Fabrizio Trabaton- Campeão da Europa de 1986 - uma prova ao gosto do S4
Para ganhar a Peugeot, a Lancia necessitava de uma máquina com as mesmas características e o seu director desportivo, Césare Fiori, pressionou a marca de Turim no sentido de se apresentar ainda na temporada de 1985 com uma nova montada, assim aconteceu com a estreia do Delta S4, no RAC em que a marca italiana conseguiu uma inesperada dobradinha com Henri Toivonen e Markku Allen. Entre a Peugeot e a Lancia, uma diferença desde logo assinalável, o 205 turbo 16 era uma evolução do 205 de serie o Delta S4 era uma máquina com função especificamente desportiva para a especialidade dos rallys e nada tinha haver com o Fiat Ritmo do cidadão comum. O S4 foi concebido sobre um chassis com “monocasco” central que incluía o habitáculo e a estrutura de segurança. A rigidez do veículo estava subjacente em dois chassis tubulares: o dianteiro alongado e o eixo traseiro para receber o motor, situado longitudinalmente, entre a caixa de velocidades e a continuação do motor e o diferencial viscoso que se repartia entre os dois eixos. A disposição mecânica era a mesma do 037, com um novo motor e com tracção às quatro rodas. O motor era o “coração” do bólide da Lancia cuja origem era um velho bloco do Beta que de Grupo 5 e que de resto já tinha sido implantado no 037. Mas pela primeira vez se combinava na motorização de um carro de rally, a combinação das técnicas paralelas da sobrealimentação que já contava com um compressor Volumex, tecnologia já utilizada no 037 de rallys e em alguns Lancia de serie, no qual se juntou um motor Garret. Com uma impressionante relação de peso e potência que conferia ao S4 cerca de 300 CV, o Lancia de grupo B estava mais muito próximo de um Fórmula1, famosa foi a volta dada por Henri Toivonen ao circuito do Estoril de 1986 que lhe garantiria a 6ªposição da grelha de Partida do G.P. de Portugal. Um carro rápido com uma carreira supersónica, na prova de estreia o S4 bateu a concorrência e na segunda prova, a abertura em Monte Carlo, Henri Toivonen, rápido e espectacular, ridiculizou a concorrência e na Suécia o motor partiu em Portugal após o acidente de Joaquim Santos, as marcas oficiais alegaram faltam de segurança e abandonaram o rally.
Henri Toivonen um piloto super rápido na era dos grupo B
Na Córsega, o luto carregado abatia-se nos rallys, Toivonen despista-se quando dominava na Córsega de forma imperial. Da tragédia corsa, perdia-se a dupla mais rápida da época Henri Toivonen e Sérgio Cresto, que estavam noutro patamar de competitividade que nem o experiente Markku Allen era capaz de acompanhar.
O Lancia Delta S4 após o despista na Córsega o princípio do fim dos Grupo B
Massimo Basion o sucessor de Toivonen e um ganhador nos Grupo A
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