quinta-feira, maio 27, 2010

A era Turbo - triunfou na F1 e nos Rallys na década de 80


A Renault marcou a era turbo  com A-442

Jean Pierre Jabouille/Renault RS01 -Silvestorne 1977
Ayrton Senna/Toleman Turbo - 1984

NigelMansell /Wiliams FW011 -1986  
Nigel Mansell /Ferrari 641/2 -Turbo -1990

Masion Basion / Lancia Delta S4/ no Rally da Argentina
O Toyota Celica TCT o turbo da Toyota  - o rei africano na época do Grupo B

Jukka Kankkunen/Peugeot 205 Turbo16 - 1000 Lagos

Os motores turbo como meio de propulsão estão na essência ligados aos transportes como meio de comunicação. Assim, no início do século XX com a finalidade de ampliar a potência dos motores, foram aplicados sistemas rudimentares aos mesmos, cujo desenvolvimento, deu origem à era Turbo – motores sobrealimentados. Todavia, a utilização de tal invento, foi aplicado pela primeira vez na aviação, logo na primeira década do século XX quando os primeiros aviões revelavam uma perda de potência quando alcançavam determinadas altitudes em função da menor densidade do ar. Neste âmbito, o engenheiro A. Büchi encontrou a solução, ao acoplar ao motor um engenho capaz de lhe insuflar ar a uma pressão superior à atmosférica e que evitasse a perda de potência. Estavam criadas as condições para a criação para o primeiro turbo - compressor que o tempo acabou por aperfeiçoar. Apesar do êxito da sua aplicação, os motores turbo só seriam aplicados aos automóveis na década de 1960 e de uma forma particular aos camiões de transporte. Na década de 1970, as experiências desenvolvidas pelo engenheiro francês Auguste Rateau tiveram algum sucesso, permitindo a aplicação dos turbocompressores aos motores de explosão, o que permitiu um ganho de um número significativo de cavalos para a época. Em França tais conhecimentos foram determinantes para que a novidade fosse encaminhada para o mundo da competição, a Renault não perdeu tempo e o motor Renault Gordini que equipava os Alpines na categoria de Sport Protótipos foram o primeiro banco de ensaio. O chassis A-442, foi a base para a aplicação de um turbocompressor com uma potência base de 350 cavalos às 11.000 rpm e que se estreou na Fórmula 1 em Junho de 1977. Esta primeira aplicação do motor turbo era um KKK com uma válvula de descarga calibrada a 1.40 bar. O seu desenvolvimento permitiu uma maior potência e fiabilidade, que se tornou evidente a partir dos anos oitenta, quando os monolugares de F1, chegava ma atingir os 540 Cv às 7500 rpm. Mas a história dos motores Turbo na F1 inicia-se no GP da Grã-Bretenha de 1977, quando a Renault voltou aos GPs, setenta anos depois (71), e causou o maior impacto entre a concorrência com o seu RS01 que iria mostrar o caminho aos outros construtores nomeadamente à BMW e à Ferrari. Porém só em 1993, um motor Turbo venceu o mundial, foi o BMW. Em 1984-1985, o domínio nos circuitos de Grandes Prémios passou para a TAG Porsche, mas de 86 a 88, pela primeira vez a tecnologia nipónica sobreponha-se aos motores “made in Europa” era o tempo da Honda cujo reinado durou até 1992, mas a Renault finalmente se revelava competitiva o motor aspirado V10 que impõs na F1 até 1996, 95 vitórias e 135 poles e 5 poles, marca o score de um construtor em que a História dos Turbo e a sua história com marca ganhadora. Mas a era dos 3 Litros tinha entrado em vigor já em 1995 …. Nos rallys o R5 Turbo, marcou o ponto de partida e a sua primeira vitória ocorreu no Monte Carlo de 1981 (ver no Blog a sua biografi)… mas seria com um Mitsubhish Lancer Turbo que a marca japonesa que obteria o seu primeiro pódio nos 1000 Lagos com Penty Arikkala, mas seria os Grupo B como o Lancia Delta S4, o Peugeot 205 Turbo 16 ou o Audi Spor Quattro, que o motor turbo, nos rallys atingia o rubro, com estes “monstros” a fazerem tempos imagináveis na terra, na gravilha e no asfalto, ou mesmo em circuitos que lhes permitiria um lugar nas primeiras filas de um Grand Prix, uma época de ouro do automobilismo mundial , banida em nome da segurança.

2 comentários:

Morgado disse...

Se por um lado foi uma época de ouro para o desporto automóvel, por outro foram também tempos sangrentos.

Mas ficaram as boas memórias.

Continuação de um excelente trabalho.

Morgado

Arlindo Sena disse...

Caro Morgado

É verdade ... a etapa mais sagrenta do desporto automóvel...
Mas as imagens, dos grandes carros e dos grandes pilotos, jamais esquecem quem viu Henri Toivonen ou Dario Cerrato, quase um desconhecido, a dominar o S4 no Terreiro da Luta no Rally da Madeira...Ou o Rohrld com o Ausd Sport Quattro na Peninha no Rally de Portugal...Mas é um risco, quando se é piloto, quando se parte para um circuito ou para uma florestal, independente do potencial da máquina que se tripula...