segunda-feira, agosto 15, 2011

O Austin Rover 6R4 ...um pequeno bólide....ligeiro e rápido



O Motor atmosférico de 6 cilindros quando os Turbo dominavam o WRC
(foto de Reinhard Klein)

Tony Pond e Malcon Wilson foram a grande aposta do Grupo Austin-Rover para 1996 
(foto de Reinhard Klein)

Per Eklund (7º) nos 1000 Lagos à frente dos 6R4 de fábrica
(foto de Martin Holmes, World Rallying 1986,p.75)


O MG Metro 6R4 foi um do grupo B más singulares da sua época. Era o chassis mais pequeno que correu no WRC e era também aquele que se distinguia dos demais pelo número de apêndices aerodinâmicos, visíveis na sua carroçaria. A outra particularidade era o seu motor atmosférico de seis cilindros para competir com os quatro cilindros turbo dos seus rivais. Na sua ficha de homologação o chassis do grupo da Austin-Rover, apresentava um motor (2.991 c.c), central longitudinal de 6 cilindros en V a 90º, capaz de debitar cerca de 380 CV .Uma transmissão de tracção integral com caixa de cinco velocidades, um chassis com dois  subchassis um dianteiro e outro traseiro. A Suspensão dianteira y traseira era do tipo McPherson. Freios de discos ventilados. Dimensões: 3.65 m de largo por 1.77 largura e de  1.39 de alto para um peso de 1.040 kg. Outra característica, era a facilidade de maneabilidade deste pequeno bólide, uma vez que a maioria dos pilotos que conduziram o 6R4 coincidiram na sua avaliação na medida que eram todos da mesma opinião que se tratava de um carro com um comportamento neutro e que, apesar de muito ligeiro, não tinha uma potência excessiva, o que facilitava a sua pilotagem, ainda com a vantagem de ser um dos melhores Grupo B relativamente à sua capacidade de travagem (utilizava discos de carbono). A sua estreia, ocorreu na última prova do WRC de 1985 e logo com um pódio, Tony Pond (3º) enquanto que Malcon Wilson desistia com problemas de motor.Em 1986, A Austin Rover W.C.T., estabeleceu um programa completo para o 6R4 mas os resultados foram catastróficos e a marca seria 9º no Mundial de 1986 no último campeonato reservado a grupos B. Em Monte Carlo, Tony Pond era vítima de um acidente rodoviário e Malcon Wilson, desistia com problemas de transmissão. Na Suécia, Per Eklund substituía Tony Pond mas os dois 6R4 desistiam com o motor partido. Em Portugal, a Austin-Rover tal como as restantes equipas abandonavam a prova, após o acidente de Joaquim Santos em Sintra. Na Córsega, Didier Auriol, reforçava a dupla do 6R4, mas desistia com a perda de óleo, Malcon Wilson via o seu motor explodir e Tony Pond abandonava com problemas na correia de árvore cames. A Austin Rover, voltava nos 1000 Lagos, após a ausência na Nova Zelândia e na Argentina, uma vez que o seu programa desportivo não contemplava as provas fora da Europa ou duras como o Safari e Acrópele, na prova dos “1000 Saltos”, Harri Toivonen era o piloto local seleccionado para pilotar o 6R4 é era 8º, Malcon Wilson o 10º, mas o melhor piloto da Austin Rover era Per Eklund  (7º) com um chassis da CTE/Austin Rover. Em San Remo, Malcon Wilson obtém um 4º, era o primeiro carro não Lancia  (Delta S) e no RAC, a armada dos 6R4 era constituída por seis carros dos quais quatro chegaram a Bath ( 6ºTony Pond, 7ºPer Eklund; 8ºJimmy McRae e David Llewellin ). Os 6R4 em 1986 permitiram ainda o título de Campeão de Francês de Rallys a Didier Auril e alguns resultados de vulto no Europeu de Rallys tais como: a vitória de Marc Duez (1ºHunsrucK e 2ºBianchi) Didier Auril (1ºAntibes) e Per Eklund (2º Deutschland).A carreira dos Austin Metro 6R4 continuaria mas no Rally Cross onde se revelaria um chassis ganhador.               

Sem comentários: