo trágico acidente levou à retirada da equipa do "mundo da velocidade"
1953 - 1º Linha - Juan Manuel Fangio (1º) e Stirling Moss, era o tempo do domínio dos Asas de Prata
Juan Manuel Fangio, foi um dos melhores pilotos de F1 , para muitos o melhor, todavia pela natureza da evolução da F1 não é possível chegar a um consenso, real, justo e indiscutível. Os bólides, a segurança, as pistas e a tecnologia mudou de tal forma no último meio século, que é impossível classificar, qual o melhor piloto de sempre sem que esse juízo de valor, mas que não seja uma opinião nossa por mais bem fundamentada que seja. Juan Manuel Fangio chega à F1 aos 41 anos, idade normalmente de retirada no actual mundo de Grand Prix, onde se chega hoje no início das duas primaveras da vida. O argentino, nascido em Balcarce estreia-se no automobilismo nacional em 1939 com um Ford V8 tendo sido 7º da geral. Porém durante os anos quarenta se torna especialista nas chamadas provas de Turismo Carrera, um misto de rally e velocidade em estrada aberta. Em 1940, com um Chevrolet TC obtém o primeiro resultado assinalável no GP Internacional do Norte. Em 1941 – obtém o seu primeiro título de sempre de Carreteras , sempre ao volante de um Chevrolet, no ano seguinte triunfa na grande corrida de Mar y Sierras e em 1947 é 3º no campeonato argentino de carreteras. Em 1948, Fangio volta-se para as pistas e participa no campeonato Argentino de Pista, mas o seu grande resultado ocorre no GP Reims onde é 2º ou seja a vida do argentino estava prestes a mudar com esta presença em solo europeu. Em 1949 ainda participa em algumas provas do campeonato nacional e é vice-campeão na categoria de carros especiais. Mas a vitória no GP de San Remo com um Maserati 4CL/48, determina o seu rumo para a Europa para um novo campeonato de monolugares que circulava nas bocas do mundo. Juan Manuel Fangio, estreia-se na F1, obtém 4 poles, 3 melhores voltas e triunfa em três grandes prémios : o Mónaco, Bélgica, Itália e França. Em 1951 – continua na Alfa Romeo com o modelo 158, soma mais 4 poles, 5 melhores voltas e triunfa na Suiça, França e Espanha e obtém o seu primeiro título na F1. No ano seguinte sofre um acidente em Monza e não tem condições para voltar às pistas e defender o título. Mas, em 1953 ao serviço da Maserati A6GCM apenas vence em Monza, faz duas melhores voltas e duas polés. De volta à Argentina num período em plena recuperação e ao volante de um Lancia D24 sagra-se vencedor da grande maratona que era a Carrera Pan Americana. A Mercedes não ignora o talento de Fangio e torna-o 1º piloto do Mercedes 250 F, faz 5 poles, 3 melhores voltas e vence seis GPS ( Argentina, Bélgica, França, Alemanha, Suiça e Itália). Em 1955, a Mercedes substitui o 250 F pelo W196, e o argentino chega ao tri em 1955, mais 5 poles, 3 melhores voltas e mais quatro vitórias (Argentina, Bélgica, Holand e Itália). O Lancia-Ferrrari V8, leva Juan Manuel Fangio ao quarto título em 1956, mais 5 poles, 4 melhores voltas e vitórias na Argentina, Bélgica e Alemanha. Em 1957, vence o seu último mundial, no V8 do Lancia-Ferrari, faz mais 4 poles, 2 melhores voltas e quatro vitórias: Argentina, Mónaco, França e Alemanha. A temporada de 1957 ficou marcada para sempre na memória do campeoníssimo argentino pela recuperação que empreedeu com o seu Maserati 250 F , no GP da Alemanha “Foi um dia especial – nunca pilotei assim, nem antes, nem depois. Nunca tentaria…”Referia-se a recuperação que efectuou relaivamente aos seus dois grandes adversários, Mike Hawthorn e Peter Collins em que ganhou 50s em 10 voltas. . Juan Manuel Fangio obtém a sua última vitória no GP da Argentina de 1958, tinha 47 anos, cinco títulos e dois vice-campeonatos, mas o tempo na Europa era já demasiado para o argentino que “Viera para a Europa para fazer uma temporada e fiquei dez anos e ganhei cinco títulos”. Participou em 51 GPS, obteve 24 vitórias, recorde só batido em 1975 por Jackie Setwart, quando o campeonato tinha já mais do dobro do número de provas que nas década de 50, fez 36 pódios 48 poles e 23 melhores voltas. De realçar ainda que o sucesso de Juan Manuel Fangio no automobilismo desde a sua primeira prova ocorreu num período supersónico, somente dez anos de competição … tantos hoje necessário à nova geração de pilotos, para chegar à F1, desde o Karting às várias fórmulas promoção: Ford, F3, F2, GP2 e outros que proliferam pelo globo.
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