quinta-feira, julho 28, 2011

Hannu Mikkola um dos finlandeses voadores de referência nas décadas de 1970/80.


Hannu Mikkola - Toyota Corolha 1600 - 1º 1000 Lagos
in 10 anns du championnat du Monde (fhoto de H.W.Bishop) , p.173.

Hannu Mikkola e o regresso do Escort na versão RS às vitórias (RAC 1979)
in 10 anns du championnat du Monde ( photo de H.W.Bishop), p.187. 


Hannu Mikkola leva o novo Grupo A e robusto Audi 200 Quattro à vitória do Safari 1987
in Historia de Rallies, p.273 (fhoto deRienhard Klein)

Hannu Mikkola vence o Rally de Portugal no ano em que foi Campeão do Mundo
in Rallys e Velocidade 1983, direcção de João Anjos,  p. 29 - (fhoto de Slick/F.Romeiras)




A menos de 24 horas do Rally dos 1000 Lagos, é tempo de recordar um dos grandes pilotos nórdicos que fizeram parte da primeira geração dos chamados “finlandeses voadores” que durante décadas foram imbatíveis nas florestais finlandesas. Hannu Mikkola, que se estreou em Rallys em 1963 com um Volvo PV544, tendo-se mantido como piloto prioritário da F.I.A., até 1983, tendo pilotado para várias equipas de fábrica no Mundial de Rallys e utilizou os mais variados modelos, com a Peugeot (504); Toyota (Corolha e Celicae Celica Turbo 4WD ), Ford Escort RS1600/RS 1800 ), Fiat (124 Abarth); Opel (Kadett G/TE  e GSI) , Mercedes  (450 SLC/500 SLC); Porsche (911); Audi (Quattro, Spor Quattro, 200 Quattro); Mazda (323 4WD e 323 GTX) e Subaru Legacy 4WD).  A sua carreira internacional iniciou-se em 1968, após cinco anos no campeonato nacional e um 3º nos 1000 Lagos com um Volvo 122S em 1967. Em 1968, a primeira vitória nos 1000 Lagos com um Ford Escort TC e o primeiro resultado fora do seu país, com um Lancia Fulvia HF é 2º nos Alpes Austríacos então uma prova de referência do internacionais. No ano seguinte, volta a ganhar os 1000 Lagos e o Escort TC vence nos Alpes Austríacos de 1969, o carro britânico ganha no Rally do Ártico e volta a cilindrar a concorrência nos 1000 Lagos e Hannu Mikkola parte como favorito para a Maratona –Londres/México e onde obteve nova vitória. No inicio dos anos setenta participa em vários rallys britânicos em 1971 é 4º no RAC e vence o Rally da Escócia em 1972 e impõe-se no Safari perante os pilotos locais, passando a ser observado como um dos pilotos mais rápidos e seguros em provas com elevada dureza. Em 1973 continua pelas ilhas britânicas ganha o Rally Heatway e é 2º na Escócia, antes porém apresentou-se em Monte Carlo na primeira prova do Campeonato do Mundo de Rallys é 4º mas fim o único piloto a enfrentar os Alpine Renault 1800S que dominaram o pódio da prova de abertura da temporada dos rallys internacionais. Em 1974 a 4º vitória nos 1000 Lagos e em 1975 fez pela primeira vez uma temporada no Mundial de Rallys utiliza quatro marcas: vence em Marrocos (Peugeot 504) confirmando o seu gosto pela dureza dos rallys africanos. Integrado na Fiat com os 124 Abarth dois grandes resultados ( 2ºPortugal e 2ºMonte Carlo) e vence o 1000 Lagos com o Toyota Corolha 1600 longe de ser o um carro competitivo. Em 1976 inicia o Mundial com o Opel Kadett GT/e mas continua a época com o Corolha 1600 foi 3º nos 1000 Lagos e é 10º na Córsega com um Peugeot 104 ZS pequeno, bonito mas longe de ser um carro competitivo. No ano seguinte continua, na Toyota no desenvolvimento do Celica GT é 2º no RAC numa época em que voltou ao campeonato britânico de rallys  3º em Gales e  4º no àrtico.  Em 1978, aposta no open britânico e campeão no final da temporada com a nova máquina da Ford o  Escort RS1800  que lhe permite chegar à vitória no RAC depois de dois bons resultados no Mundial de Rallys (2º na Suécia e 2º em Portugal). Em 1979 volta ao Mundial de Rallys e luta pelo campeonato é vice-campeão utilizando duas marcas : com o RS1800 ( 1º Portugal; 1ºNova Zelândia, 1ºRAC, 5ºMonte Carlo, 5º Suécia e com o 450SLC da Mercedes volta a brilhar nas picadas africanas é 2º no Safari e triunfa no Badama. Em 1980,  mantém-se ao serviço das duas marcas, estreia o 500SLC um Grupo 2  que lhe permite dois pódios (2ºCodasue e 3ºNova Zelândia). Com o RS1800 é 2º no RAC, 3ºS.Remo e 4º na Suécia. Para variar corre esporadicamente no Open britânico e ganha na Escócia e no Mintex. A Ford retira-se na temporada de 1981, mas Hannu Mikkola é integrado na equipa satélite da marca britânica, dirigida por David Sutton e com o apoio da  Rothmans, é 3º no Mundial e parte do campeonato joga a favor do seu companheiro de equipa Ary Vatanen que chega a Campeão do Mundo de Rallys, termina em 3º no campeonato com  três pódios (Suécia, RAC e 1000 Lagos) e é 4º em San Remo já integrado na Audi Sport, naquela prova histórica em que pela primeira vez uma equipa feminina ganha a geral (Michele Mouton) .  1983  foi um ano de glória o simpático finlandês sagra-se campeão do mundo de rallys com o Quattro (1ºSuécia, 1ºPortugal, 1ºArgentina e 1º nos 1000 Lagos (6ª vitória absoluta) ; 2º Safari e 4º 1000 Lagos). Em 1984, foi pela terceira vez vice -campeão do mundo de rallys terminando no pódio todas as provas: 1º em Portugal a sua décima oitava vitória e última no Mundial de rallys); 2º Acrópele, 2ºArgentina, 2º Costa do Marfim ; 2ºRAC e 3ºSafari e Nova Zelândia.  Em 1985, com o Audi Spor Quattro é 4º na Suécia, mas a marca coloca nas classificativas do mundial, o monstro o Sport Quattro E2 foi 3º em Monte Carlo mas o fim dos grupo B após a morte de Henri Toivonen na Córsega e o acidente em Portugal do campeão nacional Joaquim Santos acaba com a evolução do E2. E a Audi estreia 200  Quattro em 1987, mais robusto do que rápido, Hannu Mikkola vence uma vez o Safari e é 3ºna Acrópele. Em 1988 está ao serviço da Mazda mas o 323 4WD apenas termina em 4º em Portugal desistindo nas seis provas restantes do programa da marca nipónica e no final da época afasta-se dos rallys internacionais com a mesma discrição com que encarava as suas participações …um grande piloto que foi competitivo durante duas décadas ao mais alto nível dos rallys internacionais.                     

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