quinta-feira, setembro 08, 2011

Monza a catedral do desporto automóvel....?



Monza, juntamente com o Mónaco e Spa, é um dos Grandes Prémios, clássicos da F1, construído em 1922, a primeira corrida ocorreu em 3 de Setembro num dia chuvoso, ganho pelo Fiat de Pietro Giordino. Dois dias depois, Biordino vencia em Monza o 1ºGP da Itália. Na Idade de Ouro do desporto automóvel, nos anos trinta grandes pilotos como Louis Chiron, Tazio Nuvolari, Fagioli, Caraciola, Stuck e Rosemeyer foram coroados na chamada catedral do desporto automóvel. Em 1948, Monza foi objecto de obras, uma vez que durante a 2ªGuerra Mundial a pista foi danificada pela passagem de carros de combate e já no fim da guerra, 1946-1947, funcionou como parque de estacionamento de veículos militares. As corridas voltariam a Monza no novo campeonato do Mundo de Fórmula 1 quando a 3 de Setembro de 1950, Nino Farina vencia a corrida e o campeonato com a Alfa Romeo 158. Ao longo da sua história vencer em Monza era algo de muito especial e foram cerca de dezoito, os campeões de mundo que venceram a prova italiana: Giuseppe Farina/Alfa Romeo 158 (1950) Alberto Ascari/Ferrari 375 (1951) e Ferrari 500/F2 (1952); Juan Manuel Fangio/Maserati A6 GCM (1956), Mercedes-Benz W-196 (1954 e 1955); Phill Hill/Ferrari Dino 246 (1960/1961); Jim Clark /Lotus 25/Climax (1963); John Surtees/Ferrari 158 (1964) e Honda RA-273 (1967); Jackie Setwart/BRM P -261 (1965) e Matra MS 80/Ford (1969) ; Denny Hulme/Mclaren M-7A/Ford (1968); Emerson Fitipaldi/Lotus 72D (1972); Mario Andretti/Lotus 78/Ford (1977); Niki Lauda/Brabham BT46-Alfa Romeo (1978); Nelson Piquet/Brabham (1980 e 1983 ) Wiliams (1986) e (1987) Alan Prost/Renault (1981)Mclarem (1985)e (1989) Ayrton Senna/Mclaren MP4-5 (1990) e Mclaren MP4-7(1992); Danon Hill/ Wiliams FW 15 (1993) e Wiliams FW16 (1994); Michael Schumacher/Ferrari F310 (1996) Ferrari F300 (1998) (2000) Ferrari 2003 -GA (2003) Ferrari 246 F1 (2006) ; Sebastien Vettel/Toro Rosso (2008); Fernando Alonso / Ferrari F300 (1998) e Ferrari (2000). Mas vencer em Monza, era algo que sempre desejaram os pilotos e marcas italianas, tais vitórias acabaram por contribuir para que a prova italiana mesmo quando terminada seja invadida pelos adeptos da F1 numa festa colectiva muito especial quando os vencedores representam a bandeira transalpina. A nível de pilotos apenas quatro GPs foram ganhos por italianos: Giuseppe Farina/Alfa Romeo 158 (1950); Alberto Ascari /Ferrari 375) (1951); Alberto Ascari/(Ferrari 500/F2 (1952) e Ludovico Scarfotti / Ferrari 312/66 (1966).Por construtores, contam-se 22 vitórias: a Ferrari venceu nas seguintes edições (1951, 1952, 1960, 1961, 1964,1966, 1970, 1975, 1979, 1988, 1994, 1996, 1998, 2000, 2002, 2003, 2004, 2006 e 2010). A Maserati em 1953 e 1956 e Alfa Romeo em 1950. A edição de 1960, ficou na História da F1, pelo facto do pódio ser constituído por uma tripla da Ferrari com os Dino 246 (1ºPhill Hill, Richie Ghinter e 3ºWilly Mairesse. Mas se a “febre da velocidade” animou seis décadas do rápido circuito italiano, a tragédia pairou várias de vezes, assim na era do Mundial de F1, Monza ceifou a vida de vários pilotos de F1 : o primeiro na tarde de 26 de Maio de 1959, de forma imprudente, quando Alberto Ascari na hora do almoço num Ferrari 750 de Sport, despistando-se sem testemunhos, numa recta onde hoje está a variante Ascari. Em 10 de Setembro de 1961, a primeira grande tragédia em pleno Grande Prémio, quando o Ferrari do Conde Wofgang Von Trips, na segunda volta, na entrada da Parabólica não foi capaz de evitar o toque com uma das rodas traseiras de Jim Clark, não conseguindo evitar alguns piões, batendo fortemente nas redes de protecção, perdendo a vida assim como onze espectadores que se encontravam na referida zona da pista. O germânico tinha feito a pole e liderava o mundial. Jochen Rindt que liderava confortavelmente o mundial, perdia a vida de forma inglória a 5 de Stembro de 1970, quando o Lotus despistou-se à entrada da Parabólica durante os treinos. O austríaco tornar-se-ia, no primeiro campeão de F1 a título póstumo. Em consequência de um acidente nos 1000 Km de Monza em 26 de Maio de 1974, o plioto da Brabham de F1, Sílvio Moser falecia no hospital vitima de um acidente como consequência de esquecimento imperdoável, após a paragem na boxe e de regresso à pista, não apertou o cinto de segurança. Finalmente e de forma pouco comum, em 11 de Setembro de 1978, Ronnie Peterson que tinha vencido em 1973 e 1974 com o (Lotus 72D/Ford) e 1976 (March 761/Ford). O rápido e espectacular piloto sueco, foi uma das várias vítimas de uma carambola logo à partida, sofreu algumas queimaduras e tinha apenas diversas fracturas nas pernas, mas seria vítima de uma embolia óssea como resultado de uma má assistência médica. Estes acidentes e outros contribuíram para algumas mudanças significativas da pista, conhecendo-se várias versões ao longo da sua história. Em 1931 a primeira alteração, a pista inicial foi reduzida para 6.861 Km, tendo sido eliminadas a Parabólica e a Grande Curva Norte, mas os acidentes mortais dos pilotos de GP dos 20 e 30, Mario Borzacchini, Giuseppe Campari e Louis Czaykowski, leva aos organizadores a abonar definitivamente esta versão. Entre 1955 e 1958, Monza voltou a introduzir um anel de velocidade com curvas sobrelevadas tal como existiu na versão inicial de 1922. Onde se realizaram as 500 milhas de Monza em que se confrontaram os pilotos da F1 e da Indy. Em 1959 paralelamente, à pista estradal, foi definitivamente, reduzida para 5.570Kma, através da construção de uma nova curva de leve inclinação transversal, no interior da grande Curva Sul do anel de velocidade. O acidente de Von Trips provocou uma série de modificações e de melhoramentos com vista à segurança e protecção de pilotos e espectadores. Com o aumento da velocidade introduziram-se as primeiras chicanes nos anos de 1971 e 1972 nos pontos críticos do circuito preocupação esta que continua nos dias de hoje. Por último de referir o alargamento da pista em 1978 como consequência do acidente trágico de Ronnie Peterson. Hoje, o Autódromo Nacional de Monza, é a única pista de alta velocidade que nos resta, com cerca de 5.793 Km e que será corrida no próximo domingo, em cerca de 53 voltas, na qual se destacam a curva” Lesmo”, em outras eras conhecida como a curva da morte, mas sobretudo a variante “Ascari”, onde os actuais pilotos de F1 são obrigados a uma forte e racional travagem após atingirem a velocidade de 332 Km/h onde quase esgota-se a 7ªvelocidade. A curva “Parabólica” é outro ponto crítico onde os F1 têm de reduzir da 7ª velocidade (335 Km/h) para a 4ªVelocidade (215Km/h). Assim resta-nos esperar pelo 11 de Setembro de 2011, onde Sebastien Vettel é o principal favorito entre os quatro pilotos do actual plantel de F1 que ganharam em Monza nos últimos anos: Fernando Alonso, Ruben Barrichello e Michael Schumacher.

Chris Amon (Matra Simca) e Jack Ickx (Ferrari) na 1ª linha (in  R.Schlegelmich ,1972,p,43).

Michael Schumacher um dos "principes de Monza" 


A Ferrari mais que uma Nação (Monza 2000).

Monza (1975) - Todos lugares são vitais para acompanhar a Fórmula 1 
( in R.Sclegelminch, Fans, p. 383)

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