1990 – Depois das previsíveis temporadas anteriores, um ano cheio de surpresas, com o jovem espanhol, Carlos Sainz a confirmar o título de campeão do Mundo de rallys após uma série de provas notáveis em 1989. Os Toyota do team Europe mostraram-se pela primeira vez ganhadores apesar de o título uma vez mais ter sido ganho pela Lancia Martini. Em Monte Carlo , Didier Auriol vence numa prova sem neve com menos um minuto que Sainz. O Lancia Integrale exerce um domínio sem precendes no rally de Portugal, com vitória de Massimo Basion, Carlos Bica é o melhor nacional em 5º e a Lancia coloca seis carros nos sete primeiros lugares. Em Inglaterra a nova máquina da Ford o Sierra 4x4 Cosworth inicia os testes. No Safari, a Toyota obteve o primeiro triunfo da época, com Bjorn Waldegaard verdadeiro especialista que obtém a sua quarta vitória no Quénia. A estreia do novo Subary , o modelo Legacy, pilotado por Markku Allen, mostra alguma competitividade e o local Pactrick Nijuri com um modelo idêntico, mas de grupo N termina em 8º sendo o primeiro grupo N a terminar a demolidora prova africana. Na Córsega, nada a fazer contra os pilotos locais, Didier Auriol obtém a terceira vitória consecutiva no rally e a Lancia o terceiro da temporada. Carlos Sainz, opta por uma prova táctica, no final declarava acerca da última etapa quando lutava com o francês: “Levantei o pé de imediato, e pensei imediatamente: que se dane a vitória, é preciso chegar ao fim para garantir o segundo lugar. Na Acrópele, a primeira de Carlos Sainz numa prova mundial o Celica GT4 obtém a sua primeira vitória na Europa. Mas a curiosidade da prova foi a invasão dos helicópteros das equipas oficiais nada menos que cinco: da Toyota, Lancia, W, Jolly Club, Top Run e da Provide.Na Nova Zelândia e sem a Lancia, Carlos Sainz obtém nova vitória e a Mazda e a Ford anunciam novas montadas para breve. Na Argentina, Carlos Sainz bate violentamente mas termina em 2º e Massimo Biassion obtém a 5º vitória consecutiva da Lancia Martini nas pampas. Nos 1000 Lagos, vitória histórica de Carlos Sainz numa prova jamais ganha por um escandinavo, mesmo assim com apenas 19s sobre Ary Vatanen com o velho Mitsubhish Galant VR4 e com Keneth Eriksson no 3º posto. A velocidade média do rally foi cronemetrada em 112Km/h e a velocidade máxima numa classificativa atingiu os 205 Km/h . O piloto espanhol afirmou que: “Este rally é muito rápido e foi difícil para mim decidir o ritmo que deveria tomar, tendo o título jogo”. Jukka Kankkunen regressa às vitórias na Austrália numa altura em que os campeonatos de pilotos e marcas estão já decididos.Walter Rohrl abandona a competição automóvel, o bi-campeão mundial de rallys, dedicava-se então à velocidade como piloto do Team Audi. No San Remo, vitória habitual da Lancia Martini através de Didier Auriol que obtém a terceira do ano e a britânica Louise Aitaken (Opel Kadett GSI), ganha o campeonato de senhoras após a desistência da bela Paola Martini. Uma vez mais o rally da Costa Martin, é corrido para cumprir calendário sem favoritos o local Pactrick Tauziac em Mitsubhish Galant Vr 4 vence fácilmente e Derek Wrwick, piloto de F1 anuncia em Londres que estaria no RAC com Legacy da Provide. A prova inglesa deixa de ser um rally secreto, os finlandeses abandonam e Carlos Sainz é o primeiro latino a ganhar no RAC.Ove Andersson director do Team Team Europe: “Só posso agradecer ao Carlos por tudo o que ele fez este ano.Ele motivou toda a equipe com as suas vitórias e tornou realidade o meu sonho de há 15 anos”.O ano de 1990, mais do que uma invasão japonesa, como na Fórmula 1, nos rallys assistiu-se a uma autêntica tomada pela indústria japonesa. Esta era uma faceta da universalização do Campeonato Mundo, uma das ambições de Jean Marie Balestre, Presidente da FIA e da FISA, na verdade os pilotos ao serviço das marcas nipónicas disputavam os primeiros lugares dos rallys e a Toyota terminava o ano em condições de lutar abertamente pelo ceptro. O belga Robert Droogmans é o campeão da Europa de Rallys. Carlos Bica obtém o tri-no Nacional de Rallyas e Ary Vatanen volta a ganhar no Paris –Dakar dominado por pilotos que habitualmente disputavam o Mundial de Rallys: Mundial de Pilotos (10ºs primeiros): 1ºC.Sainz (E) 140; 2ºD.Auriol (F) 95; 3ºJ.Kankkunen (SF) 76; 4ºM.Basion (I) 32; 6ºD.Cerrato (I) 30; 7ºR.Stohl (A) 29; 8ºK.Eriksson (S) 27; 9ºA.Fiori (I) 25; 10ºIngvar Carlsson (S) 22. Mundial de Marcas(10ºs - 1ºLancia (140); 2ºToyota (101); 3ºMazda (73) 4ºMitsubhish (58); 5ºAudi (43); 6ºBMW (37); 7ºRenault (30); 8ºNissan (18); 9ºVolswagwn (15) e 10ºRenault Argentine 10.
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