A competitividade da Audi demonstrada no Rally do Algarve no final de 1980, em que Hannu Mikkola deixou a concorrência a cerca de 26 minutos tornava o modelo "Quattro" o grande favorito para o Mundial de Rallys dde 1981. Sem grandes mudanças regulamentares e com a ausência da Opel numa época em que o Ascona 400 era ainda um carro em plena competitividade e capaz de lutar pela vitória. O Monte Carlo mais uma vez abria as hostilidades, os Audi Quattro não chegaram à vitória, Michele Mouton desistia cedo e Hannu Mikkola, despistou-se na 7ª especial quando cilindrava a concorrência com 6 minutos de vantagem. A prova seria discutida entre o pequeno Renault R5 Turbo de Jean Ragnotti e o Porsche 911SC de Jean Luc Therier que seria vítima de uma placa de gelo que o atirou para fora do Rally. Na Suécia, um pódio finlandês interrompia o tradicional domínio sueco, mas finalmente Hannu Mikkola dava a primeira vitória no Mundial de Rallys ao “Quattro”. Os out-siders seriam os velhos, mas sempre competitivos Escort RS 1800 com os dois jovens lobos Vatanen e Arikala nas posições seguintes (2º) e (3º) respectivamente. No rally Vinho do Porto, “Mequepê” voltava a ser o melhor nacional na 8º posição num Opel Kadett GTE e Markku Allen, vencia novamente com um Fiat 131 Abarth mostrando cada vez mais a sua apetência para vencer em Portugal. No Safari e na Córsega, os pilotos nacionais chegavam à vitória Shekar Metha obtinha a terceira vitória consecutiva num pódio em monopolizado pela Datsun com os novos modelos violet GTS e o velho 160 J pilotado pelo local Mike Kirkland (3º). Na ilha francesa o grande dominador foi sem dúvida Jean Clude Andruet num belo Ferrari 308 GTB mas seria o velho Stratos HF que obtinha a sua última vitória no Mundial e dava a sexta absoluta a Bernard Darniche o imperador da Córsega. Na Grécia, o ocorreu o escândalo do ano com a desclassificação dos Audi que eliminaram os faróis auxiliares para em seu lugar aumentar a refrigeração dos seus motores. Ary Vatanen vencia sem contestação perante os já cansados 131 Abarth de Allen e Bettega, e iniciava na Acrópele uma segunda parte memorável que o levaria ao título após as vitórias nos 1000 Lagos e no Brasil. De resto os seus despistes habituais impediram de o vencedor na Argentina onde Guy Frequelin conseguia a sua primeira vitória em provas do Mundial e tornava-se devido a sua regularidade um candidato ao título. Em San Remo, Michele Mouton entrava na história do Mundial de Rallys ao se tornar a primeira dama a vencer uma prova e Henri Toivonem ao se colocar na segunda posição colocava a Talbot na rota do título.Na Costa do Marfim a luta pelo título estava ao rubro, Guy Frequelin apresentava-se num Peugeot 504V6 na ausência da Talbor e era 5º no final e Ary Vatanen, voltou a despistar-se chegou em último (8º) a 24 horas de Timo Salomen que dava a segunda vitória à marca japonesa. Os títulos ficavam de pilotos e marcas ficavam adiados para o RAC, mas a normalidade marcou a prova inglesa, o Audi Quattro de Mikkola vencia a terceira da marca alemã que de favorita passou o ano a melhorar o seu modelo. Ary Vatanem voltava a ser o melhor não audi e era finalmente campeão do mundo, enquanto que o 3º lugar do sempre competitivo Stig Blomquist garantia o título aos pequenos e rápidos Talbot Lotus. Mundial de Marcas (10ºs) : 1ºTalbot - 117; 2º Datsun -106; 3ºFord -88; 4º Opel -71; 5ºAudi e Fiat – 63; 8ºToyota -55; 9ºPeugeot -37; 10ºLancia- 28. Mundial de Pilotos (10ºs):- 1ºAry Vatanen (SF) 96 ; 2º Guy Freguelin (F) 89; 3ºHannu Mikkola (SF 62); 4ºMarkku Allen (SF) 56: 5ºShekar Metha (EAK) 55; 6ºTimo Salomen (SF) 40; 7ºHenri Toivonen (SF) 38; 8ºMichele Mouton (F) 30 e Penty Arikala (SF) 30 ; 10ºPer Eklund (s) 29.
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