domingo, maio 09, 2010

Jochen Rindt ....o único campeão a título póstumo ?


Vitória em Le Mans -1965

1966 -No ínicio da carreira da F1 - GP.Mónaco de 1966


1968 - GP. Holanda -Branham Repco

Corrida para a vitória no Mónaco de 1970

O Casal Rindt, GP da Inglaterra de 1970, o seu antepenúltimo pódio 


Foi o primeiro e único piloto a vencer um campeonato de Mundo de Fórmula a título póstumo, nasceu na Alemanha em 18 de Abril de 1942, tendo adquirido pouco depois a nacionalidade austríaca, após a morte dos seus pais num bombardeamento da 2ºGuerra Mundial, tendo sido educado em Graz na Áustria pelos seus avós. A sua carreira desportiva iniciou-se em 1960, em provas de rallys, com um Simca Monthéry. Em 1962 disputou o Campeonato Austríaco de Turismo, com uma Alfa Romeo Giulieta TI, obtendo três vitórias absolutas. Mas o contacto com os monolugares só ocorreu em 1963 quando participa no campeonato de Fórmula Júnior em 1963, com um Cooper T-59 da Ecurie Vienne, vencendo uma corrida em Cesenatico, na Itália. No mesmo carro participou do GP da Áustria de F1, prova extra-campeonato, abandonando com problemas no motor. Em 1964 com um Brabham BT-10 da equipe Ford Motor Áustria, passa para a Fórmula 2 , vencendo em Crystal Palace. A estreia no Mundial de F1, ocorre no seu GP da Áustria, correndo com um Brabham BT-11/ BRM da Equipe de Rob Walker, não terminando a prova. Ao mesmo tempo inicia a sua participação em provas de Sport /Protótipos nas famosas 24 Horas de Le Mans com uma Ferrari 275 LM da Equipe N.A.R.T., abandonando igualmente com problemas mecânicos. As boas indicações e os bons resultados conseguidos na F2 em 1964 levaram à sua contratação pela Cooper, para disputar o Mundial de Pilotos em 1965. Os rimeiros pontos foram obtidos na difícil e longa pista de Nürburgring , no GP da Alemanha, ao terminar 4º, com um Cooper T-77/Climax. Mas o seu resultado da temporada foi obtidonas 24 Horas de Le Mans com uma grande vitória fazendo equipa com o norte-americano Masten Gregory, num Ferrari 276 LM. Mas a Fórmula 1, não seria definitivamente como seria lógico a única competição que orientava a sua carreira, mantendo-se na Cooper até 1967, em 1966 fez três pódios Spa (2º); Nürburgring (3º) e 3º (Walkins Glen) e termina em 3º no Mundial. Durante a temporada voltou a F2 ao difícil e técnico, circuito do Nürburgring que tanto gostava ao contrário da maioria dos pilotos da sua geração vencendo pela primeira vez, com um monolugar na pista alemã com um Brabham BT-18 da equipe Winkelmann. Em 1967, uma temporada para esquecer mas faz uma fantástica época na Fórmula 2, venceu nove corridas, com o Brabham BT-23 da equipe Winkelmann: Snetterton, Silverstone, Pau, Nurburgring, Reims, Rouen, Tulln-Langelebarn, Brands Hatch e Hameenlina e participa nas 500 Milhas de Indianápolis com um Eagle-Weslake da equipe All American Racers, abandonando na volta 109, com problemas no motor. Em 1968 foi corre pela Brabham, correndo no Mundial de Pilotos com um Brabham BT-24 equipado com motor Repco V-8, obtendo dois terceiros lugares nas únicas provas que terminou os Grandes Prémios da Àfrica do Sul e da Alemanha. Volta novamente em Indianápolis, com um Brabham BT-25 oficial, abandonando na sexta volta, com a quebra do motor. Ainda pela equipe Winkelmann, venceu mais seis corridas na Fórmula 2, com um Brabham BT-23 : Thruxton, Zolder, Crystal Palace, Hockenheim, Tulln-Langelebarn e Enna-Pergusa. E fora do panorama internacional do desporto automóvel, corre no continente sul americano, no campeonato de F2 da Argentina conseguindo dois segundos e um terceiro lugares. Em 1969 é piloto da Lotus e na pré-temporada na nova equipa foi o Vice-Campeão da Taça da Tasmânia, com duas vitórias, em Christchurch e em Warwick Farm, com a Lotus 49 T. Na segunda prova do campeonato em Montuich, sofreu um grave acidente , quando o aerofólio traseiro da sua Lotus 49 B quebrou na vigésima volta e o carro chocou-se com o guard-rail e com a outra Lotus 49 B, de Graham Hill, que havia batido na nona volta, pelo mesmo motivo. O carro de Rindt capotou e o tanque de combustível se rompeu, encharcando-o de gasolina. Felizmente o carro não pegou fogo como era muito comum na época e Rindt foi retirado do carro por Granham Hill com algumas marcas da violência do despiste mas apenas uma lesão no nariz era a marca deste acidente . Pouco depois a FIA mandava retirar, os grandes aerofólios que segundo os especialistas eram respontáveis pelos acidentes que começavam a fazer parte dos cenários dos Grandes Prémios, no final da época era 4º tendo obtido a sua primeira vitória em Waltkins Glen (USA). Durante o Campeonato, testou várias vezes a Lotus 63 de tracção nas quatro rodas, mas só correu com ela na Gold Cup, em Oulton Park, onde chegou na segunda posição. Na Fórmula 2, em seu último ano correndo pela equipe Winkelmann, continuou a ganhar provas com o Lotus 59 B, venceu em Thruxton, Pau, Zolder e Tulln-Langelebarn. Em 1970, Jochen Rindt era considerado como um dos grandes favoritos ao título Mundial pela imprensa da especialidade, cinco vitórias e um 13º na África Sul e três abandonos um dos quais fatal marcam uma época gloriosa mas trágica já que pagou com a vida e a sua paixão pela velocidade quando ainda faltavam correr quatro Grandes prémios. Mas a história da Fórmula Um, registará para a eternidade que Jochen Rindt na tarde de 15 de Agosto de 1970, o piloto do Lotus 72D, fez a primeira volta, mas não completou a segunda: na entrada da Curva Parabólica, perdeu o controle do carro e saiu em frente, batendo de frente num guard-rail, rodopiando e batendo novamente, de traseira. O carro parou na escapatória, com o piloto inconsciente, retirado rápidamente do carro, Rindt foi levado para um hospital em Milão, onde sua morte foi anunciada pouco depois. Entre as causas prováveis do acidente a quebra da suspensão dianteira, os travões ou a perda de controlo do carro, em que treinava sem o aerofólio traseiro, foram as hipótese apontadas mas nenhuma jamais confirmada… enfim uma carreira prematuramente interrompida ... O campeão do Mundo de F1 de 1970, participou em 60 GPs, obteve 5 vitórias, fez 111 pontos e esteve no comando de Grandes Prémios, cerca de 412.5Km e obteve as seguintes posições no Mundial de Pilotos de F1: 13º(1965); 3º (1966), 11º(1967), 12º(1968); 4º (1969) e 1º(1970).

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