sexta-feira, maio 07, 2010

Markku Allen, um campeão sem título...


1975- Fiat 124 Abarth -Rally da TAP
1981- Fiat 131 Abarth - Rally de Portugal
1983 - Lancia Rally 037- Rally de Portugal
1986- Lancia Delta S4 - Rally Nova Zelândia
Markku Allen -Subaru Legacy 4WD - Rally da Acrópele 1991

Markku Allen, foi um dos melhores pilotos de Rallys de sempre, embora tal como Stirling Moss na Fórmula Um, jamais tenha vencido qualquer Campeonato Mundial de Rallys. O finlandês fez parte da vaga de pilotos finlandeses que dominaram o panorama dos rallys mundiais até meados da década de 1990, casos de Hannu Mikkola, Timo Salomen, Jukka Kankkunen ou Penti Arikala. A sua estreia no Mundial aconteceu nos 1000 Lagos em 1971 com um Volvo 142 que nas edições seguintes colocou no pódio: 1972 (3º) e 1973( 2º). Todavia, os 1000 Lagos de 1973, seriam decisivos na sua carreira como piloto oficial de rallys, já que tal posição foi conseguida numa luta com Timo Makkinen que levou a Ford a entregar ao jovem Markku Allen um Escort que tirou todas e qualquer duvidas sobre o seu talento, depois de um acidente espectacular com três cambalhotas, o Ford uma vez colocado na estrada, recuperaria de um modesto 117º a um honroso e inacreditável 3º posto. Mas seria a Fiat a marca que o lançaria na alta roda dos Rallys Mundiais, assim e no ano de estreia com o 124 Abarth, fez três pódios nos rallys em que terminou, terceiro no Rally de Portugal e nos 1000 e 2º nos Estados Unidos. Em 1975, ganha o seu primeiro rally internacional precisamente o Rally de Portugal que venceria novamente em 1976, 1977,1978, 1981 e 1987, tornando-se o maior especialistas do rally português considerado durante várias temporadas como o melhor rally do mundial. Em 1976, o grupo Fiat apresenta pela primeira vez um carro ganhador o 131 Abarth e Markku Allen vence os 1000 Lagos, a primeira das suas quatro vitórias no seu rally que venceu nos anos de 1977,1978,1979 e 1981. Em 1977, conseguia o tri no Rally Vinho do Porto, tornando-se um dos pilotos mais amados pelos espectadores portugueses mas o 3º na Nova Zelândia, foi comemorado como uma vitória pois daria a vitória à Fiat no Mundial de Marcas. O ano da glória, seria corrido em 1978, com vitórias nos rallys de Portugal, 1000 Lagos e no San remo, numa época em que as equipas privadas da Fiat e da Lancia, andavam ao nível dos carros de fábrica, no final do ano era Campeão da Rallys da F.I.A., no primeiro e último ano que tal designação seria utilizada, pois em 1979 iniciava-se o Campeonato do Mundo de Rallys para pilotos. De realçar que a vitória no SanRemo, foi obtida ao volante de um Lancia Stratos HF e outros pódios foram registados na Suécia, Grécia e Canadá. Nos anos de 1979, 1980 e 1981, venceria apenas um rally em cada temporada (1979 -1º 1000 Lagos; 1980 -1º1000 Lagos e 1981 – 1ºPortugal) e no final dos respectivos campeonatos seria 3º em1979; 6º em 1980 e 4º em 1981. Em 1982, Markku Allen foi 4º no Mundial, num ano em que o espectacular Lancia Rally 037 não lhe proporcionou qualquer vitória desde 1975. Em 1983, o 037 ganha em San Remo e Allen obtém uma magnífica vitória na Córsega numa época em que Jean Ragnotti, Bernard Béguin e Didier Auriol, eram reis e senhores no asfalto corso. 3º no final da temporada um bom resultado que repete em 1984, ano em que volta a ganhar na Córsega. 1985 seria um ano terrível sem vitórias e o pior ano de sempre no Mundial de Rallys seria 7º . Em 1986 ao volante do super - carro, o Lancia Delta S4, vence em San Remo e nos Estados Unidos, porém o finlandês seria desclassificado nas referidas provas perdendo ingloriamente o título e o vice - campeonato seria uma prenda dispensável. Em 1987 e 1988, mais dois pódios no final do Mundial, 3º em 1987 e 3º 1988, o Delta 4WD do novo grupo A, permitiu-lhe somar mais cinco vitórias : 1987 (Portugal, Grécia e 1000 Lagos) e 1988 ( Suécia, 1000 Lagos e RAC). De assinalar que a prova britânica foi a sua última vitória em Rallys a 20ª . A partir de 1989 opta por uma semi-reforma não disputando o mundial mas algumas provas: com o Delta Integrale HF foi 2º em 1989. Mas nos anos seguintes surge ao volante de máquinas não pertencentes ao grupo FIAT um corte numa carreira de quinze anos ao serviço da Fiat ou da Lancia. A opção são as marcas japonesas, a Subaru que então testava a sua entrada ao mais alto nível no mundial de Rallys e a Toyota que marcou a sua retirada dos rallys internacionais. Com o modelo Legacy da Subaru obteve alguns resultados interessantes foi 4º nos 1000 Lagos de 1990 e 3º na Suécia de 1991, quando a referida marca lutava com graves problemas de fiabilidade. O 3º nos 1000 Lagos com a Toyota foi o seu último grande resultado já que após um despiste violento e espectacular nos 1000 lagos seria determinante para o fim da sua carreira, numa época em que três equipas discutiam as vitórias à geral e meia dúzia de pilotos ganhavam um ou mais rallys por temporada.

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