domingo, junho 28, 2009

1977 o duelo Fiat/Ford entre o 131 Abarth e o RS1800

O Mundial de 1977, contava com onze provas pontuáveis e integrava pela primeira vez uma prova no Pacífico, a Nova Zelândia e o Critério de Quebec, que marcava o regresso de um rally americano ao calendário mundial. A Lancia iniciava a edição de 1977, com uma vitória de Sandro Munari e do Lancia, todavia a política do Grupo Fiat sacrificava o ainda competitivo Stratos para o Europeu Rallys em benefício do 131 Abarth que por interesses comerciais servia os objectivos de marking do referido grupo e logo com quatro vitórias num só ano através de pilotos virtuosos como Markku Allen (Portugal) ,Fulvio Bachelli (Nova Zelândia) , Bernard Darniche (Córsega) ou Jean Clude Andruet (San Remo). De resto, o campeonato seria animado pelo modelo RS1800 da Ford, que venceu em cinco cenários, no Safari seria Waldegaard que tripulando o modelo inglês contribui para o fim do tradicional dos quenianos em casa, repetindo novo triunfo em na Acrópele secundado pelo campeão inglês Roger Clark, que obteve o seu melhor resultado numa prova do mundial fora da Inglaterra. Na Finlândia, o finlandês voador, Kysto Hamalainen que nunca tentou ou teve oportunidade de fazer uma carreira internacional, bateu de forma autoritária todas as marcas oficiais e o melhor Ford oficial situava-se no 3º posto. Uma vez mais, a Ford triunfava no RAC pelas mãos de Bjorn Waldegaard que obtinha a terceira vitória da época. No final do ano a luta Fiat /Ford, beneficiava a marca italiana cujo resultado mais representativo foi o pódio em San Remo, em que o 131 Abarth de Andruet era secundado pelos Fiat Itália de Maurizio Virini e “Tony” . O Saab de Stig Blomqvist, continuava a garantir o domínio sueco na sua prova rainha. Em Portugal, Mequepê voltava a ser o melhor nacional, 6º da geral e vitória no grupo 2. A estrela da época, era Ary Vatanen, piloto rápido e espectacular que andava na frente até sair da estrada e que terminaria apenas um rally, em segundo na Nova Zelândia dos sete em que participou. E a Toyota com o Team Europe, iniciava as suas participações ao mais alto nível, todavia o Toyota Celica GT, apesar de rápido revelou-se sempre pouco fiável e o 2ºposto de Hannu Mikkola no RAC salvaria uma época desastrosa ao contrário da Opel que não participando no mundial oficialmente chegaria ao pódio da edição de 1977 com base no popular modelo Kadett GT/E que constitui a arma de muitos pilotos locais nas provas pontuáveis para o mundial. O ano de 1977, foi marcante para duas equipas femininas que pela primeira vez na história do Mundial de Rallys, classificavam-se no Top Ten, Marie Dacremont (Lancia StratosHF) com um 6º em Monte Carlo e Michele Mouton (Fiat 131 Abarth) com um 8º na Córsega e primeira equipa não oficial. De realçar ainda que Bernard Darniche que triunfou na Córsega voltava a sagrar-se campeão da Europa de Rallys pela segunda vez consecutiva. Por Marcas o pódio ficou assim estabelecido: 1ºFiat (136), 2ºFord (132) e 3ºOPel (65).Postado por Arlindo Sena

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