Nem sempre os acontecimentos da F1 em 1991 mantiveram a imagem desejável que se deseja na categoria máxima do desporto automóvel. O homem forte da FISA , Ballestre é substituído por Mosley. O mundial inicia-se em Poenix, com a vitória de Ayrton na estreia do MP4-6 da Mclarem e iguala orecord absoluto de vitórias de Jackie Setwart. Alan Prost apesar do fraco andamento da sua nova montada, o modelo 642 da Ferrari é segundo e os Wiliams não terminam o GP. No Brasil, Ayrton Senna vence com alguma facilidade no final, o campeão brasileiro desabava : “Esta foi a vitória mais apetecida de todas, só comparável à primeira no Estoril, e à do Japão em 1988. Agora o meu objectivo é o tri”. A revelação da prova seria Ricardo Patrese que seria 2º e ao longo do fim-de-semana, e o piloto mais rápido da Wiliams. Em Imola, o domínio do MP4-6 foi indiscutível, Senna volta a ganhar e Gerard Beger completa a dobradinha da Mclarem. Ricardo Patrese voltou a confirmar o bom momento dos Fw14, chegando a liderar antes de abandonar a prova. Senna diria mesmo que “foi uma vitória inesperada”. O português Pedro Chaves num Coloini C4 continuava a lutar para conseguir um lugar no Grid. No Mónaco, simplesmente Ayrton Senna nas comemorações do 25º aniversário da Mclarem na F1.Os Wiliams continuavam a sua evolução e ocupavam os restantes lugares do pódio de Monte Carlo. No circuito de Gilles Villenueve, mais uma vez tocou o hino brasileiro, agora era Nelson Piquet que levava o Benetton B-191 à vitória. Stefan Modena era segundo, oferecendo à Pirrelli a sua primeira dobradinha desde há muitos anos. Porém a alegria era dominante na Box da Jordan com os resultados dos seus pilotos em lugares pontuáveis: Andrea de Cesaris era 4º e Bertrand Gachot era 5º. A wiliams domina no GP do México com uma dobradinha e vitória de Ricardo Patrese que reconhece que o seu patrão “Frank tem razão, ainda podemos pensar no campeonato”. Ayrton Senna foi 3º e era líder isolado, mas afirmava “Estamos a competir com equipamento inferior à Wliams”. Na estreia de Mangy Cours, a multidão invade o circuito francês, a Wiliams revela-se imparável Patrese domina nos treinos e Nigel Mansell finalmente a vitória, a 17ª da sua carreira. Mais um 3º posto de Senna que desencantado dizia “Deste jeito não dá”. Nigel Mansell de novo e a vitória em Silvestorne levanta a moral do piloto inglês “Agora sim, já me podem falar do campeonato”.Na Alemanha nova vitória de Nigel Mansell e nova dobradinha da Wiliams, Nelson Piquet comentava desta forma o domínio insolente dos Wiliams “Se o idiota do Mansell não fizer nenhuma besteira, dá para ganhar o campeonato”. E o japonês melhor sucedido na F1, Satoru Nakajima que chegou ao mundo dos GPs. Apoiado pela Honda anunciava para o final da temporada o fim da sua carreira na F1. O ambiente na Ferrari era ainda mais tenso que na Mclarem e Alan Prost , ponha o seu lugar à disposição. O 3º de Jean Alesi não era suficiente para superar a falta de competitividade dos carros italianos. No GP da Hungria, Ayrton Senna vencia na sombra dos Wiliams os monolugares mais competitivos do pelotão.Nova dobradinha agora com os Mclarem e com mais uma vitória de Ayrton que Piquet , 3º , comentava “O título é já do Ayrton, não tem mais jeito”.Em Monza, Mansell vence Senna e Alan Prost sobe ao lugar mais baixo do pódio, mais animado diria “Gostaria que o campeonato se decidisse no Japão. Talvez assim a Ferrari consiga ganhar este ano”. No GP de Portugal, Nigel Mansell é desclassificado na ida box perdendo uma vitória certa que é herdada por Patrese e uma vez mais Pedro Chaves falha uma qualificação, diria em consequência “Estou numa situação melindrosa”.E a sua saída confirmou-se na Catalunha, Mansell vence a prova e afirma “Desta vez tive uma excelente parada de box: pelo menos saí em quatro rodas …”. Ayrton, quinto numa altura em que o título se jogava na corrida, na box e na estratégia da corrida diria “Errei na escolha dos pneus”. Alan Prost, segundo e de forma indirecta crítica a opção dos neumáticos seguida pela equipa : “Se não estivesse na Ferrari teria largado com pneus slicks”, o francês voltava ao pódio, 3º mas continuava sem ganhar. Em Suzuka, Ayrton Senna termina em segundo e obtém o título na festa de Gerard Berger em mais uma dobradinha da Mclarem. Nigel Mansell vencido mas não convencido afirmou “No próximo semana já estarei motivado de novo”. Alan Prost, continuava na ofensiva verbal “A minha Ferrari estava pior que um camião. Assim não dá gosto pilotar” e seria despedido não correndo em Adelaide. A chuva interrompia o desenrolar do GP e Ayrton Senna vence numa prova em que o piloto brasileiro obteve a sua 80ª pole. A Mclarem obtinha o seu sétimo título numa época em que os Wiliams FW14 eram os monolugares mais rápidos da temporada. O ano ficaria marcado pela estreia de dois pilotos promissores: M. Schumacher que não necessitou sequer de meia época para se impor no difícil mundo da Fórmula 1 como a grande revelação do ano e o mais prometedor entre os jovens pilotos que procuram fazer carreira nos Grandes Prémios. M. Hakkinen poderia ter sido considerado o piloto revelação da época se não tivesse surgido o “fenómeno” Schumacher. De facto não é muito comum um piloto vindo da F3 com um carro pouco competitivo, pontuar logo nos primeiros Grandes Prémios num ano em que quarenta e três pilotos marcaram presença no mundo restrito da F1. Mundial de Pilotos: 1ºA.Senna (BR) 96; 2º R.Patrese (I) 91; 3ºG.Berger (AUS) 85; 4ºA.Prost (F) 34; 5ºN.Piquet (BR) 26.5; 6ºJ.Alesi (F) 21; 7ºS.Modena (I) 10; 8ºA. De Cesaris (I) 9; 9ºR.Moreno (BR) 8; 10ºP.Martini (I) 6; 11ºJ.J.Letho (SF) (4); 13ºB.Gachot (BL) 4; 14ºM.Schumacher (D) 4; 15ºS.Nakajima (J) 2; 16ºM.Hakkinen (SF) 2; 17ºM.Brundle (GB) 20; 18ºA.Suzuki (J) 1; 19ºJ.Bailey (GB) 1; 20ºE.Pirro (I) 1; 21ºE.Bernard (F) 1; 22ºI.Capelli (I) 1; 23ºM.Blundell (GB) 2 e 24ºG.Morbedelli (I) 0.5.Mundial de Construtores: 1ºMclarem (139); 2ºWiliams 132; 3ºFerrari 55; 4ºBenetton (34.5); 5ºJordan (17); 6ºBrabham 13 7ºTyrrel (12); 8ºMinardi (6,5) ; 9ºDallara (5); 10ºLotus (2) 11ºLola (1 ) e 12ºLeyton House ( 1)
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