domingo, setembro 27, 2009

1992- Nigel Mansell - um piloto de instinto que utilizou a 100% a tecnologia da Wiliams.

1992 foi marcado pela supremacia técnica da Wiliams num ano em que Nigel Mansell, dominou sem contestação a maioria dos GPS , com naturalidade como provam o seu record de vitórias. Todavia a sensação da temporada seria Michael Schumacher que na sua primeira temporada completa mostrou rapidez e segurança características estas só observadas na estreia de Ayrton Senna em 1984. No defeso Nelson Piquet tri-campeão Mundial anunciava o fim da sua carreira, após 204 Gps, 23 vitórias e 24 poles, durante o ano anuncia a sua ida para a Cart e nos treinos para a Indy 500 sofre um pavoroso acidente. O Mundial regressava à África do Sul, e a Williams com a suspensão activa dominou a concorrência e não deu hipóteses a ninguém .Nigel Mansell dominou completamente o fin-de-semana. Ricardo Patrese com o FW14B completava a dobradinha da marca inglesa. Ayrton Senna, subia ao pódio, mas a decepção era evidente: “Espero que isto sirva de motivação para a preparação de um carro novo”. Estreavam-se na F1, Cristian Fitipaldi, que daria boas indicações até desistir; Ukyo Katayama que seria o único a terminar (12º); Paul Belmond (filho do conhecido autor) e a bela Giovanni Amati. A dobrinha da Wiliams repetia-se no GP México e Michael Schumacher (Benetton B191) obtinha o seu primeiro pódio. Numa prova em que os motores HB V8 da Ford obtinham os 7º e 8º à geral dando mostras de alguma competitividade. Mansell e Patrese, obtêm a terceira dupla no Brasil numa prova em que nenhum brasileiro chegaria ao fim Ayrton afirmava “Os Wiliams são de outro planeta”. Em Espanha, uma corrida acidentada com treze carros fora da pista, Nigel Mansell continua imbatível, mas as dificuldades do piso, alternando-se entre o seco e o molhado, levou a que o inglês afirmasse que “Foi uma das corridas mais duras que disputei”. OF92 A da Ferrari faz o primeiro pódio através de Jean Alesi que herdou a posição da Ayrton na parte final da prova, mas foi sem dúvida a figura da prova e Schumacher (2º) continuava a confirmar o seu talento. Danon Hill é o novo recruta da Brabham substituindo Giovanni Amati, cujo talento da F1 não era visível. Em San Marino, domínio insolente dos Wiliams, a 5ª dobradinha e a sexta de Nigel, Aryrton termina em (3º) completamente esgotado. A Ligier completava o seu 250 GP. O Mónaco inicia-se com Mansell a dominar mas a sete voltas do fim uma ida à box dá vitória a Ayrton Senna e a primeira não Wiliams e o seu engenheiro B.Dudot “Decididamente a sorte não nos sorri no Mónaco”. A Mclarem volta a ganhar numa prova em que os erros dos Wiliams atiram os carros para fora da pista e Gerard Berger (Mclarem MP4 -7A) foi o vencedor. A revelação da prova seria o “rokkie”, Ukyo Katayama (Venturi LC-92) que abandonava a prova quando defendia o seu 5ª posição com um carro tão pouco competitivo. Em França volta à normalidade dobradinha da Wiliams, vitória de Mansell depois de uma liderança de Ricardo Patrese que obedece às ordens da equipa. Jean Alesi brilhou no circuito de Magny-Cours sendo um dos mais rápidos em pista com pneus secos perante o dilúvio que levou todo o pelotão à box, mas o motor partiu. A histeria da Mansellmania não seria defrauda em Silvestorne os Wiliams a dominar e Nigel a vencer e Martin Brundle (Benetton B 192) no pódio(3º) sem dúvida o destaque do GP. Ayrton continuava desiludido com o MP4-7A, “Para continuar assim, mais vale parar. Não arrisco a vida para chegar em terceiro”. Em Hockenheim, Nigel Mansell vence perante a pressão de Ayrton e declarava no final do GP : “A estabilidade do Mclarem e a potência do Honda impressionaram-me”. No Hungaroring, Ayrton Senna confirmava a excelente prova no GP da Alemanha e obtinha a sua primeira vitória da época, Nigel era 2º e tornava-se campeão mundial de 1992. Mas a revelação da prova foi o jovem Mika Hakkinen (Lotus 107), 4º no final após várias ultrapassagens geniais. Na box da Ferrari festejava-se a sua 500ª participação em provas de F1. Em Spa, a primeira vitória absoluta de Michael Schumacher numa prova em que as condições climáticas e a estratégia de Box lhe proporcionou o eu primeiro sucesso na F1. Os Wiliams situaram-se nas posições seguintes na terceira vitória de um piloto não pertencente ao team inglês. A Brabham não estava presente na grelha de partida, era o princípio do fim após 399 participações. Em Monza, Ayrton Senna domina de forma absoluta os Benetton voltam a brilhar, Martin Brundle é 2º e Michael Schmacher (3º). O ambiente no padoock era quente, Nigel Mansell preparava-se para abandonar a F1 e Alan Prost tinha já um pré -contrato com a Wiliams e Mikael Andretti, campeão da Cart era o novo recruta da Mclarem.O campeão britânico pouco depois anunciava a sua ida para a Cart ondedeveria pilotar para a Newmans-Hass. A Honda anunciava o seu abandono da competição. No Estoril , Nigel Mansell obtinha a sua 30ª vitória absoluta e a nona da temporada, um novo record. O GP é marcado pelo acidente impressionante de Ricardo Patrese que voa para o vazio, o piloto italiano diria: “Pela primeira vez tive medo de morrer .Quando vi o céu pensei em Villenueve…”.Em Fuji, finalmente Ricardo Patrese chega à vitória, numa prova em que os principais animadores do Mundial não terminaram a prova. Nigel Mansell continuava a criticar a aposta de Frank Wiliams que contrara Alan Prost “Os Wiliams deverão continuar a ser superiores que até um fantoche pode ganhar. Por isso pode ganhar todas as corridas de 93. A imprensa deveria pressionar a Wiliams para contratar um piloto mais rápido que Prost, como o Danon Hill. Mas o melhor para o espectáculo seria mesmo contratar Senna”. Na Austrália corre-se o último GP da época o mais animado da época, Mansell bate recorde de polés e lidera prova até Senna o abalroar e abandonarem os dois, Patrese herda o comando, mas pára e Berger é o vencedor. Mundial de Pilotos: 1ºN.Mansell (GB/108) ;2ºR.Patrese (I/56) 3ºM.Schumacher(D/54); 4ºA.Senna(BR/50); 5ºG.Beger(AUS/49); 6ºM.Brundle (GB/38); 7ºJ.Alsei (I/18); 8ºM.Hakkinen (SF/11)); 9ºA.Cesaris (I/8); 10ºM.Alboreto (I/6); 11ºE.Comas (F/4): 12ºK.Wendlinger (AUS/3); 13ºI.Capelli (I/13); 14ºT.Bousten (BL/2);15ºP.Martini (I/2); 16ºJ.Herbert (GB/2); 17ºB.Gachot (BL) 1; 18ºC.Fitipaldi (BR) e 19º S.Modena (I), Mundial de Construtores;1ºWiliams (164) 2ºMclarem (99); 3ºBenetton (92) 3ºFerrari ( 31); 4ºLotus ( 13) 5ºTyrrel ( 8); 6ºFootwork ( 6) 7ºLigier ( 6); 8ºMarch (3 ); 9ºBMS Dallara (1); 10ºVenturi (1) 11ºJordan (1)

quinta-feira, setembro 24, 2009

1992-Sainz vence no ano da Lancia

Se o Lancia Integrale HF foi sem dúvida o carro do ano, Didier Auriol o piloto mais rápido ano seria derrotado pelo Carlos Sainz que fez uma segunda parte do Campeonato sensacional conquistando o título no Rac quando já ninguém esperava. Em Monte Carlo os Lancia foram imperiais e Didier Auriol chegou ao final com dois minutos de vantagem ao final do rally. Na Suécia, o veterano Mats Joasson, com GT4 de 1991, levou a Toyota ao triunfo e Colin McRae obtinha o melhor resultado de um Subaru no Mundial de Rallys ao assegurar o 2ºLugar e era único não nórdico nos dez primeiros lugares. No Vinho do Porto, Os Fords oficiais surpreenderam com Francois Delecour a liderar as etapas de faltas, mas seria Jukka Kankkunen com Integrale a dominar a prova. O velho Renault 4GTL de António Pinto dos Santos terminou a prova e Joaquim Santos, melhor nacional não aí além do 8º da Geral. No Quénia, Carlos Sainz foi superior aos Lancias oficiais e marcou o triunfo do novo Celica Turbo numa prova em que a marca japonesa obteve a sua quinta vitória. Na Córsega o habitual domínio francês Didier Auriol volta às vitórias e o Cosworth 4x4 da Ford pilotado por Delecour é segundo à frente Philipe Bulgaski. Os roubos aos membros da caravana do rally foram a nota dominante e cerca de sessenta pneus passaram para as mãos dos amigos do alheio.Na Acrópele, nenhum Toyota à chegada e Didier Auriol mostra que corria para o título, Massimo Basion (2º) confirma a superioridade dos Ford e Colin Mcrae (4º) obtém mais um resultado digno para a Subaru. Na Novas Zelândia, Carlos Sainz inscrito à ultima hora chega à vitória a Lancia ausente perde pontos e os seus pilotos passam a estar ameaçados pelo piloto espanhol. Na Argentina a luta entre Auriol e Sainz, começa a animar o Mundial o francês ganha e a luta transfere-se para a Europa e nos 1000 Lagos, a Lancia confirma o título de Marcas e Didier Auriol é o segundo não nórdico a vencer a prova finlandesa perante dois nomes de renome, Jukka Kankkuen e Markku Allen (Toyota). A Subaru anuncia o novo modelo o Im prensa em testes pela mão de Ary Vatanen. Na Austrália, Didier Auriol obteve a sexta virória da época um novo recorde e além é de novo segundo. Mas a Lancia estava mesmo imparável e o jovem Andrea Aghini inscreve o seu nome na lista dos italianos que ganharam em casa. As transferências sucedem-se Armin Schwarz, assina pela Mistsubhish e Didier Auriol apesar de estar na luta pelo título é anunciado como novo piloto do Team Europe. Na Costa do Marfim, como já vinha a ser hábito, sem carros oficiais o japonês Kenjiro Sinozuka com o velhinho Mitsubhish Galant VR4, repete a vitória de 1991. As duas últimas provas decidiram o Mundial de pilotos, com duas vitórias consecutivas de Carlos Sainz na Espanha e no RAC e a consagração do seu bi-campeonato. Antes da realização da última prova, a Costa do Marfim é excluída do Mundial de Rallys de 1983. O novo Ford Escort RS Cosworth Rs estreava-se no final do ano no Rally do Var, Bruno Saby levava a Mitsubhish à vitória do Rally Paris –Cabo, numa altura que marcas, pilotos e novas provas animavam os rally raids internacionais. Joaquim Santos era Campeão Nacional, agora com o Toyota Celica GT4 e com vitórias nos rallys de Sopete e Figueira da Foz . Mundial de Pilotos (10ºs primeiros): 1ºC. Sainz (E) 144; 2ºJ.Kankkunen (SF) 134; 3ºD.Auriol (F) 121; 4ºM.Basion (I) 60; 5ºM.Allen (SF) 59; 6ºF.Delecour (F) 45; 7ºA.Aghini (I) 39; 8ºC.McRae (GB) 34; 9ºA.Fiori (I) 32 e 10º J.Recalde (RA) 28. Mundial de Marcas (10ºs primeiros): 1ºLancia (191); 2º Toyota (132); 3ºFord (94); 4ºSubaru (60); 5ºMitsubhish (44); 6ºNissan (44) ; 7ºAudi (10) ; 8º Renault Argentina (7); 9ºRenault France (2) e 10ºGM Europe (2).

domingo, setembro 20, 2009

1991- Ayrton Senna um início à campeão numa corrida difícil para o tri.

Nem sempre os acontecimentos da F1 em 1991 mantiveram a imagem desejável que se deseja na categoria máxima do desporto automóvel. O homem forte da FISA , Ballestre é substituído por Mosley. O mundial inicia-se em Poenix, com a vitória de Ayrton na estreia do MP4-6 da Mclarem e iguala orecord absoluto de vitórias de Jackie Setwart. Alan Prost apesar do fraco andamento da sua nova montada, o modelo 642 da Ferrari é segundo e os Wiliams não terminam o GP. No Brasil, Ayrton Senna vence com alguma facilidade no final, o campeão brasileiro desabava : “Esta foi a vitória mais apetecida de todas, só comparável à primeira no Estoril, e à do Japão em 1988. Agora o meu objectivo é o tri”. A revelação da prova seria Ricardo Patrese que seria 2º e ao longo do fim-de-semana, e o piloto mais rápido da Wiliams. Em Imola, o domínio do MP4-6 foi indiscutível, Senna volta a ganhar e Gerard Beger completa a dobradinha da Mclarem. Ricardo Patrese voltou a confirmar o bom momento dos Fw14, chegando a liderar antes de abandonar a prova. Senna diria mesmo que “foi uma vitória inesperada”. O português Pedro Chaves num Coloini C4 continuava a lutar para conseguir um lugar no Grid. No Mónaco, simplesmente Ayrton Senna nas comemorações do 25º aniversário da Mclarem na F1.Os Wiliams continuavam a sua evolução e ocupavam os restantes lugares do pódio de Monte Carlo. No circuito de Gilles Villenueve, mais uma vez tocou o hino brasileiro, agora era Nelson Piquet que levava o Benetton B-191 à vitória. Stefan Modena era segundo, oferecendo à Pirrelli a sua primeira dobradinha desde há muitos anos. Porém a alegria era dominante na Box da Jordan com os resultados dos seus pilotos em lugares pontuáveis: Andrea de Cesaris era 4º e Bertrand Gachot era 5º. A wiliams domina no GP do México com uma dobradinha e vitória de Ricardo Patrese que reconhece que o seu patrão “Frank tem razão, ainda podemos pensar no campeonato”. Ayrton Senna foi 3º e era líder isolado, mas afirmava “Estamos a competir com equipamento inferior à Wliams”. Na estreia de Mangy Cours, a multidão invade o circuito francês, a Wiliams revela-se imparável Patrese domina nos treinos e Nigel Mansell finalmente a vitória, a 17ª da sua carreira. Mais um 3º posto de Senna que desencantado dizia “Deste jeito não dá”. Nigel Mansell de novo e a vitória em Silvestorne levanta a moral do piloto inglês “Agora sim, já me podem falar do campeonato”.Na Alemanha nova vitória de Nigel Mansell e nova dobradinha da Wiliams, Nelson Piquet comentava desta forma o domínio insolente dos Wiliams “Se o idiota do Mansell não fizer nenhuma besteira, dá para ganhar o campeonato”. E o japonês melhor sucedido na F1, Satoru Nakajima que chegou ao mundo dos GPs. Apoiado pela Honda anunciava para o final da temporada o fim da sua carreira na F1. O ambiente na Ferrari era ainda mais tenso que na Mclarem e Alan Prost , ponha o seu lugar à disposição. O 3º de Jean Alesi não era suficiente para superar a falta de competitividade dos carros italianos. No GP da Hungria, Ayrton Senna vencia na sombra dos Wiliams os monolugares mais competitivos do pelotão.Nova dobradinha agora com os Mclarem e com mais uma vitória de Ayrton que Piquet , 3º , comentava “O título é já do Ayrton, não tem mais jeito”.Em Monza, Mansell vence Senna e Alan Prost sobe ao lugar mais baixo do pódio, mais animado diria “Gostaria que o campeonato se decidisse no Japão. Talvez assim a Ferrari consiga ganhar este ano”. No GP de Portugal, Nigel Mansell é desclassificado na ida box perdendo uma vitória certa que é herdada por Patrese e uma vez mais Pedro Chaves falha uma qualificação, diria em consequência “Estou numa situação melindrosa”.E a sua saída confirmou-se na Catalunha, Mansell vence a prova e afirma “Desta vez tive uma excelente parada de box: pelo menos saí em quatro rodas …”. Ayrton, quinto numa altura em que o título se jogava na corrida, na box e na estratégia da corrida diria “Errei na escolha dos pneus”. Alan Prost, segundo e de forma indirecta crítica a opção dos neumáticos seguida pela equipa : “Se não estivesse na Ferrari teria largado com pneus slicks”, o francês voltava ao pódio, 3º mas continuava sem ganhar. Em Suzuka, Ayrton Senna termina em segundo e obtém o título na festa de Gerard Berger em mais uma dobradinha da Mclarem. Nigel Mansell vencido mas não convencido afirmou “No próximo semana já estarei motivado de novo”. Alan Prost, continuava na ofensiva verbal “A minha Ferrari estava pior que um camião. Assim não dá gosto pilotar” e seria despedido não correndo em Adelaide. A chuva interrompia o desenrolar do GP e Ayrton Senna vence numa prova em que o piloto brasileiro obteve a sua 80ª pole. A Mclarem obtinha o seu sétimo título numa época em que os Wiliams FW14 eram os monolugares mais rápidos da temporada. O ano ficaria marcado pela estreia de dois pilotos promissores: M. Schumacher que não necessitou sequer de meia época para se impor no difícil mundo da Fórmula 1 como a grande revelação do ano e o mais prometedor entre os jovens pilotos que procuram fazer carreira nos Grandes Prémios. M. Hakkinen poderia ter sido considerado o piloto revelação da época se não tivesse surgido o “fenómeno” Schumacher. De facto não é muito comum um piloto vindo da F3 com um carro pouco competitivo, pontuar logo nos primeiros Grandes Prémios num ano em que quarenta e três pilotos marcaram presença no mundo restrito da F1. Mundial de Pilotos: 1ºA.Senna (BR) 96; 2º R.Patrese (I) 91; 3ºG.Berger (AUS) 85; 4ºA.Prost (F) 34; 5ºN.Piquet (BR) 26.5; 6ºJ.Alesi (F) 21; 7ºS.Modena (I) 10; 8ºA. De Cesaris (I) 9; 9ºR.Moreno (BR) 8; 10ºP.Martini (I) 6; 11ºJ.J.Letho (SF) (4); 13ºB.Gachot (BL) 4; 14ºM.Schumacher (D) 4; 15ºS.Nakajima (J) 2; 16ºM.Hakkinen (SF) 2; 17ºM.Brundle (GB) 20; 18ºA.Suzuki (J) 1; 19ºJ.Bailey (GB) 1; 20ºE.Pirro (I) 1; 21ºE.Bernard (F) 1; 22ºI.Capelli (I) 1; 23ºM.Blundell (GB) 2 e 24ºG.Morbedelli (I) 0.5.Mundial de Construtores: 1ºMclarem (139); 2ºWiliams 132; 3ºFerrari 55; 4ºBenetton (34.5); 5ºJordan (17); 6ºBrabham 13 7ºTyrrel (12); 8ºMinardi (6,5) ; 9ºDallara (5); 10ºLotus (2) 11ºLola (1 ) e 12ºLeyton House ( 1)

1991 - Kankkunen o campeão, Sainz o mais veloz

Ainda longe da evolução dos modelos de Grupo B, a Fia, seis anos depois procurava já limitar a potência dos diferentes modelos que iriam correr o Mundial de 1992. De resto a limitação da potência a 300 bhp., já não foi respeitada no ano anterior pela maioria das equipas de fábrica e nesse contexto de tentar conter a escalada de potência, a maior alteração técnica, consistiu na utilização de um restritor de 38 mmm em carros do Grupo A. A limitação dos treinos foi outra das alterações introduzidas no Mundial de Rallys. O Monte Carlo, marcou a primeira derrota da Lancia desde 1985 com uma vitória incontestada de Carlos Sainz que foi simplesmente imperial mesmo considerando que a revelação do Rally, François Delecour com o novo Cosworth RS da Ford. O velho Galant VR4, pilotado por Keneth Eiksson vence o seu rally (Suécia), com pouco mais de duas dezenas de segundo sobre Mats Joasson porém na lista de inscritos os três principais pilotos suecos não estiveram à partida: Stig Blomqvist, Bjorn Waldegaard e Mikael Eriksson, numa prova em que nenhum não nórdico se classificou nos dez primeiros da geral. Em Portugal à quinta tentativa Carlos Sainz vence o rally e assume a liderança do mundial e Carlos Bica num modesto 10º era o melhor nacional numa prova apagada dos Lancia Martini que apesar de tudo colocaram dois carros no pódio. Em Itália o modelo Super Delta iniciava os testes para o mundial de 1992. No Safari, a Lancia renasceu com a vitória de Jukka Kankkunen depois de quase seis meses em branco. Os riscos da prova queniana foram motivo de reflexão na única prova de estrada aberta em função de alguns acidentes que apesar de não terem terminado em tragédia, tiveram algo de inédito como o Nissan 200 SX que embateu contra …um comboio. O sistema de telemetria que equipava a F1 chegava aos rallys pelas mãos da Nissan que utilizou tal dispositivo nos Sunny GTI-R. Na Córsega um dos melhores rallys do ano, quatro pilotos de marcas diferentes passaram pela liderança e “el matador”, Carlos Sainz voltava a ganhar perante a resistência francesa que encontrou em François Chatiriot o piloto de ponta que liderava a prova quando a transmissão cedeu. Apesar do segundo posto, Didier Auriol, a Lancia saiu da quarta ronda com um sabor amargo. Uma vez que o piloto francês dispondo de assistência oficial não conseguiu inicialmente “andar” próximo dos tempos efectuados em 1991. A Grécia, ao contrário da prova francesa foi uma festa para a Lancia que colocou três carros nos quatro primeiros lugares e Jukka Kankkunen foi um vencedor feliz depois de ter sido durante maior parte da prova um espectador privilegiado da luta Auriol e Eriksson. Sete equipas oficiais marcaram presença no rally de Acrópele que marcou a estreia do filho do presidente da Argentina no Mundial de Ralys, Carlos Meném Jr. A caravana abandonava a Europa em direcção ao Pacífico, Na Nova Zelândia, confirmava-se que a luta pelo Mundial de Pilotos seria entre Carlos Sainz e Jukka Kankkunen, o primeiro triunfava mas seria outro finlandês Markku Allen que ao colocar o Subaru Legacy Turbo na 4ª posição a grande surpresa da prova. Na Argentina, o habitual domínio da Lancia seria posto em causa com a vitória do GT4 de Carlos Sainz que bateu os quatro “Integrale” que ocuparam as posições seguintes. O último rally fora da Europa seria ganho por Jukka Kankkunen que lutava já taco a taco pelo título mundial com Carlos Sainz. O piloto espanhol, não aguentaria a pressão despistou-se por três vezes a última a 150 Km /h fazendo o Toyota voar e rodopiar, aterrando com as quatro rodos no solo para sorte da equipa espanhola. Em San Remo o habitual domínio da Lancia e para Didier Auriol finalmente a primeira vitória e Ove Andersson, o director da Toyota, apesar de duvidar do andamento dos carros italianos acabou por não protestar até que os GT4 estiveram irreconhecíveis. Em África corria-se na Costa do Marfim sem interesse para as equipas oficiais e entregue aos pilotos locais e teams semi-oficias, o japonês Kenjiro Shinozuka em Mitsubhish Galant VR4 ganhou sem contestação. Na Catalunha, Carlos Sainz considerado favorito acaba fora de prova na 2ªEtapa, Jukka Kankkunem assume a liderança do campeonato e Armin Schwarz o piloto que mais Toyotas atirou para a sucata obtinha a sua primeira e última vitória em rallys do Mundial, a Lancia era já campeão de marcas. Na prova inglesa, a Lancia e Kankkunen confirmaram os títulos pilotos e de marcas e Carlos Sainz que terminou o RAC em 3º foi considerado o piloto mais rápido do ano, mas na prática perdeu um título que esteve ao longo da temporada perfeitamente ao seu alcance. Piero Liatti era o novo campeão da Europa, Carlos Bica voltava a ganhar o nacional de rallys .Mundial de pilotos (10ºs): 1ºJ.Kankkunen (SF) 150; 2ºC.Sainz € 143; 3ºD.Auriol (F) 101; 4ºM.Biasion (I) 69; 5ºK.Eriksson (S) 66; 5ºA.Schwarz (D) 55; 6ºM.Allen (SF) 40; 6ºF.Delecour (F) 40; 8ºF.Delecour (F) 40; 9ºJ.Recalde (RA) 29 e 10ºM.Ericsson (S) 27. Mundial de Marcas (10ºs) 1ºLancia (137); 2ºToyota (128); 3ºMitsbhish (62); 4ºFord (54); 5ºMazda(44); 6ºSubaru

terça-feira, setembro 15, 2009

1990 -Ayrton Senna, um título questionado por alguns mas sem dúvida o mais rápido e Fuji foi apenas uma tarde infeliz.Nascia uma lenda na F1.

A primeira temporada dos anos noventa na Fórmula Um, foi marcada novamente pelo duelo entre Ayrton Senna e Alan Prost, que disputaram o título até ao último GP., que seria assombrado pelo toque do piloto brasileiro atirando Prost para fora da pista. Para alguns analistas Alan Prost tal como Ayrton Senna em 1989, foi o campeão moral, todavia a verdade para nós historiadores o piloto brasileiro para todos os efeitos foi o mais rápido em pista e a estatística das vitórias e das poles torna-o simplesmente um piloto ímpar. De facto a maioria dos jornalistas ingleses e franceses, ignoraram que o MP4-B era um F1 sofrível que nas mãos do piloto brasileiro, conheceu oito pole position e seis vitórias absolutas. Dois aspectos devem ser salientados quando se considera a evolução da aerodinâmica, responsável pela queda monumental de todos os recordes dos circuitos de Grand Prix e a segurança que cockpit dos F1, que foram efecientes evitando a fatalidade nos vários acidentes que ocorreram durante a época. O Mundial de 1990, iniciava-se no continente americano, em Fhoenix .Ayrton Senna vence sem contestação, os Ferraris decepcionaram e Jean Alesi foi a revelação ao ocupar o 2º posto com o modesto Tyrrell 018, no final da prova o francês afirmou “Foi um sonho lutar com o Ayrton, meu ídolo desde os tempos da F3”. No Brasil, em Interlagos o Ferrari 641, obtém a vitória absoluta, depois de um toque de Senna em Nakajima, até então o piloto da casa tinha dominado os treinos e a prova, mesmo assim chega ao pódio (foi 3º). A uma questão levantada pela imprensa, Alan Prost responde sobre o seu triunfo “Se pensasse que só ganharia provas quando o Ayrton tem problemas, abandonaria”. Em Imola o terceiro vencedor da época, Ricardo Patrese e a Ferrari anuncia a entrega de motores à Minardi e a Yamanha chega a acordo para o fornecimento de propulsores à Brabham. No Mónaco, Aryton Senna, foi imperial e consciência do seu feito ficou registado em breves palavras “Estou mais rápido que a Mclarem”. No final da prova apenas seis sobreviventes e Alex Caffi (6º) em Footwork Arrows A-11B, deu os primeiros pontos a esta modesta equipa. No GP do Canadá, a Mclarem domina, Gerard Berger ganha na pista e perde na secretaria ao ser penalizado por falsa partida, Ayrton Senna é o vencedor e Nelson Piquet é segundo numa corrida onde seria fortemente pressionado pelos Ferrari, Piquet diria: “Eu parecia uma sandwiche entre as duas Ferraris. Fiz valer os meus treze anos de Fórmula 1”. No México, Alan Prost partiu para uma notável sequência de três triunfos e no Circuito Hermanos Rodriguez, agressivo desde a partida, arriscando nas ultrapassagens, o francês ultrapassou quase metade dos pilotos em pista no caminho da vitória. Apesar de tudo, Aryton Senna dominou até à 40ªvolta sendo vítima da estratégia de troca de pneus da equipa. Em Paul Ricard e Silvestorne o Ferrari de Alan Prost vence mas na corrida inglesa Nigel Mansell foi a vedeta em pista, no final da prova anuncia o seu abandono da F1 : ”Continuarei a competir a 100% até final do ano , e espero ganhar um ou dois GPs. Farei tudo o que puder para ajudar o Alain a ganhar o campeonato. Estou muito contente pela Ferrari ter conseguido o que se vê.Adelaide será o meu último GP. Na Alemanha, foi a vez da Ferrari fazer todo errado numa vitória fácil de Ayrton Senna onde Sandro Nannin foi o seu único adversário o italiano que admitiu que “…era mais rápido no “estádio”, mas o Ayrton era o mais rápido na 2ª chicane e por isso me ultrapassou à entrada da 3ª “. No Hungaroring, o Wiliams FW18 faz a pole e ganha com Thierry Bousten, os acidentes sucedem-se de fora Nannin, Berger, Alesi e Prost. Piquet é entre os favoritos o 3º no pódio e Senna, segundo, jogou para os pontos como expressa o seu comentário à prova:”Este é um belo resultado para mim”. A Camel anuncia o patrocínio à Benetton e à Wiliams. Em SPA, Ayrton Senna bate a concorrência de ponta a ponta e renova com a Mclarem Internacional apesar do interesse de Frank Wiliams em tê-lo no seu team. Em Monza Ayrton Senna bate o francês e impede a desejada vitória dos carros de Enzo Ferrari e a FISA apresenta novas regras que terão efeito a partir de 1991, numa época em que as velocidades em curva impõem forças laterais na ordem dos 4.5G. No Estoril, Nigel Mansell vence e Alan Prost é terceiro e a tensão cresce na equipa, o piloto francês afirma “Decidamente não tenho sorte com os meus companheiros da equipa” e Nigel Mansell rematou “Senna é um dos maiores pilotos da F1…” . A Renault Sport confirma que a partir de 1992 fornecerá motores à Ligier e a Lotus e a Laurosse perdem os motores da Lborghini. Sandro Nannin era contrato pela Ferrari Sport e Jean Alesi estava então em negociações, num momento em que a tensão crescia na equipa de Maranello. Em Espanha, uma dobradinha da Ferrari e o vencedor Alan Prost não evita o seu contentamento “Agora sim, a Ferrari trabalhou como equipa”. Nigel Mansell surpreende o padock da F1, quando assina um contrato com Frank Wiliams, depois de anunciar solenemente com toda a família na box da Ferrari dois meses antes, o gigante inglês diria então: “Eu mesmo estou surpreso por ter revertido a minha posição. As razões são muitas e positivas. Sempre afirmei que não estou na F1 só pelo dinheiro ou para fazer número, mas para ganhar corridas e, se possível, o campeonato”. No Japão, em Fuji, mais uma vez a temporada acaba mal, com Ayrton Senna a colidir em Prost, Nelson Piquet vencedor da corrida japonesa, sobre a manobra de Ayrton, diria “Ele simplesmente entrou na traseira de Prost”. Num final de Campeonato justo, mas infeliz , o novo campeão diria. “Foi a temporada mais difícil da minha carreira, sem dúvida. Mas a conquista do bicampeonato, depois de toda a pressão que sofri, acabou tendo um saber especial". A Mclarem renovava novamente o título graças a Ayrton Senna que obteve por pouco o dobro da pontuação de Gerard Berger o número dois da equipa. Mundial de Pilotos: 1ºA.Senna (BR) 78; 2ºA.Prost(F) 73; 3ºN.Piquet(BR) 44; 4ºG.Berger (AUS) 43; 5ºN.Mansell (GB) 37; 6ºT.Bousten (BL) 34; 7ºR.Patrese (I) 23; 8ºA.Nannin (I) 21; 9ºJ.Alesi (F) 13; 10ºI.Capelli (F) 6; 11ºR.Moreno (BR) 6; 12ºA.Suzuki (J) 6;13ºE.Bernard (F) 5; 14ºD.Warwick (GB) 3; 15ºS.Nakajima (J) 3; 16ºS.Modena (I) 2; 17ºA.Caffi (I) 2 e 18ºM.Gugelmin (BR) 1. Mundial de construtores: 1ºMclarem (121); 2ºFerrari (110); 3ºBennetton (71); 4ºWiliams (57) 5ºTyrrell (16); 6ºLaurosse (11); 7ºLeyton House (3); 8ºBrabham (2) e 9ºArrows (2).

domingo, setembro 13, 2009

1990 - O ano de Sainz e das vitórias latinas sobre os "rallyman" do Norte da Europa


1990 – Depois das previsíveis temporadas anteriores, um ano cheio de surpresas, com o jovem espanhol, Carlos Sainz a confirmar o título de campeão do Mundo de rallys após uma série de provas notáveis em 1989. Os Toyota do team Europe mostraram-se pela primeira vez ganhadores apesar de o título uma vez mais ter sido ganho pela Lancia Martini. Em Monte Carlo, Didier Auriol vence numa prova sem neve com menos um minuto que Sainz. O Lancia Integrale exerce um domínio sem precendes no rally de Portugal, com vitória de Massimo Basion, Carlos Bica é o melhor nacional em 5º e a Lancia coloca seis carros nos sete primeiros lugares. Em Inglaterra a nova máquina da Ford o Sierra 4x4 Cosworth inicia os testes. No Safari, a Toyota obteve o primeiro triunfo da época, com Bjorn Waldegaard verdadeiro especialista que obtém a sua quarta vitória no Quénia. A estreia do novo Subary , o modelo Legacy, pilotado por Markku Allen, mostra alguma competitividade e o local Pactrick Nijuri com um modelo idêntico, mas de grupo N termina em 8º sendo o primeiro grupo N a terminar a demolidora prova africana. Na Córsega, nada a fazer contra os pilotos locais, Didier Auriol obtém a terceira vitória consecutiva no rally e a Lancia o terceiro da temporada. Carlos Sainz, opta por uma prova táctica, no final declarava acerca da última etapa quando lutava com o francês: “Levantei o pé de imediato, e pensei imediatamente: que se dane a vitória, é preciso chegar ao fim para garantir o segundo lugar. Na Acrópele, a primeira de Carlos Sainz numa prova mundial o Celica GT4 obtém a sua primeira vitória na Europa. Mas a curiosidade da prova foi a invasão dos helicópteros das equipas oficiais nada menos que cinco: da Toyota, Lancia, W, Jolly Club, Top Run e da Provide.Na Nova Zelândia e sem a Lancia, Carlos Sainz obtém nova vitória e a Mazda e a Ford anunciam novas montadas para breve. Na Argentina, Carlos Sainz bate violentamente mas termina em 2º e Massimo Biassion obtém a 5º vitória consecutiva da Lancia Martini nas pampas. Nos 1000 Lagos, vitória histórica de Carlos Sainz numa prova jamais ganha por um escandinavo, mesmo assim com apenas 19s sobre Ary Vatanen com o velho Mitsubhish Galant VR4 e com Keneth Eriksson no 3º posto. A velocidade média do rally foi cronemetrada em 112Km/h e a velocidade máxima numa classificativa atingiu os 205 Km/h . O piloto espanhol afirmou que: “Este rally é muito rápido e foi difícil para mim decidir o ritmo que deveria tomar, tendo o título jogo”. Jukka Kankkunen regressa às vitórias na Austrália numa altura em que os campeonatos de pilotos e marcas estão já decididos.Walter Rohrl abandona a competição automóvel, o bi-campeão mundial de rallys, dedicava-se então à velocidade como piloto do Team Audi. No San Remo, vitória habitual da Lancia Martini através de Didier Auriol que obtém a terceira do ano e a britânica Louise Aitaken (Opel Kadett GSI), ganha o campeonato de senhoras após a desistência da bela Paola Martini. Uma vez mais o rally da Costa Martin, é corrido para cumprir calendário sem favoritos o local Pactrick Tauziac em Mitsubhish Galant Vr4 vence fácilmente e Derek Wrwick, piloto de F1 anuncia em Londres que estaria no RAC com Legacy da Provide. A prova inglesa deixa de ser um rally secreto, os finlandeses abandonam e Carlos Sainz é o primeiro latino a ganhar no RAC.Ove Andersson director do Team Team Europe: “Só posso agradecer ao Carlos por tudo o que ele fez este ano.Ele motivou toda a equipe com as suas vitórias e tornou realidade o meu sonho de há 15 anos”.O ano de 1990, mais do que uma invasão japonesa, como na Fórmula 1, nos rallys assistiu-se a uma autêntica tomada pela indústria japonesa. Esta era uma faceta da universalização do Campeonato Mundo, uma das ambições de Jean Marie Balestre, Presidente da FIA e da FISA, na verdade os pilotos ao serviço das marcas nipónicas disputavam os primeiros lugares dos rallys e a Toyota terminava o ano em condições de lutar abertamente pelo ceptro. O belga Robert Droogmans é o campeão da Europa de Rallys. Carlos Bica obtém o tri-no Nacional de Rallyas e Ary Vatanen volta a ganhar no Paris –Dakar dominado por pilotos que habitualmente disputavam o Mundial de Rallys: Mundial de Pilotos (10ºs primeiros): 1ºC.Sainz (E) 140; 2ºD.Auriol (F) 95; 3ºJ.Kankkunen (SF) 76; 4ºM.Basion (I) 32; 6ºD.Cerrato (I) 30; 7ºR.Stohl (A) 29; 8ºK.Eriksson (S) 27; 9ºA.Fiori (I) 25; 10ºIngvar Carlsson (S) 22. Mundial de Marcas(10ºs - 1ºLancia (140); 2ºToyota (101); 3ºMazda (73) 4ºMitsubhish (58); 5ºAudi (43); 6ºBMW (37); 7ºRenault (30); 8ºNissan (18); 9ºVolswagwn (15) e 10ºRenault Argentine 10.

quinta-feira, setembro 10, 2009

1989 - Alan Prost vence num duelo infernal com Ayrton Senna

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O Mundial de F1 , de 1989 será recordado como mais um ano onde Ayrton Senna se mostrou como o mais rápido piloto da época, ainda em que o mesmo tinha sido vencido pelo tri-campeão Alan Prost, que em apenas dois grandes prémios bateu claramente o campeão brasileiro. Ayrton Senna não só igualou o seu record de 13 poles positions, como ultrapassou o antigo recorde (33) de outra lenda da F1 , Jim Clark. Com seis vitórias e cinco abandonos lutou até ao fim pelo título que seria entregue ao “Professor” que apenas abandonou no Canadá e somou quatro triunfos. A nível dos Construtores a Mclarem voltou a triunfar mas a Ferrari, a Benetton e a Wiliams em determinados GPs, mostraram que eram capazes de vencer os Mclarem vermelhos e brancos. Na história do campeonato, Nigel Mansell vence surpreendentemente no Brasil com o novo F640 da Ferrari, numa prova em que 38 pilotos (6 estreias) apresentaram-se nas qualificações e Ricardo Patrese batia o novo record de participações em GP (177). A prova seria marcada pelo pavoroso acidente de Fhilippe Streif (AGS) que a 250 Km/h foi catapultado por cima do rail na curva Ribeirinho e o resultado seria a indesejada lesão medular que atiraria para uma cadeira de rodas. Em San Marino, Senna e Prost, trocam de posições e na última das quais, Senna rompe com acordo da equipa e ganha a prova. Alan Prost afirma “Senna não tem palavra”. Mais um acidente grave sem consequências para Gerard Berger que bate a mais de 200Km/h o carro incendiou-se de imediato, mas a eficiência dos comissários de pista que libertem do monolugar em 15.2s salvam o austríaco. No Mónaco simplesmente , Senna de ponta a ponta, ao mesmo tempo que novas regras entravam de imediato em vigor, entre elas . – o aumento da abertura do habitáculo ou a melhoria da visibilidade traseira. A saga de Senna continua no México com a terceira vitória consecutiva. Nos Estados Unidos finalmente a primeira vitória de Alan Prost, no 400ºGP da Lotus que recebe a notícia triste do seu antigo engenheiro, Maurice Fhilippe, retirado em 1983 da competição e um dos projectistas dos modelos mais famosos do team britânico, os modelos 49 e 72D. No GP do Canadá, Tierry Bousten (Wiliams FW12C) obtém a sua primeira vitória em GP interrompendo as vitórias dos pilotos que nos últimos GPS chegavam ao lugar mais alto do pódio desde 1986: Senna, Prost, Berger, Mansell e Piquet. Em Paul Ricard, Alan Prost vence em casa e Nigel Mansell é o herói do GP partibdo do último posto termina em 2º. Na reunião com a imprensa Alan Prost declara “Não correrei pela Mclarem no próximo ano?” a guerra fria jogava-se no interior da Mclarem Internacional. Em Silvestorne o pequeno francês obtém a terceira vitória do ano e lidera o Mundial da F1 com 20 pontos sobre Ayrton. Gerad Berger é anunciado como futuro piloto da marca inglesa e Michele Alboreto é apeado da Tyrrell. Na Alemanha, Senna soma a 4ºvitória do ano após quatro abandonos consecutivos que acabaram por lhe custar o título.Nigel Mansell bate sem contestação os Mclarem no Hungaroring e se a Ferrari vence a corrida, nos treinos o rei foi Ricardo Patrese que interrompeu as polés habituais da Mclarem. Em SPa, num circuito técnico e histórico, Ayrton obtém a 50ª Vitória da Mclarem. Em Monza, Ayrton Senna domina até abandonar com o motor partido (…) Alan Prost obtém a última vitória da temporada, a Mclarem sagra-se campeão de construtores, os tiffosi já consideram o piloto francês seu piloto (da Ferrari). Em Portugal, Gerard Berger é o vencedor e Nigel Mansell e Ayrton Senna, evolvem-se num acidente, o brasileiro afirma: “ Foi uma atitude irresponsável.” Em Espanha, Ayrton Senna obtém a 40ºpole da carreira e sai com a vitória em Jerez de la Frontera. O Mundial abandona a Europa e em Fuji o caso do ano. Ayrton obtém uma estrondosa pole, mas Alan Prost lidera até à 47ª volta, os Mclarem chocam e o brasileiro sobrevive e ganha sendo desclassificado de seguida o que permite a consagração de Alan Prost. A guerra da vitória seria discutida na Secretaria, mas o presidente da FIA, Balestre, analisa a situação da seguinte forma: “É uma pena que dois dos melhores pilotos do mundo mostram tanta falta de respeito pelos regulamentos. Para mim, Prost é campeão mundial”.No meio da tempestade corre-se em Adelaide, Thierry Bousten volta à vitória, mas o circuito australiano não apresentava as condições mínimas para a sua realização e a sua paragem era mais que justificada, Nelson Piquet no final da prova declarou “Tive muito medo. Só um idiota não teria. Andamos a 200 Km/h e a visibilidade é de 2 metros. Há uma diferença entre ser estúpido e valente”. Mundial de Pilotos: 1º A.Prost (F) 76; 2ºA.Senna(BR) 60; 3ºR.Patrese (I) 40; 4ºN.Mansell (GB) 38; 5ºT.Bousten (BL) 37; 6ºA.Nanin (I) 32; 7ºG.Berger (AUS) 21; 8ºN.Piquet (BR) 12; 9ºJ.Alesi (F) 8;10ºD.Warwick (GB)7; 11ºS.Johasson (S) 6; 12ºM.Alboreto (I) 6; 13ºE.Cheever (USA) 6; 14ºJ.Herbert (AUS) 5; 15ºP.Martini (I) 5, 16ºA.Cesaris (I) 4; 17ºM.Gugelmin (BR) 4; 18ºS.Modena (I) 4; 19ºA.Caffi (I) 4; 20ºM.Brundle (I) 4; 21ºS.Modena (I) 4; 22ªM.Brundle (22) 4; 23º C.Dannner (D) 3; 24ºS.Nakajima (J) 3; 25ºR.Arnoux (F) 2; 26ºE.Pirro (I) 2; 27ºJ.Palmer (GB) 2; 28ºG.Tarquini (I) 1; 29ºO. Grouillard (F) 1 e 30ºL.Perez Sala (E) 1. Mundial de Construtores: 1ºMclarem (141); 2ºWiliams (77);3ºFerrari(59); 4ºBenetton (39); 5ºTyrrel (16); 6ºLotus (15); 7ºArrows(13; 8º Dallara (8); 9ºBrabham (8); 10ºOnxy (8); 11ºMinardi (4); 12´ºMarch (4); 13ºRial (3); 14ºLigier (3); 15ºAGS (3) 16ºLola (3).

quarta-feira, setembro 09, 2009

1989- O bis de Massimo Basion e o 7º título da Lancia Martini

O ano de 1989 seria novamente dominado pela Lancia Martini e por Massimo Biasion que venceria o mundial pela segunda vez consecutiva, a equipa italiana chegava ao sexto título. Contra os Lancia que tudo pareciam vencer, nada a fazer, numa época em que de novo o Mundial de Rallys parecia um Troféu Delta. Na Suécia, uma surpresa Ingvar Carlsson em Mazda 323 4WD , ao fim de 14 anos de rally a sua primeira vitória ao mais alto nível. A Lancia estava representada pela Astra e Mikael Eiksson seria segundo numa prova denominada pelos suecos. O Monte Carlo seria enlutado pela morte Lars Eik Thorph um piloto em ascensão e que desempenhava a função de piloto batedor de Frederick Shoghag e Massion Basion triunfou num pódio exclusivo dos Lancia Integrale HF. Em Portugal o italiano obteve a segunda vitória da época no segundo pódio consecutivo da Lancia e Carlos Sainz com a verão do Delta HF em 6º era o melhor nacional. Os Toyota passaram pelo comando da prova, os seus pilotos andaram a 200% e o violento despiste de Carlos Sainz afastaram em definitivo as esperanças dos carros japoneses. No Quénia, mais uma de Massimo Biasion, que recebeu pela segunda vez, os louros da vitória, no Safari. Uma grande alegria para o italiano, que mesmo assim, não deixou de preocupar os analistas mundiais de ralis, nessa altura desiludidos com a evolução do Mundial, já tão “moribundo” por causa do incessante domínio dos Lancia. Na Córsega, a Lancia recrutou Didier Auriol e ganhou com autoridade um rally em que os BMW e os Toyota acabaram por surpreender favoravelmente. O BMW M3de François Chatiriot, foi sempre o principal adversário de Didier Auriol, conseguindo mesmo ultrapassar o favoritismo de Yves Loubet, que tripulava um carro idêntico ao de Auriol. Depois a chuva estragou tudo e beneficiou umavez mais os carros de tracção “Integrale”, o piloto francês declarou “Ele só contava com Yves. Agora percebeu porque ando de BMW”.Massimo Biasion vence na Grécia no terceiro pódio da Lancia Martini. Os Celica GT4 de Sainz e Kankkunen , fizeram figura neste rali, mas depois de terem estado nos primeiros lugares, os chassis não aguentaram, desfazendo-se, mesmo assim como as transmissões. Durante a prova, Jukka Kankkunen afirmava: “O meu carro desfaz-se. A equipa fê-lo andar, mas ele não aguenta esse ritmo”. O piloto local, Jigger (9º) que alinhou com a perna esquerda engessada, optando por isso, pela embraiagem automática Valeo. Mesmo assim seria o melhor nacional. Sem a Lancia, Ingvar Carlsson conquistou uma das mais fáceis vitórias da temporada. Para a Mazda, esta ida à Nova Zelândia estava na linha de um programa traçado, para viabilizar também a participação no rally da Austrália, depois de não alinhar na Acrópele, por se ter considerado o 323 pouco fiável. O sueco no fim do rally confessava que “ Depois de ter ganho na Suécia foi preciso atravessar o Mundo para repetir o feito. Que terei de fazer a seguir”. Nunca se tinha visto uma coisa do género: cinquenta mil ou mais espectadores, estavam nas tribunas do estádio de Córdoba, para aplaudir três Delta oficiais, um Audi 200 Quattro, um par de Subaru, e outros Renault 18, para além de mais umas dezenas de marcas sem qualquer significado. Cinquenta mil desejosos de dar os seus maiores aplausos directamente a um rally onde a Lancia obteve os pontos necessários para que a certeza matemática do título se confirmasse, pela terceira vez consecutiva. O sueco Mikael Eriksson, outro piloto convidado pela a Lancia Martini na hora da vitória dizia: “Não queria viria.Não queria alinhar nesta prova, que tinha preparado mal. Afinal ganhei”. Nos 1000 Lakes a surpresa era Mikael Eriksson por duas razões, a primeira por ter sido o primeiro não finlandês a ganhar a prova e a segunda, por ter sido a primeira vitória do Mundial de um Mitsubhish, o feito foi conseguido pelo GalantvR4, mas Carlos Sainz na terceira posição foi a estrela do rally o espanhol afirmava “Andei a 100 %, voei durante três dias, e acabei a voar (…) fora da estrada”. Nova vitória não Lancia, os Toyota Celica GT4, obtinham a primeira dobradinha com Jukka Kankkunen à frente de Mikael Eriksson, Markku Allen no lugar mais baixo do pódio queixava-se da competitividade do Lancia. Os australianos estavam eufóricos com o sucesso da estreia do seu rally. Numa prova praticamente para os pilotos locais o frágil Renaault GT5 Turbo de Alan Oreille triunfava naquela prova que foi a única ganha por um carro de Grupo N. Em San Remo, a quinta vitória de Massimo Biasion com a nova versão do Integrale com a versão 16 válvulas e que surgiu pintado de vermelho em vez de branco, que o italiano na hora da dupla consagração chamou da “mulher de vermelho”. Sem os Lancia no RAC, o Galant VR4 obteve a segunda vitória, numa prova discutida ao segundo entre Penti Arikala e Carlos Sainz, o finlandês da Mitsubhish declarou no final do rally “Ao fim de tanto tempo, consegui aquilo que mais ambicionava: Vencer o RAC. Mas o Sainz ia-me estragando os planos”. Os Toyota no final do campeonato mostravam-se mais fiáveis e competitivos, novos desafios esperavam a marca nipónica. Yves Loubet em Lancia Delta Integrale ganhava o Europeu, no Paris-Dakar que se tornava uma prova prestigiada e menos uma aventura, o Peugeot 405 Turbo 16 era o vencedor e em Portugal, o título era naturalmente para Carlos Bica. Mundial de Pilotos (10ºs): 1ºM.Biasion (I) 106; 2ºA.Fiori (I) 65; 3ºJ.Kankkunen (SF) 60; 4ºD.Auriol (F) 50; 5ºM.Eriksson(S) 50; 6ºK.Eriksson (S) 47; 7ªCarlsson(S) 47; 8ºC.Sainz (E) 43; 9º M.Allen (SF) 39 e 10º A.Oreille (F) 27. Mundial de Marcas: 1ºLancia (140); 2ºToyota (101); 3ºMazda (73); 4ºMitsubhish(58); 5ºAudi (43); 6ºBMW (37); 7ºRenault (30); 8ºNissan (18); 9ºWolswagen (15); 10ºRenault (10).

domingo, setembro 06, 2009

1988- Senna o campeão no monopóilio da Mclarem

A edição de 1988, foi marcada pela supremacia da Mclarem-Hona que venceu as quinze provas do campeonato, com Ayrton Senna a obter o título de campeão do Mundo pela primeira vez Ou seja, o Mundial de F1, foi deveras monótono na medida em que a primeira curva do circuito era determinante para a vitória final em cada prova. Na primeira prova do ano, Ayrton Senna foi desclassificado por erro da Mclarem e Alan Prost obteve a sua quinta vitória no GP brasileiro. Em San Marino o domínio da Mclarem é esmagado e na largada o GP decide-se a favor de Senna face ao atraso de Prost. No Mónaco o domínio de Senna é esmagador durante os treinos e a prova que termina com erro a 12 voltas do fim, o “professor” volta a ganhar. No México, a Ferrari apresenta-se com um motor melhorado e V6 Turbo da Renault é anunciado como o motor que deveria equipar a Wiliams por um período de três anos, Prost domina e Senna responde com nova vitória no Canadá .Em Detroit sexta vitória da Mclarem e quarta dobradinha da Mclarem, Senna vence e Prost responde com vitória em casa no circuito de Paul Ricard. Harvey Postlethwaite, introdutor dos chassis compósitos na Ferrari sai para a Tyrrell e o GP de Inglaterra, numa época marcada pelo passeio da Mclarem foi notícia pelas aquisições da Ferrari que contratou Nigel Mansell e Thyerri Bousten que se revelava então como melhor piloto dos atmosféricos é recrutado para a Wiliams-Renault. Em Silvestorne os Ferrari dominam a primeira linha da Grelha de Partida. Ayrton Senna é irresistível na chuva e domina a prova e volta a aparecer no GP de Alemanha e o brasileiro repete novo triunfo demonstrando que à chuva não tem adversários. No Hungaring o campeonato chega ao rubro Senna/Prost luta pela vitória de forma emocionante, o brasileiro é mais forte e saem pontualmente empatados para a Bélgica onde Ayrton obtém a sétima vitória da temporada. Em Monza, o cenário é o habitual, Senna domina os treinos e Prost mais feliz lidera a prova mas a duas voltas do fim abandona a prova e Gerard Berger ganha com a Ferrari para contentamento da multidão de italianos que se deslocam anualmente ao circuito italiano. No Estoril, Alan Prost volta às vitórias e a confiança do piloto francês é indiscutível “Se para ganhar o campeonato precisamos de correr estes riscos, eu não quero, pois nem preciso”. Prost apresenta-se imparável em Jerez de la Frontera, o ambiente na Mclarem Internacional é desconfiança e Senna declara no final do GP “Tem alguma coisa de muito estranho, em 12 corridas temos praticamente o mesmo consumo e agora,em duas provas seguidas o meu motor consome muito mais do que o de Prost?”. O Mundial decidia-se nas duas últimas provas fora da Europa, em Suzuka, Ayrton Senna obtinha a décima vitória do ano e na Austrália o piloto brasileiro apesar de inferiorizado com uma luxação numa das mãos obtém a 13´º pole em 1988 e domina o GP até à 25º volta, altura em que um toque com René Arnoux favorece Alan Prost que vence mas a 2º posição é suficiente para o título. Entre os pilotos que brilharam durante a época, destaca-se Gerhard Berger, como o mais rápido da equipa Ferrari e foi pela sua generosidade ao volante que se ficaram a dever alguns dos mais emotivos da época. Thierry Bousten, por seis vezes o mais rápido dos atmosféricos com o mesmo número de pódios. Enzo Ferrari, um verdadeiro mito da F1, vítima de uma insuficiência renal aos 90 anos, partia o homem, ficava a obra. Gerhard Berger, diria: “Ele foi um grande homem, com uma fortíssima personalidade. Creio que muitos pilotos gostariam de ter pilotado para ele, e fico feliz por ter sido um deles. Teria adorado ir a Maranello vê-lo no dia que ganhei em Monza. Só para ver a sua cara”.Mundial de Construtores: 1ºMclarem (199);2ºFerrari (65); 3ºBenetton(46);4ºArrows(28); 5ºLotus (21); 6ºWiliams (20); March(20);8ºTyrrell(5); 9ºRial(3) e 10ºMinardi (1). Mundial dePilotos: 1ºAyrton Senna(BRA) 90; 2ºA.Prost (F) 87; 3ºG.Berger (AUS) 41; 4ºT.Bousten(BL) 31; 5º M.Alboreto(I) 24; 6ºN.Piquet (BR) 20; 7ºI.Capelli(I) 15; A.Nannin (I) 15; D.Warwick (GB) 15; 10ºN.Mansell (GB) 12; 11ºR.Patrese (I) 8; 12ºE.Cheever (USA) 5; M.Gugelmin (BR)5; J.Palmer (GB) 5; 15ºA.Cesaris (I) 3; 16ºS.Nakajima (J) e P.Martini (I)

sábado, setembro 05, 2009

1988 - O dominio absoluto do Delta de grupo A

A Lancia inicia o Mundial de 1988 com uma vitória de Bruno Saby cuja facilidade acabou por ser uma característica dominante em toda a época. O 3ºlugar, de Jean Pierre Ballet foi a surpresa da prova, uma vez que os novos Grupos A não era favoráveis ao 205 GTI da Peugeot. Markku Alen (Lancia) volta às vitórias após seis meses de azar e Stig Blomqvist é o melhor sueco e o Ford Sierra XR 4x4 obtém o melhor resultado desde a sua estreia e a Mazda que domina nos primeiros troços não coloca qualquer carro à chegada. No Rally Vinho do Porto, Masimo Biasion estreia e ganha a nova versão do Integrale e Markku Allen termina numa posição modesta o 6º o 100 Rally da sua carreira. Inverno Amaral no Renault Gapl, 11 Turbo, é 9º e melhor nacional, No Quénia, a Lancia mantém a invencibilidade e Biasion permite que a equipa italiana faça a festa no Safari, dezanove anos após a sua última no rally africano. Os Nissan 200SX obtém os lugares imediatos através do local Mike Kirkland e de Per Eklund, mas Jukka Kankkunen de regresso ao Toyota do Team Europe liderou parte do rally até à quebra do turbo seria o 5º à chegada. Na Córsega mais uma vitória de um francês, Didier Auriol que conquista a primeira vitória no Mundial da Ford desde 1979, com o Ford Sierra Cosworth RS. A Toyota estreou o Celica 2000GT-Four e termina em 6º graças a Kenneth Eriksson. A BMW com o M3 que vencera em 1987 é a grande decepção com o 4º de Francois Chatiriot e 7º de Bernard Beguin. No calor da Grécia uma prova sem história, a Lancia Martini voltava às vitórias ocupando os quatro primeiros lugares e Miki Basion obtinha a terceira vitória da época e praticamente o Mundial estava decidido a nível de pilotos e marcas. Nova vitória de Miki Basion no Rally Olimpus onde a Lancia sagra-se campeã do Mundo de Rallys a meio da temporada o que ocorre pela primeira vez na história. As potencialidades da Lancia ficaram de mais evidentes quando o piloto privado Paolo Alessandrini com a versão de 1987, passaram pela liderança da prova e o histórico piloto norte americano, Jonh Buffum comum Audi 200 Quatro colocou-se em 3º à frente de outros pilotos regulares no mundial. O Rally da Nova Zelândia, contava apenas para o Mundial de pilotos e as marcas oficias ficaram pelo continente americano para a disputa do Rally da Argentina. O vencedor Josef Haider em Opel Kadett GSI ausente do mundial há mais de 10 anos limitou-se a dominar os pilotos locais de resto o grande favorito, o britânico Jimmy Mcrae abandonou a prova com problemas de motor. Na argentina, mais um pódio da Lancia e o argentino Jorge Recalde torna-se o primeiro sul americano a vencer uma prova do Mundial os Renualt 18GTX eram as máquinas mais utilizadas pelos pilotos locais. A prova fnlandesa as equipas oficiais voltam ao Mundial e Integrale permite a 6º vitória no 1000 Lagos, a Markku Allen e Didier Auriol agora com o Cosworth RS, da Ford é 3º e a melhor posição de sempre de um não- escandinavo. Na Costa do Marfim, uma prova com sem marcas oficias e com apenas um piloto de nomeada do segundo pelotão, Rudolf Stoh que com Audi Coupé Quattro domina até um grave acidente o afastar da prova e permitir a vitorio ao melhor piloto local ,de origem francesa Alan Ambrosino em Nissan 200Sx. Em San Remo a quinta vitória de Massimo Biasion com quatro italianos em Lancia nos primeiros lugares numa prova em que Jukka Kankkunen andou na frente até destruir o Toyota Celica. No RAC a décima vitória da Lancia e a mais uma de Markku Allen. Pela quarta vez consecutiva, Jukka Kankkunen domina uma prova até partir o Celica GT2000. O eng. Claudio Lombardi sobre a evolução da Lancia no grupo A: “Sem o Grupo A, a Lancia nunca teria desenvolvido o DELTA da forma que o fez. Há três anos, estavam prontos para acabar com o modelo! Os rallies conseguiram agora popularizar os modelos Delta de produção de série. Sem o grupo A nunca teria havido versões turbo ou tracção integral. E esta tecnologia fi também passada para os novos Thema e Prisma”. Mundial de Pilotos (10ºs) : 1ºM.Basion (SF) 115; 2ºM.Allen (SF) 86; 3ºA.Fiori (I) 76; 4ºS.Blomqvist (S) 41; 5ºT.Salomen (SF) 33; 6ºB.Saby (F) 32; 7ºD.Auriol (F) 32; 8ºM.Eriksson (S) 30; 9ºY.Loubet (F) 27; 10ºJ.Recalde (RA) 27. Mundial de Marcas (10ºs).: 1ºLancia (140);2ºFord (79); 3ºAudi(71); 4ºMazda (66); 5ºToyota(46); 6ºRenault (32); 7ºBMW (25); 8ºNissan (23); 9ºSubaru (18) 10´Peugeot (10).

quinta-feira, setembro 03, 2009

1987 - Nelson Piquet um título sem oposição


Nelson Piquet chegava ao tri em 1987 com nove vitórias que foram precisamente as últimas nove provas da temporada. O segundo piloto do WiliamsFW11/ Honda, Nigel Manell apenas triunfou em San Mrino, foi segundo num campeonato em que terminou todas as provas nos lugares pontuáveis. Porém, Piquet era mais forte em Monza, Nigel afirmava:”Andei no limite nas últimas vinte voltas, o que não gosto de fazer num circuito tão rápido mas para bater Nelson tinha que ser assim!” Ayrton Senna, com o Lotus 99/ Honda venceu quatro GPS e contribui para que todos os pilotos no pódio de 1987 tivessem em comum um propulsor da Honda. Alan Prost que dominou o Campeonato até ao Gp do Mónaco somou três vitórias. E a Ferrari não ganhou provas no ano onde apenas houve quatro vencedores. A Wiliams venceu naturalmente o campeonato com quase o dobro da Mclarem e a Lotus voltava aos pódios nos anos 80. O britânico da Tyrrel, Jonath Palmer vencia o Troféu Jim Clark que premiava os carros não aspirados que estavam na era turbo longe dos pódios. A segurança e a robustez dos monolugares de F1 era um facto em San Marino, o Wiliams de Piquet despista-se a 270 Km/hm e quando Teo Fabi chega junto do piloto brasileiro estava deitado chão porém no Mónaco volta à competição após ausência na Bélgica. Em Detroit uma vitória de Ayrton Senna para a história da técnica a primeira com embriaguem de fibra de carbono. E as câmaras de TV foram testados no GP do Estoril no Lotus tripulado pelo Japonês S.Nakajima, no circuito português Ayrton Senna atingiu a velocidade máxima de 335.925 Km/h. Mundial de Pilotos:1ºN.Piquet (BRA) 73; 2ºN.Mansell (GB) 61; 3ºA.Senna(BRA) 57; 4ºA.Prost (F) 46; 5ºG.Berger (AUS) 36; 6ºS.Jonhasson (S) 30; 7ºM. Alboreto (I) 17; 8ºT.Bousten (BL) 16; 9º T.Fabi (I) 12; 10ºE.Cheever (USA) 8; 11ºS.Nakajima (J) 7, J.Palmer (GB) 7;13ºR.Patrese (I) 6; 14ºA,Cesaris (I) 4; P.Streiff (F) 416ºD.Warwick (GB) 3; 17ºF.Alliot (F) 3; 18ºM.Brundle (GB) 2; 19ºR.Arnoux (F); I.Capelli (I)e R.Moreno(BR)1. Mundial de construtores: 1ºWilams/Honda 137; 2ºMclarem/TAG Porsche 76; 3ºLotus/Honda 84; 4ºFerrari 53; 5ºBenetton/Ford 28;6ºArrows/BMW 11; 6ºTyrrell 11; 8ºBrabham /BMW 10; 9ºLola/Ford 3; 10ºZakspeed 2; 11ºLigier Megatron, March/Ford e AGS/Ford 1.

1986- Alan Prost volta a ganhar o Mundial

1986 consagrava novamente Alan Prost com quatro vitórias mas ao contrário do que tinha acontecidos nas três últimas temporadas, o francês deixava para o inglês Nigel Mansell o título de piloto com mais vitórias mas na soma dos pontos ficava a dois de Prost. Nelson Piquet com o Wiliams FW11Honda foi outro piloto na luta pelo título obtendo quatro vitórias em Gps. No confronto entre a Wiliams e a Mclarem, o resultado seria de 9/5 e a equipa de Frank Wiliams obtinha o seu primeiro título mundial. Ayrton Senna (Lotus 94Turbo/Renault) e Gerard Berger (Benetton B 186 BMW), eram os únicos vencedores não Wiliams ou Mclarem. O primeiro venceria em Jerez de La Frontera e Detroit e o segundo obtinha a primeira e da sua equipa na Cidade do México. O GP da Hungria no cicuito do Hungaroring era a primeira prova realizada na Rally Hessen com Ford RS200 que ficou partido no meio de um troço e J.Laffite em Brands Hatch, que viu o chassis do seu Ligier recuar 15 cm, era o seu abondono da F1, disputou 171 GP e venceu 5. Mundial de Condutores: 1ºWiliams 141; 2ºMclarem 96; 3ºLotus 58; 4ºFerrari 37; 5ºLigier 29; 6ºBenetton 19; 7ºTyrrell 11;8ºLola 6; 9ºBrabham 2; 10ºArrows 1. Mundial de Pilotos:1ºA.Prost (F) 72; 2ºN.Mansell (GB) 70; 3ºN.Piquet (BR) 69; 4ºA.Senna (BR) 55; 6º S.Johansson (S) 23; 7ºK.Rosberg (SF) 22; 8ºG.Berger (AUS) 17; 9ºJ.Laffite (FRA) ; M. Alboreto (I) e R, Arnoux (F) 14; 11ºM.Brundle (GB) 11; 12ºA.Jones (AUS) 4; 13ºP.Streiff (F) e R.Dumfries (GB) 3; 15ºT.Fabi (I), R.Patrese (I) e P.Tambay (F) 2; 18ºC. Danner (D) e F.Alliot (1)…

1985 - Finalmente o título para Prost


A Mclarem Internacional voltava a ganhar e Alan Prost era campeão do Mundo em 1985 com as suas cinco vitórias. O Ferrari 156 embora vencendo nos GPs do Canadá e na Alemanha, através de Michele Alboreto estavam longe da perfomance do MP4TAG. A Wiliams com FW10 vencia quatro GPs e apresentava-se como um carro bem nascido Nigel Mansell e Keke Rosberg pilotos da equipa dividiam as vitórias entre si.O Lotus 97/Renault conseguia através de uma estrela em formação, Ayrton Senna, sete polé position numa época e duas vitórias Espanha no Estoril sob chuva intensa e no histórico circuito de Spa. Elio Engelis outro jovem da equipa Lotus. obtém a sua primeira vitória em Imola. A Alfa Romeo abandona em definitivo a F1, como construtor, tal como Niki Lauda que apenas obteve uma vitória em Zandvoort. Foi tri-campeão do Mundo, participou em 152 GPs e obteve 24 vitórias A Fórmula 1, perde dois jovens alemães em corridas de Sport Protótipos, Stefan Bellof nos 1000 Km de Spa (biografia no Blog) e Manfred Winkelock em Mosport, numa prova do mundial de resistência. Mundial de Condutores: 1ºMclarem 90; 2ºFerrari 82; 3ºLotus e Wiliams 71; 5ºBrabham 26; 6ºLigier 23; 7ºRenault 16; 8ºArrrows 14; 9ºTyrrell 7. Mundial de Pilotos: 1ºA.Prost (F) 73; 2ºM.Alboreto (I) 53; 3ºK.Rosberg (SF) 40; 4ºA.Senna (BR) 38; 5ºDe Engelis (I) 33; 6ºN.Mansell (GB) 31; 7ºS. Johansson (S) 26; 8ºN.Piquet (BRA) 21; 9ºJ.Laffite (F) 16;10ºN.Lauda (AUS) 14; 11ºT.Bousten (BL) e P.Tambay (F) 11; 13ºM.Surer (SUI) e D. Warwick (GB) 5; 15ºS.Bellof (D) e P.Streiff (F) 4;17ºR.Arnoux (F); De Cesaris (I); G.Beger (I) e I.Capelli (I) 3.

1984-Niki Lauda o tri numa época imparável da TAG Porsche


Niki Lauda voltava ao título em 1984, graças ao motor TAG Porsche que equipava a Mclarem que triunfa em doze grandes prémios e de forma óbvio o título de construtores, Niki Lauda obteve cinco e AlanProst, sete, voltava a ser o piloto com mais vitória no final da temporada mas por um ponto o austríaco obtinha o Tri. Num campeonato sem historia o novo modelo da Brabham o BT53/BMW pilotado por Nelson Piquet vencia em Montreal e Detroit. Outros vencedores eram Michele Alboreto (Ferrari 126C4) e Keke Rosberg (Wiliams FW09/Honda que voltavam a ganhar o italiano em Zolder e o finlandês em Las Vegas. O GP da Áustria seria o primeiro em que todos os bólides da F1 utilizaram motores turbo e em Setembro a Michelin anunciava o seu abandono em favor de outras disciplinas do automobilismo mundial. Nos teams italianos algumas mudanças na chefia técnica, Piero Landi filho de Enzo Ferrari substituía o Eng. Mauro Forghiei na direcção técnica dos carros vermelhos de Maranello e Carlos Chiti o homem forte da Alfa Romeo, na marca italiana desde a década de 50 e responsável pelo regresso da marca à F1 nos anos de 1980 abandonava a F1. Mundial de Condutores:1ºMclarem 143.5; 2ºFerrari 57.5; 3ºLotus 47; 4ºBrabham 38; 5ºRenault 34; 6ºWiliams 25.5; 7ºToleman 16; 8ºAlfa Romeo 11; 9ºArrows 6; 10ºOselha 4;11ºLigier 3;12ºATS. Mundial de Condutores: 1ºN.Lauda (AUS) 72; 2ºA.Prost (F) 71.5; 3ºDE Engelis (I) 34; 4ºM.Alboreto (I); 5ºN. Piquet (BR) 29; 6ºR. Arnoux (F) 27; 7ºD.Warwick (GB) 23; 8ºK.Rosberg (SF) 20.5; 9ºN.Mansell (GB) e A.Senna (BR); 11ºP.Tambay (F) 9; 12ºT.Faby (I) 8; 13ºR.Patrese (I) 8; 14ºT.Bousten (BL) e J. Lafitte (F) 5; 16º De Cesaris (I); Cheever (USA) e B.Johansson (S) 3; 19ºJ.Gartner (AUS) e P.Ghinzani (I) 2; 21ºG.Berger e M.Surer (SUI)1.

1983 - Nelson Piquet um final de campeonato fora de série


Se em 1982 os Turbos invadiram o Mundo dos Grandes Prémios em 1983, a maioria dos vencedores das provas da temporada, utilizaram motores e turbos e apenas dois pilotos venceram com os Ford atmosféricos, Keke Rosberg (Wiliams FW09 C) e Michele Alboreto (Tyrrell 011). Os Renault RE40 e os Branham BT 52 Turbo, discutiram os títulos em jogo, ainda que a equipa inglesa só estivessem em condições de enfrentar os homens da Renault nas últimas provas da época. Alan Prost chefe de fila da Renault seria o piloto com mais vitórias na equipa quatro tanto como os pilotos do BT 52, Nelson Piquet (3) e Ricardo Patrese (1). Porém o brasileiro era o Campeão Mundial , as vitórias em Monza e Brands Hacth na fase final da época jogaram a seu favor assim como outros quatro pódios, mais um que Prost. Mas a Ferrari com o 126C3 é que acabaria por ganhar o campeonato com mais 10 pontos que os Elf da Renault. As quatro vitórias de René Arnoux e uma de Pactrick Tambay ,em conjunto com uma sessão de pódios de ambos os pilotos justificaram o triunfo da equipa de Maranelho. O MP4 da Mclarem apesar de ser um óptimo monolugar necessitava de uma motorização turbo, Jonh Watson ainda triunfou em Long Beach, mas Niki Lauda ficava emBranco. A Lotus longe dos tempos em que era ganhadora desenvolvia um novo chassis, no qual se destacava uma suspensão activa controlada por computador e destinada a manter o carro no melhor ângulo possível em relação ao solo. A Fitipaldi-Copersucar, com cerca de104 participações , 44 pontos e um pódio deixava a F era o fim do sonho brasileiro que se afirmava cada vez como um viveiro de Campeões do Mundo. Mundial de Condutores: 1ºFerrari 89; 2ºRenault 79; 3ºBrabham 72; 4ºWiliams 38; 5ºMclarem 34; 6ºAlfa Romeo 18; 7ºTyrrell e Lótus, 12; 9ºToleman 10; 10ºArrows 4; 11ºTheodore 1.Mundial de Pilotos: 1ºN.Piquet (BR) 59; 2ºA.Prost (FRA) 57; 3ºR.Arnoux (F) 40; 5ºK.Rosberg (SF) 27; 6ºJ.Watson e E.Cheever, 22; 8ºDe Cesaris (I) 15; 9ºR.Patrese (I) 13; 10ºN.Lauda (AUS) 12; 11ºJ.Lafille (F) 11;12ºM. Alboreto (I) e N.Mansell (GB)10; 14ºD.Warwick (GB) 9; 15ºM.Surer (SUI) 4; 16ºM.Baldi (I) 3;17ºDe Engelis (I) e D:Sullivan (USA) 2; 19ºJ.Ceccotto (VNZ) e B. Giacomelli (I).