quarta-feira, abril 20, 2011

Jackie Setwart um campeão que foi o pioneiro da segurança na F1

1ºGP do Mónaco 1966 - BRM P261 - A segunda vitória da sua carreira,

GP Alemanha 1968 - Matra MS9 -Ford - uma prova contestada por Setwart 
  
2ºGP de Inglaterra 1971 - Tyrrel 003/Ford 

 O desaparecimento de François Cévert determinou o fim da carreira do escocês.
4ºGP Itália 1999  -Runben Barrichelo - Setwart SF3 na melhor temporada da Setwart Grand Prix



Jackie Setwart foi um dos melhores pilotos da F1 de sempre e um dos mais bem sucedidos, numa época em que a tragédia e o luto marcava cada temporada da F1, com dois ou três acidentes mortais por época. Aliás, uma das razões que justificaram o abandono, do piloto escocês no final do Mundial de 1973, após o acidente trágico de Francois Cévert a grande esperança gaulesa durante os treinos do GP dos Estados Unidos. Jackie nasceu em Dumbartonshire na Escócia, no seio de uma família com tradição no desporto motorizado, o seu pai fora antigo piloto de motos e então era concessionário da Jaguar, enquanto o seu irmão Jimmy era já um promissor piloto de corridas que sofreria um acidente grave em Le Mans e que levou a que seus pais se opusessem à sua continuidade no automobilismo de competição. Desportista por excelência, esteve nos Jogos Olímpicos na categoria de tiro em 1960. Mas, o seu destino estava traçado e Ken Tyrrel apostou seriamente em Jackie Setwart quando então (1963) piloto da Fórmula Júnior com um Cooper de F3, surpreendeu tudo e todos, quando numa sessão de testes, foi mais rápido que Bruce Mclaren piloto de F1 que tinha estado a testar o mesmo chassis. A sua passagem pela F3 no ano seguinte foi marcada por uma vitória na sua estreia em Snetterton, ascendo à F1 em 1965. No ano de estreia, na fórmula máxima do desporto automóvel, corre pela BRM (P261) e faz equipa com Granham Hill, fazendo uma temporada ao mais alto nível terminando em 3º no campeonato e vencendo em Monza. Em 1966, volta a vencer uma prova clássica da F1 , o GP do Mónaco, mas em Spa-Francorchamp, sofre um acidente dramático é  retirado pelo seu companheiro de team  e descontente com a assistência médica, marca presença a partir de então nos circuitos de F1 com o seu médico particular , termina em 7º no campeonato e em 1967, foi 9º um dos piores resultados no seu rico palmarés. A partir de 1968, nasce a fabulosa associação, Jackie Setwart e Ken Tyrrel, que apostam no chassis da Matra (MS9 Ford) para as duas épocas seguintes, três vitórias na primeira época e o título de Vice - Campeão. As questões de segurança, uma vez mais preocupam o escocês que se opõe à realização do GP de Alemanha, que disputou-se perante um verdadeiro temporal, mas apesar de Jackie Setwart ter ganho a sua contestação em nome da segurança marcou o fim-de-semana. No ano seguinte finalmente o título de pilotos e mais quatro vitórias em grandes prémios. Em 1970 o escocês sobe ao pódio mas não vence qualquer GP, o chassis que utiliza era um March (701C-Ford) numa época em que Ken Tyrrel procedia à mudanças da sua estrutura que culminaria com o primeiro chassis, Tyrrel, ( 003). Um modelo competitivo, que daria ao escocês mais seis poles e seis vitórias, com o jovem François Cévert em 3º e a equipa a obter o seu primeiro título de construtores. Em 1972 é vice - campeão da F1 no ano em que o brasileiro Emerson Fitipaldi foi rei e senhor da temporada, mas em 1973 chega ao título na sua última época de Grandes Prémios, com 34 anos de idade e 100 GPs disputados, 27 vitórias absolutas, 17 poles positions e com um total de 350 pontos. Manteve-se ligado ao mundo dos Grand Prix como consultor da Ford e comentador de uma cadeia de TV, mas o regresso com construtor ocorre em 1997, a Setwart Grand Prix. No ano de estreia a equipa obtém o 6ª posição dos construtores, destaca-se o 2º no Mónaco de Ruben Barrichello em 1998, o chassis passa a temporada com problemas de fiabilidade e em 1999, três podias e uma vitória absoluta com Johnny Herbert e a 4º posição a nível construtores, todavia a aventura chegava ao fim com a Ford adquirir a equipa que foi rebaptizada de Jaguar Racing em 2000.  Jackie Setwart ficará sempre lembrado como piloto, construtor mas também como defensor da segurança sendo um dos responsáveis pela criação para associação de pilotos com tal propósito.

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