sexta-feira, dezembro 23, 2011

A SEAT no WRC ...mais do que uma marca uma nação...



 A famosa equipa dos taxis no Monte Carlo de 1977 ( in Autopista 40 años de imagens)

 Erwin Webber na Nova Zelândia no ano do primeiro título da Seat de F2
( World Rallying 1996-1997, dir. Martin Holmes)

 
Harry Rovompera o melhor dos pilotos do Ibiza Kit Car no Safari de 1998
(foto in World Rallying 1998-1999, dir. Martin Holmes)

Piero Liatti foi uma das apostas para o Seat Córdoba WRC na temporada de estreia.

Didier Aurior iniciou a temporada de 2000 em grande mas a falta de meios impediu o sucesso do E2 ( foto de fotomecánica)

A SEAT Sport foi uma das marcas que animou o WRC nas temporadas de 1999 e 2000, o Cordoba WRC, sem ser um carro ganhador, mais do que uma marca representou uma nação. Mas, a marca espanhola, brilhou na sua primeira saída no WRC, o Rally de Monte Carlo de 1977 em que o Seat 124 S/1430, surpreendentemente chega ao pódio, com Antonio Zaini (3º) e Salvador Canellas (4º), então vedetas no campeonato espanhol a andaram ao seu melhor nível entre os Grupo 4 de fábrica. O jovem Salvador Servia em inicio de carreira era 7º numa prova memorável dos “Táxis” espanhóis assim baptizados pela concorrência. O regresso a sério à alta roda dos rallys internacionais, ocorre 18 anos depois, com o Ibiza Kit Car, com Jesus Puras a ganhar a categoria de F2 em Portugal e obtendo o 5º à Geral. Na Nova Zelândia, Erwin Webber é 2º na F2 depois do 5º na Argentina. Na Austrália o germânico é 2º e no RAC a nova estrela espanhola em ascensão José Maria Bardolet é 3º e Jesus Puras é 5º. No final da época a SEAT Sport obtém o seu primeiro título na F2. Em 1998, a SEAT aposta em duas novas esperanças dos rallys finlandeses, Harry Rovompera e Tony Gardmeister, o primeiro obtém uma série de bons resultados à geral numa época em que os F2 estavam longe de entrar no top 10, mas Rovompera foi 8º na Argentina, 10º Nova Zelândia, 7º na Indonésia, 10º em San Remo, 10º na Austrália e 9º no Rac. No final do campeonato novo título de F2 e cinco vitórias absolutas na categoria. Na última temporada da SEAT Sport na F2 , Harri Rovompera continua a ser o piloto de ponta da equipa, um 5º no Safari e um 6º no RAC, com a nova máquina da SEAT, um grupo A, cinco vitórias na categoria e a conquista do tri-campeonato de F2 em 1998, abriram em definitivo as portas para o projecto de um grupo A. As dificuldades técnicas de uma equipa, que pretendia atingir um nível elevado de competitividade determinou por parte da direcção desportiva da equipa o recurso, a engenheiros exteriores à marca, a responsabilidade dos motores era entregue a Dany Snobeck um especialista na preparação de motores atmosféricas para o campeonato de produção em circuito em França. A empresa britânica Hewland seria responsável pelos ajustes de carroçaria e a empresa de David Richards encarregou-se da caixa de velocidade e transmissão. A base da “bomba” espanhola era uma berlina de quatro portas, o Cordoba, com cerca de 300 CV para 1.260 Kg. O ano de 1999, a Seat voltou a contar com Tony Gardmeister e contratou Piero Liatti, que em Monte Carlo, andou na luta pelo top 5, até ser vítima de problemas com os pneumáticos. A marca, que tinha como objectivo para a primeira época do Cordoba WRC, fazer um ano de aprendizagem, mas rapidamente chegou à conclusão que o modelo, apresentava alguns problemas estruturais e a resolução de uma parte dos problemas passava necessariamente pelos meios financeiros que a Seat Sport não dispunha, dois pódios 3º na Nova Zelândia (Tony Gardmeister) e 3º 1000 Lagos (Harry Rovompera) era apesar de tudo um saldo positivo. Didier Auriol, era o piloto escolhido para substituir Harry Rovompera, o seu talento e experiência, era uma das apostas da Seat Sport, o trabalho a nível das suspensões e a maior competitividade da evolução do Cordoba WRC - E2, era evidente em pleno defeso, Tony Gardmeister obtinha um promissor, 4º no Monte Carlo, Didier Auriol era 3º no Safari num dos melhores resultados de sempre da marca, uma vez que foram muitos os pilotos que ficaram atrás do francês. Até final, mais dois resultados, mas muito modestos para a marca, Didier Auriol seria 8º na Córsega e 8º na Austrália e a nível de marcas era 5º no WRC. No final da temporada, a equipa técnica tinha a consciência de que o Córdoba E2 a meio do campeonato já não era capaz de acompanhar as constantes evoluções técnicas do Peugeot 206WRC, doSubaru Imprenza 2000 WRC, do Ford Focus WRC ou do Lancer EV0 da Mistsubhish, para já não falar do ultrapassado, Toyota Corolha WRC, com falta de meios financeiros e de resultados, o grupo Wolswagen anunciava o fim do projecto SEAT no WRC. No Mundial de Rallys (WRC) a SEAT, participou em 113, obteve quatro pódios (3º Monte Carlo (1977), 3º RAC (1999), 3º Nova Zelândia (1999) e 3º Safari (2000).

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