segunda-feira, agosto 01, 2011

Os aristocratas na História da F1...


Príncipe Bira o primeiro e o mais bem sucedido piloto do sudoeste asiático.
( foto in Blog, Histórias da F1, Rio de Janeiro, 2007).

Alfonso Portago a caminho da boxe em Silvestorne ( foto de Bernard Cahier)  



O acidente de Alfonso Portago um estrela que se apagou nas 1000 Milhas.

A História da Fórmula 1 está cheia de reis da velocidade, mas na verdade apenas dois aristocratas fizeram história na modalidade máxima do desporto automóvel, o Príncipe Bira e o Marquês Alfonso de Portago. O Príncipe do Sião (actual Tailândia) Birabongs Bhanudej Bhanubandh, mais conhecido Bira (1914-1985), distinguiu-se como um notável desportista nas modalidades de Vela (esteve presente nos Jogos Olímpicos (1956, 1960, 1964 e 1972) e na Fórmula 1. A paixão pelo desporto automóvel inicia-se quando estudava na Inglaterra e as suas primeiras experiências ocorreram em 1935, com marcas como a Riley e a MG. O fim da segunda guerra e o regresso às pistas, permitiu a sua entrada em equipas oficias como a ERA e a Maserati. Esta última foi decisiva na sua carreira na F1 onde alinhou em 19 GPs, estreou-se no GP de Inglaterra Silvestorne) em 1950 e marcou os primeiros pontos, na sua segunda prova o GP do Mónaco e foi 4º em Itália (Monza), terminando em 8º no Mundial de F1. No ano seguinte apenas alinhou no GP Espanha (Barcelona) com um Osca desistindo com problemas mecânicos. Em 1951 torna-se piloto oficial da Gordini e termina apenas duas provas, 10ºBélgica (SPA) e 11ºInglaterra (Silvestorne). Para 1952 está no projecto da nova equipa da F1 a Connaught não pontua no Mundial e termina duas provas, 7ºInglaterra (silvestorne) e 7ºNürburgring. Emm 1954 forma a sua própria equipa e utiliza como chassis um Maserati com o famoso 250F e pontua no GP da França (Reims) e foi 17º no Mundial da F1, anunciando pouco depois o seu abandono oficial da F1. No final Por último, de realçar que Birabong Bhanudej foi o primeiro piloto da história da F1 até à chegada de Alex Yoong que correu pela Minardi em 2001. Alfonso Antonio Vicente Eduardo Angel Blas Francisco de Borja Cabeza de Vaca y Leighton, marquês de Portago (1928-1957), sem dúvida o nome mais longo de um piloto da F1, mais conhecido por Alfonso Portago, isto é pelo primeiro nome associado ao título de marquês, apesar de ter nascido em Londres foi sempre considerado espanhol e um dos melhores pilotos de sempre de Sport e da F1 daquele país peninsular. A sua carreira desportiva foi muito rápida e curta tal como a sua vida, cuja fama como um dos pilotos na categoria de Sport da década de 1950, estava na rapidez e na habilidade com que trava com as multidões nas bermas dos circuitos em estrada aberta, a Volta a França (1956), o GP do Porto e a Taça do Governador de Nassau Cup foram algumas da meia dúzia de provas que triunfou quando era já piloto oficial da Lancia-Ferrari, tendo terminado duas das cinco participações que fez sempre em lugares pontuáveis, 2º Inglaterra (Silvestorne) e 5º Argentina (Buenos Aires), nas restantes abandonaria seria 15º no Mundial de F1. A fama de queimar travões e destruir embraiagens era algo comum num piloto que não tinha medo da velocidade e que admitia um dia morrer de velhice mas não num carro de competição. Mas no dia 8 de Maio de 1956, Alfonso Portago e o seu navegador, perdiam a vida nas famosas 1000 milhas, num acidente brutal quando rodavam em 3º quando um dos pneus rebentou a cerca de 241 Km/h, ceifando a vida a dez espectadores. Terminava assim um dos pilotos mais rápidos de meados do século XX e um dos primeiros playboys da F1 sempre rodeado do seu séquito constituído por belas mulheres ….

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