terça-feira, julho 26, 2011

A experiência da Mercedes no Mundial de Rallys...

Hannu Mikkola na grande festa na Costa Marfim, quatro 500 SL 5.0 - no Top 5 
(in 10 ans de championnat du Monde,  p. 187-  foto de H.W.Bishop)

A estreia da versão do Grupo 2 no Rally Codasur.
(in 10 Ans de championnat du Monde, p.139 - foto de R.Klein)  

Bjorn Waldegaard deu na Costa do Marfim ao 500 SLC  a única vitória absoluta
(10 Ans de Championnat du Monde, p.191 -  foto de C.Taylor Producions) 



A Mercedes é sem dúvida uma das grandes marcas comerciais que ao longo do tempo ganharam prestígio e confiança, um símbolo da indústria automóvel germânica. Todavia no desporto automóvel os seus feitos fazem igualmente parte da história da marca, na Fórmula 1, o W196 teria ganho o Mundial de construtores se o mesmo existisse em 1954/1955, mas dois títulos de pilotos ficaram nas mãos do grande génio da F1 dos anos históricos, Juan Manuel Fangio. Para a estatística, ficou o registo de 12 GPs e 9 vitórias absolutas. O 300SLR seria um dos melhores Sport do seu tempo e ganharia o campeonato mundial de Marcas de 1955. Mas a tragédia enlutava a marca alemã e cerca de 83 espectadores e mais de 100 feridos, quando naquela manhã de 12 de Junho de 1955, o piloto do 300 SLR de Pierre Levegh era vítima mortal depois de um toque do piloto da Austin Healy, Lance Macklin. E a marca retirava-se oficialmente do desporto automóvel, numa época em que o seu prestígio encontrava referências anteriores à II Guerra Mundial, referimo-nos ao W 125 (1938); W154 ( 1938) e o W 163 (1939) . É certo que foram vários os Mercedes que correram em várias especialidades sobretudo em campeonatos nacionais de vários países europeus ainda antes da 1º metade do séc. XX, mas o regresso  uma vez mais esporádica ocorreu com a sua estreia oficial com os Mercedes primeiro os 450 SLC e depois os 500 SLC. O 450 SLC era sem dúvida um elegante desportivo rápido e que se destacou pela sua resistência em pisos tão demolidores com as grandes provas africanas, o Safari então grande destruidor de carros de competição ou o Costa do Marfim. De resto, uma vitória no East San African era tão importante como vencer o Mundial de Rallys em temos comerciais. O 450 SLC fez a sua estreia precisamente no Safari de 1979, estava equipado com um motor V8; dianteiro, 4.975 cc. Transmissão e suspensão traseira com caixa automática de quatro velocidades, com um peso de 1350 Kg. O 450 SLC estava homologado em grupo 4 e o 500SLC que o substitui era uma versão do 500 mas homologado no Grupo 2: Principais resultados: 1979 -Safari: - 2ºHannu Mikkola e 6ºBjorn Waldegaard ; Costa do Marfim : - 1ºHannu Mikkola; 2ºBjorn Waldegaard; 3ºAndy Cowna e 4ºVic Preston JR., no final com apenas duas provas a Mercedes terminava em 4º. Repetia a mesma classificação no campeonato em 1980 e obtinha as seguintes classificações nas provas do Mundial: Portugal: - 4ºBjorn Waldegaard e 5ºIngvar Carlsson; Safari – 3º Vic Preston e 5ºAndy Cowan; Argentina – 2º Hannu Mikkola; Motogard (NZ) – 3ºHannu Mikkola e 5ºBjiorn Waldegaard e Costa do Marfim – 1º Bjorn Waldegaard e Jorge Recalde. Sem ser uma equipa ganhadora no pelotão dos rallys, a Mercedes já tinha demonstrado que eventualmente poderia ter um veículo ganhador, mas a marca só voltaria à competição ao mais alto nível no Séc.XXI na Fórmula 1, numa altura em que ainda procura a sua décima vitória na F1 mas a primeira após meio século de afastamento dos circuitos internacionais.

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