Em 1967 era a vedeta na Ferrari ....em 1968 os azares geraram a incompreensão.
(Archivo Cahier)
Com Ferrari 312 B68 ... terminou uma prova fez um pódio e deixou o construtror após seis GPs
(Archivo Chahier)
Com o March 701 voltou a demonstrar todo o seu talento ( foto de Bernard Cahier)
O Tecno PA23 era um mau chassis mas ainda marcou um ponto no Mundial de 1973
(Archivo Cahier)
Chris Amon, nascido a 20 de Julho
de 1943, em Bulls na Nova Zelândia foi um dos pilotos mais rápidos de Grandes
Prémios na transição entre a década de 1960 e 1970, mas no seu palmarés apenas se registam uma dezena de vezes aos pódios de uma corrida de F1 … nunca inscreveu o seu
nome na lista de vencedores de um Grand Prix e por várias vezes esteve perto da vitória . Nascido numa família bem sucedida
na exploração agrícola, mais exactamente na produção de gados, já em plena
adolescência sentia a paixão pelas corridas automóveis, após convencer o seu
pai na aquisição de um Austin A40, Amon passa rapidamente das corridas em torno
da quinta parental para o circuito de Levin. Seguiu-se as primeiras
experiências com um carro de corridas a sério, um Cooper -Climax mas seria com
um velho Maserati 250 F que daria nas vistas ao terminar em 2º em Renwick em
1962. Em 1963 ainda corre na Nova Zelândia mas a sua carreira prossegue nas provas
nacionais de velocidade na Austrália e em Lakeside o jovem Chris Amon é
observado por Reg Parnell que impressionado ofereceu-lhe a oportunidade de
correr em Inglaterra. No mesmo ano estreia-se com 20 anos no GP da Bélgica com
um Lola - Climax e na sua primeira temporada fica muito perto dos pontos foi 7º
em Reims e 7º em Silvestorne. Mas em 1964 marcou os seus primeiros pontos com
um pouco competitivo Lola BRM em Zandvoot (5º) e terminou em 16º na temporada.
Em 1965 assina com Bruce Mclaren mas a equipa apenas lhe pode oferecer um
programa na CAN AM e ainda correu sem resultados com o Lola BRM na F1. Na
temporada seguinte apenas participa no G. P. de
França (8º) com um Cooper-Climax mas com Bruce Mclaren vence as 24 horas
de Le Mans de 1966 com um Ford GT40 e tal registo não passa despercebido a Enzo
Ferrari que aposta definitivamente no seu talento. Na equipa Maranello é
praticamente o 4º piloto da equipa, já que Lorenzo Bandini, Ludovico
Scarfiortti e Mike Parkes já tinham contrato com Enzo Ferrari. Mas o patrão da
Ferrari apostava também nas corridas de protótipos e Chris Amon fazendo equipa
com Lorenzo Bandini vence as famosas 24 horas de Daytona e os 1000 km de Monza.
Na F1 fez a sua estreia no pódio no GP Mónaco (3ª) e até final da temporada
mais quatro pódios – 3ºs Bélgica, Inglaterra e Alemanha e termina o Mundial de
1967 em 4º com os mesmos pontos de John Surtees … mas a tragédia tinha batido a
porta da Ferrari, Lorenzo Bandini foi vítima de um acidente fatal no Mónaco,
Mike Parkes feriu-se seriamente num acidente e Mike Parkes não era competitivo
e assim na segunda metade da época, Chris Amon tornava-se o primeiro piloto de
Maranello. As temporadas de 1968 e 1969, são decepcionantes na F1 apesar de
continuar vitorioso na série de Tasman na Nova Zelândia, que ganha em 1969. Em
1968 não chega ao final em dez grandes prémios e fica muito perto da vitória em
Brands Hatch (2ª) . Na temporada de 1969 a tensão na Ferrari aumenta e em seis
grandes prémios termina apenas um e no pódio (3º GP da Holanda). A March é a
equipa que se segue e no final da temporada é 8º um bom resultado, atendendo
que a equipa britânica tinha entrado em declínio, mesmo assim mais três
pódios nos Grandes Prémios da França (2º);
da Bélgica (2º) e no Canadá (3º).
A Matra-Simca, aposta no neo-zelandês nas épocas de 1971-1972, tratava-se de
uma equipa do segundo pelotão e no GP da França perde a vitória com a meta à
vista com um pneu furado, foi 3º e uma vez mais traído pelo azar que o acompanhava desde
os tempos da Ferrari . Na década de 1970
tornava-se um piloto mais maduro mas faltava-lhe uma máquina competitiva, em
1973 estreou-se pela Tecno pontuando na estreia 6º na Bélgica mas o chassis não
era minimamente competitivo. Aposta na criação da sua própria equipa em 1974
mas o Amon F1 é um desastre e em 1975 e 1976 está na Ensign uma das equipas
mais modestas da F1 da época e o melhor resultado foi um, 5º em Jarama (1976).
No final da temporada abandona a F1, em parte chocado com a violência do
acidente de Niki Lauda que por pouco
resistiu ao brutal acidente no perigoso circuito de Nurburgring de regresso a Nova Zelândia, tornou-se piloto
de testes da Toyota e do qual a marca nipónica presta-lha a sua homenagem com a
criação do Toyota Amom Cup. Chris Amon participou em 96 Grandes prémios, fez
cinco poles, três voltas mais rápidas e 11 Pódios. Liderou 183 voltas das 4566
que cumpriu na sua carreira na F1
Sem comentários:
Enviar um comentário