segunda-feira, julho 20, 2009

1958 - O ano dos Britânicos

A Fórmula 1 começou a temporada de 1958 com a retirada de Juan Manuel Fangio após cinco títulos mundiais, Juan Manuel Fangio decidia que era hora de parar. A despedida oficial foi em sua própria terra, Buenos Aires, no GP da Argentina, onde chegou em quarto lugar depois da boa vontade de Mike Hawthorn que se recusou a ultrapassar o senhor dos Grand Prix. . O ano de 1958 seria marcado ainda pelo seu sequestro quando em Cuba, durante a ditadura de Fulgêncio Batista, para disputar uma prova de carros sport, foi sequestrado pelos guerrilheiros de Fidel Castro, que queriam chamar a atenção para seu movimento. Do episódio, não restaram traumas: "Fui bem tratado e não tenho rancor deles", diria o campeão argentino mais tarde que, recebia anualmente um telegrama "dos amigos sequestradores", desejando saúde e felicidade. Em 1992, encontrou-se casualmente com um deles numa confeitaria de Buenos Aires. "Que então se tinha tornado ministro", contou. Mas o Mundial de Fórmula iniciava-se com onze provas pontuáveis incluindo o GP de Portugal no circuito da Boavista e pela primeira vez pontuava para o campeonato Mundial de Construtores. No Mónaco, Colin Chapman um dos mais célebres projectista da F1 fez sua estreia assim como a jovem revelação inglesa, Graham Hill. Para a Lotus, o ano foi apenas de aprendizagem, enquanto lá na frente Mike Hawthorn e Stirling Moss, disputavam palmo a palmo as onze corridas da temporada.A decisão só veio na última prova, na romântica Casablanca, em Marrocos. Moss venceu a corrida, mas Hawthorn com o segundo lugar, chegava ao título. Era o quarto vice-campeonato consecutivo de Moss, que nunca chegou a ser campeão do mundo, por um ponto . Numa época em que , Stirling Moss seria o piloto do ano com quatro vitórias em 1958 nos GPS de Argentina, Holanda, Portugal e Marrocos (contra apenas uma de Hawthorn em França). Todavia Mike Hawthorn, o piloto número um da Ferrari, teve em 1958, os seus esforços de cinco anos recompensados pelo título numa época em que os monolugares vermelhos mostraram-se menos competitivos que os Vanwall estreados na época anterior. De realçar que o inglês vivia intensamente a vida, apesar da deficiência renal que o afectava, mas não dispensava uma boa cerveja que foi motivo de uma paragem durante uma das suas várias corridas. No final da temporada e após as mortes dos seus companheiros de team, Ligi Musso e Peter Collins, retirou-se das competições perdendo alguns meses depois a vida num acidente de trânsito. Nefastas foram também as comemorações do primeiro título de construtores de F1, da VANWALL obtido no GP da Inglaterra face ao grave acidente que sofreu o seu piloto Stuart Lewis – Evans, que saiu do circuito de Silvestorne com cerca de 70 % do corpo queimado, vindo a falecer na prestigiosa unidade de queimados Mclndoe, do Hospital de East Grinstead. Classificações: Pilotos: 1ºHawthorn 42; 2º Moss 41; 3ºBrooks (24); 4ºSalvadori (15); 5ºCollins (14); 5ºSchell (14); 7ºTrintignant (12): Musso (12); 9ºLewis – Evans 11; 10ºP.Hill (9) ; Behra (9) ; Von Trips (9); 13ºBryan (8); 14ºFangio (7); 15ºAmick (6); 16ºBettenhausen (4) ; Boyd (4) 18ºAlisson (3); Bonnier (8) ; Branham (3); 21º Rathmann .

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