domingo, setembro 27, 2009

1992- Nigel Mansell - um piloto de instinto que utilizou a 100% a tecnologia da Wiliams.

1992 foi marcado pela supremacia técnica da Wiliams num ano em que Nigel Mansell, dominou sem contestação a maioria dos GPS , com naturalidade como provam o seu record de vitórias. Todavia a sensação da temporada seria Michael Schumacher que na sua primeira temporada completa mostrou rapidez e segurança características estas só observadas na estreia de Ayrton Senna em 1984. No defeso Nelson Piquet tri-campeão Mundial anunciava o fim da sua carreira, após 204 Gps, 23 vitórias e 24 poles, durante o ano anuncia a sua ida para a Cart e nos treinos para a Indy 500 sofre um pavoroso acidente. O Mundial regressava à África do Sul, e a Williams com a suspensão activa dominou a concorrência e não deu hipóteses a ninguém .Nigel Mansell dominou completamente o fin-de-semana. Ricardo Patrese com o FW14B completava a dobradinha da marca inglesa. Ayrton Senna, subia ao pódio, mas a decepção era evidente: “Espero que isto sirva de motivação para a preparação de um carro novo”. Estreavam-se na F1, Cristian Fitipaldi, que daria boas indicações até desistir; Ukyo Katayama que seria o único a terminar (12º); Paul Belmond (filho do conhecido autor) e a bela Giovanni Amati. A dobrinha da Wiliams repetia-se no GP México e Michael Schumacher (Benetton B191) obtinha o seu primeiro pódio. Numa prova em que os motores HB V8 da Ford obtinham os 7º e 8º à geral dando mostras de alguma competitividade. Mansell e Patrese, obtêm a terceira dupla no Brasil numa prova em que nenhum brasileiro chegaria ao fim Ayrton afirmava “Os Wiliams são de outro planeta”. Em Espanha, uma corrida acidentada com treze carros fora da pista, Nigel Mansell continua imbatível, mas as dificuldades do piso, alternando-se entre o seco e o molhado, levou a que o inglês afirmasse que “Foi uma das corridas mais duras que disputei”. OF92 A da Ferrari faz o primeiro pódio através de Jean Alesi que herdou a posição da Ayrton na parte final da prova, mas foi sem dúvida a figura da prova e Schumacher (2º) continuava a confirmar o seu talento. Danon Hill é o novo recruta da Brabham substituindo Giovanni Amati, cujo talento da F1 não era visível. Em San Marino, domínio insolente dos Wiliams, a 5ª dobradinha e a sexta de Nigel, Aryrton termina em (3º) completamente esgotado. A Ligier completava o seu 250 GP. O Mónaco inicia-se com Mansell a dominar mas a sete voltas do fim uma ida à box dá vitória a Ayrton Senna e a primeira não Wiliams e o seu engenheiro B.Dudot “Decididamente a sorte não nos sorri no Mónaco”. A Mclarem volta a ganhar numa prova em que os erros dos Wiliams atiram os carros para fora da pista e Gerard Berger (Mclarem MP4 -7A) foi o vencedor. A revelação da prova seria o “rokkie”, Ukyo Katayama (Venturi LC-92) que abandonava a prova quando defendia o seu 5ª posição com um carro tão pouco competitivo. Em França volta à normalidade dobradinha da Wiliams, vitória de Mansell depois de uma liderança de Ricardo Patrese que obedece às ordens da equipa. Jean Alesi brilhou no circuito de Magny-Cours sendo um dos mais rápidos em pista com pneus secos perante o dilúvio que levou todo o pelotão à box, mas o motor partiu. A histeria da Mansellmania não seria defrauda em Silvestorne os Wiliams a dominar e Nigel a vencer e Martin Brundle (Benetton B 192) no pódio(3º) sem dúvida o destaque do GP. Ayrton continuava desiludido com o MP4-7A, “Para continuar assim, mais vale parar. Não arrisco a vida para chegar em terceiro”. Em Hockenheim, Nigel Mansell vence perante a pressão de Ayrton e declarava no final do GP : “A estabilidade do Mclarem e a potência do Honda impressionaram-me”. No Hungaroring, Ayrton Senna confirmava a excelente prova no GP da Alemanha e obtinha a sua primeira vitória da época, Nigel era 2º e tornava-se campeão mundial de 1992. Mas a revelação da prova foi o jovem Mika Hakkinen (Lotus 107), 4º no final após várias ultrapassagens geniais. Na box da Ferrari festejava-se a sua 500ª participação em provas de F1. Em Spa, a primeira vitória absoluta de Michael Schumacher numa prova em que as condições climáticas e a estratégia de Box lhe proporcionou o eu primeiro sucesso na F1. Os Wiliams situaram-se nas posições seguintes na terceira vitória de um piloto não pertencente ao team inglês. A Brabham não estava presente na grelha de partida, era o princípio do fim após 399 participações. Em Monza, Ayrton Senna domina de forma absoluta os Benetton voltam a brilhar, Martin Brundle é 2º e Michael Schmacher (3º). O ambiente no padoock era quente, Nigel Mansell preparava-se para abandonar a F1 e Alan Prost tinha já um pré -contrato com a Wiliams e Mikael Andretti, campeão da Cart era o novo recruta da Mclarem.O campeão britânico pouco depois anunciava a sua ida para a Cart ondedeveria pilotar para a Newmans-Hass. A Honda anunciava o seu abandono da competição. No Estoril , Nigel Mansell obtinha a sua 30ª vitória absoluta e a nona da temporada, um novo record. O GP é marcado pelo acidente impressionante de Ricardo Patrese que voa para o vazio, o piloto italiano diria: “Pela primeira vez tive medo de morrer .Quando vi o céu pensei em Villenueve…”.Em Fuji, finalmente Ricardo Patrese chega à vitória, numa prova em que os principais animadores do Mundial não terminaram a prova. Nigel Mansell continuava a criticar a aposta de Frank Wiliams que contrara Alan Prost “Os Wiliams deverão continuar a ser superiores que até um fantoche pode ganhar. Por isso pode ganhar todas as corridas de 93. A imprensa deveria pressionar a Wiliams para contratar um piloto mais rápido que Prost, como o Danon Hill. Mas o melhor para o espectáculo seria mesmo contratar Senna”. Na Austrália corre-se o último GP da época o mais animado da época, Mansell bate recorde de polés e lidera prova até Senna o abalroar e abandonarem os dois, Patrese herda o comando, mas pára e Berger é o vencedor. Mundial de Pilotos: 1ºN.Mansell (GB/108) ;2ºR.Patrese (I/56) 3ºM.Schumacher(D/54); 4ºA.Senna(BR/50); 5ºG.Beger(AUS/49); 6ºM.Brundle (GB/38); 7ºJ.Alsei (I/18); 8ºM.Hakkinen (SF/11)); 9ºA.Cesaris (I/8); 10ºM.Alboreto (I/6); 11ºE.Comas (F/4): 12ºK.Wendlinger (AUS/3); 13ºI.Capelli (I/13); 14ºT.Bousten (BL/2);15ºP.Martini (I/2); 16ºJ.Herbert (GB/2); 17ºB.Gachot (BL) 1; 18ºC.Fitipaldi (BR) e 19º S.Modena (I), Mundial de Construtores;1ºWiliams (164) 2ºMclarem (99); 3ºBenetton (92) 3ºFerrari ( 31); 4ºLotus ( 13) 5ºTyrrel ( 8); 6ºFootwork ( 6) 7ºLigier ( 6); 8ºMarch (3 ); 9ºBMS Dallara (1); 10ºVenturi (1) 11ºJordan (1)

Sem comentários: