quarta-feira, agosto 10, 2011

O 1800s o primeiro "Super carro" do WRC

Os Alpine A 110-1800S foram campeões de Marcas da Europa (1971-1973 e do Mundo de Rallys (1973)/(foto Elf)

 Os Apine 1800 nas mãos dos pilotos franceses dominaram o Mundial e Tour de Corse durante várias edições (foto   Elf) 
Joginger Singh o campeão queniano utilizou o 1800 S sem sucesso no Safari (foto Elf)

 
Jen Luc Therier um piloto ganhador a caminho da vitória do 7ºTRally Internacional TAP (1973)
Foto in O Melhor Rally do Mundo, Direcção de João Anjos , p.40. 

"Siroco" o campeão grego conseguiu dois pódios quando o 1800S estava já ultrapassado.
(foto de Martin Holmes)  

 
O Alpine Renault, nasceu da criação de Jean Rédele que projectou uma carroçaria em fibra cuja configuração aerodinâmica segundo os cânones da época, devidamente associada a um motor Renault que desde 1968 sofreu várias versões, tornaram este pequeno desportivo francês num carro muito competitivo na viragem para a década de 1970 e pelo menos até a chegada do Lancia Stratos HF outro super carro que vingou na mesma década. O sucesso do Alpine Renault nas versões 1600S e 1800S, estava na sua tracção, que em conjunto com a aceleração e associada à sua leveza, tornava este bólide rápido no asfalto e ligeiro, mesmo por cima de buracos e pedras, em provas como o Rally de Marrocos era “vê-los deslizar com uma facilidade incrível”. Relativamente à sua motorização inicialmente tinha um motor de 1108 cc de um Renault 8, algum tempo depois era acoplado um motor do Renault 16 de 1470 cc e posteriormente o 1600 cc do 16 TS em 1970.  Mas, o Alpine Renault atingiu o máximo das suas potencialidades na versão do grupo 4, tornando-se o primeiro campeão Mundial de Rallys de Marcas em 1973, quando a Alpine já tinha sido adquirida pela Renault. Nessa versão a berlineta francesa tinha uma carroçaria de vidro, duas portas e dois lugares, montada sobre um chassis de viga central. Com tracção traseira com caixa de velocidades de cinco velocidades e um motor que debitava cerca de 175CV para um peso de 730 Kg entre outras características. Entre as suas principais vitórias destacam-se: 1968 – Bernard Darniche na Córsega; 1970 –Jean Luc Therier (San Remo e Acrópele) e Bernard Darniche na Córsega); 1971- Ove Andersson (Monte Carlo, San Remo, e Acrópele), Bernard Darniche (Alpes Austríacos) e Jean Pierre Nicolas (Lyon-Charbonnières e Portugal) e Jean Clude de Andruet (Córsega), outras vitórias no Europeu de Rallys ( nas quais contam-se a vitória no Europeu de Marcas de 1971-1973) e no campeonato francês de rallys, marcaram este período anterior à participação no Mundial de Rallys. No Mundial em 1973: Jean Clude Andruet venceu em Monte Carlo e cinco Alpines no top 6  (1º, 2º,3º,5º e 6º); Jean Luc Therier ganha três provas (Portugal, Acrópele e San Remo), Bernard Darniche (Marrocos) e Córsega (Jean Pierre Nicolas). Em 1974 – A Alpine apesar de Campeã do Mundo de Rallys de Marcas deixa o Mundial de Rallys mas os privados continuam a dar pontos à marca : 5º R.Neyret /(Portugal); 5º G.Chasseuil, 8º R.Neyret e 9º M.Hoepfner (Press -on-Regardless e 2ºJ.P.Nicolas, 3ºJ.L.Therier, 4ºF.Manzagol e 12º M.Mouton (Córsega) - 5ºMundial. Em 1975 – 6ºJ.Henry (Monte Carlo); 2º”Siroco” (Acrópele); 3ºR.Neyret (Marrocos; 2º J.L.Therier (San Remo) e 2ºJ.P.Nicolas, 3ºJ,C.Andruet, 4ºF.Manzagol, 5º J.Henry, 6ºF.Vicent, 7ºM.Mouton, 8ºSoriano e 9ºPicone (apenas três carros não eram da marca ainda que F. Vicent se apresentasse num A310 que chegou a ser uma alternativa ao 1800 S mas faltava-lhe competitividade para enfrentar o poderoso Lancia Stratos HF e a sua evolução seria cancelada, no mundial a marca terminava em 3º. Em 1976 voltava ao pódio com o campeão nacional da Grécia, 2º na Acrópele e na Córsega. Mas , o 310 conseguia os primeiros pontos no Mundial- 2ºB.Darniche, 3º F.Manzago (3º) e 6º F.Moreau, a Alpine era 8º no Mundial. Em 1977 o velhinho Alpine 1800 é 9º com De Meyer no Monte Carlo, o seu último resultado numa época em que a Renault desenvolvia o 5 Alpine que pontuava pela primeira vez em San Remo (7º) antes do pódio em Monte Carlo de 1978, Jean Ragnotti (2º) e Guy Frequelin (3º).   

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