segunda-feira, agosto 31, 2009

1976 - James Hunt o campeão rebelde


Em 1976, o Campeonato Mundial incluía dezasseis provas pontuáveis e registando-se a entrada do GP do Japão e os Estados Unidos, disputava-se pela primeira vez na Califórnia em Long Beach. Em termos regulamentares algumas alterações significativas com o objectivo de diminuir a velocidade e aumentar a segurança. As elevadas entradas de ar foram banidas, a asa traseira colocada a 50 cm mais dentro; a largura total foi limitada a 215 cm ; a altura máxima passou para 85 cm a partir da parte mais baixa do carro; a largura dos pneus foi limitada a 533 mmm e o diâmetro das jantes passou para o máximo de 330 mmm. O campeonato começava em Interlagos, um vez que o GP. da Argentina seria anulado devido ao sangrento golpe de Estado contra o Presidente Isabel Peron. E o campeão em título chega a Alemanha com 5 vitórias e o campeonato praticamente ganho, todavia a sorte seria adverso a Niki Lauda vítima de um pavoroso acidente no tímido e perigoso traçado de Nürburgring e que o deixou às portas da morte chegando mesmo um padre a prestar-lhe a extrema-unção. Mostrando uma coragem ímpar e recusando a medicação que eventualmente lhe poderia condicionar a condução volta em Monza duas corridas depois para disputar o título com James Hunt, agora a grande esperança da Mclarem para novos voos que antes do GP da Alemanha só tinha triunfado na Bélgica. Niki termina o GP de Itália em 4º e parte para as corridas fora da Europa em igualdade pontual com o britânico. Entretanto uma boa notícia animava o austríaco, James Hunt tinha sido desclassificado no GP da Inglaterra e a vitória era lhe atribuída, todavia os GPS do Canadá e dos Estados Unidos tinham como vencedor James Hunt, no novo circuito do Mont Fuji decidia-se o título. A chuva caía irregularmente sobre a pista, Niki Lauda dava duas voltas e parava nas boxes, a Ferrari anunciava o abandono por falha técnica e Lauda com a coragem que lhe permitiu abandonar a cama dos cuidados intensivos quase para a pista, declarava que a sua desistência devia-se as condições adversas da pista. Mario Andretti, com o Lotus 77 após a experiência mal sucedida na Parnelli voltava aos lugares da frente, obtendo a sua segunda vitória da carreira, enquanto que o 3º posto permitia a James Hunt o título de campeão Mundial . Jody Scheckter surpreendentemente com o Tyrrell de seis rodas, o P34 ganhava na Suécia num ano em que os carros azuis voltavam a ser competitivos e Jonh Watson com Penske P4 vencia na Áustria, sendo a sua primeira vitória e do seu construtor, que no final da época voltava à Fórmula Indy onde estava normalmente no pódio. Ronnie Peterson que iniciou a época na Lotus, abandonava a equipa na medida em que não estaria interessado em ter Mario Andretti como piloto no team com as mesmas condições e seria com o March 751 que ganhava em Monza na última vitória da marca. Três novas equipas participavam pela primeira vez no Mundial, a ligier que fazia regressar os motores Matra à Fórmula Um, com o patrocínio do cigarreira Gitanes, a Fitipaldi que surpreendentemente tinha Emerson Fitipaldi como piloto, num monolugar que lhe permitia à partida os voos que a Lotus e a Mclarem lhe tinha proporcionado entre 1972 e 1975, dois títulos e dois vice-campeonatos e a Alfa Romeo vinte cinco anos depois voltava ao mundo dos grandes Prémios, não pontuando nas provas que disputou. Mundial de pilotos: 1º J.Hunt (GB) 69; 2ºN.Lauda (AUS) 68; 3º J.Scheckter (AS) 49; 4º P.Depailler (F) 39; 5ºC.Regazzoni (SUI) 31; 6ºM.Andretti (USA) 22; 7ºJ.Lafittite (F) e J.Watson(GB) 20; 9ºJ.Mass (D) 19; 10ºG.Nilsson (S) 11; 11ºT.Pryce (GB) e R.Peterson (S) 10; 13º H.Stuck (D) 8; 14ºC.Pace (BR) e A.Jones (AUS) 7; 16ºC.Reutman (RA) e E.Fitipaldi (BRA) 3, 18ºC.Amon (NZ) 2; 19ºR.Stommelen (D) e V.Brambila (ITA) 1.Mundial de construtores: 1º Ferrari 83; 2ºMclarem 74; 3ºTyrrell (71); 4ºLotus (29) 5ºLigier e Penske (20) 7ºMarch (19) ; 8ºShawood (10) ; 9ºBrabham (9); 10ºSurtees (7) ; 11ºCopersucar (3) ; 12ºEnsign (2) e 13ºParnelli (1).

1975 - Niki Lauda a confirmação de uma estrela

1975, marca o regresso dos carros de Enzo Ferrari ao título de Construtores durante quase onze anos, longe das vitórias no Mundial da F1, numa época em que o 313-T, vence cinco corridas sendo quatro a conta de Niki Lauda a estrela ascendente que ganha naturalmente o mundial. Emerson Fitipaldi inicia novamente o Mundial de F1 em grande forma vencendo o GP da Argentina o único da temporada apesar dos quatro segundo lugares nada pode fazer perante um Niki Lauda que explorou os 500CV do modelo T projectado por Mauro Forghieri. Foi igualmente um ano repleto de novos vencedores na lista de GPs, José Carlos Pace a nova vedeta brasileira que ganhou em Interlagos na sua segunda época de F1 com um Branham BT44B/Ford ; Jochem Mass (Mclarem M23) que triunfa inesperada em Espanha após a interrupção da prova em função do grave acidente de R.Stommelen; James Hunt o plaboy da F1 , que vivia entre as gatas e o álcool e que levou o carro do aristocrata Lord Hesket na versão 308B à vitória na Holanda e finalmente o esforçado Vitorino Brambilha que triunfa pela primeira vez na Áustria com a March com o modelo 751.Mas a polémica e a tragédia do ano, ocorreu em Espanha na última vez que a F1 correu em Montjuich quando os pilotos que cada vez mais se preocupavam com a segurança, verificaram que faltava rebites nos rails de protecção, de tal forma que a maioria dos pilotos recusaram-se a correr, mas acabaram por fazê-lo. Emerson Fitipaldi deu algumas voltas e encostou a box, Os Ferraris colidiram com o Parnelli de Andretti, o asa traseira do Lola de Rolf Stommelen saltou-se voando e colidindo mortalmente cinco espectadores, esta prova negra ficaria marcada com a primeira presença feminina nos lugares pontuáveis Lela Lombardi que ocupou o 6º no final da corrida que seria interrompida. Participou em 12 GPs e pontuou uma única vez, tendo pilotado para a March e para a Brabham na última prova que disputou. O brasileiro Wilson Fittipaldi abandonou a F1 tornando-se o responsável pelo projecto de fazer correr um fórmula Um com o patrocínio da empresa açucareira brasileira Copersucar, efectou 37 GPs e pontuou duas vezes não tendo o talento nem as oportunidades de Emerson tendo pilotado para a Brabham e Fitipaldi. Granham Hill, após 176 GPS não se qualifica no GP de Mónaco e fez o que seria desejável para um bi-campeão e herói da F1, retira-se mas no final do ano num desastre de aviação perde a vida com o piloto da sua equipa, o talentoso Tony Brise. Granham Hill registou 13 vitórias em GPs entre 1958-1975 e pilotou para a BRM, Lotus, Brabham e Lola. Tony Brise estreou-se no decorrer do ano, realizou 10GPs e pontuou com o pouco competitivo Hill em Andesport (6) , em treinos para o GP dos Estados Unidos perde a vida Mark Donohue, engenheiro de formação em 14 GP e pontuou por três veze, estreou-se com um póodio no Canadá com um Mclarem tendo sido 3º o resta da sua carreira foi feita a um volante de um Penske . Mundial de Pilotos: 1º Niki Lauda (AUS) 64.5; 2ºE.Fitipaldi (BR) 45; 3ºC.Reutman (RA) 37 ; 4º Hunt (GB) 33; 5ºC.Regazzonni (SUI) 25; 6ºJ.C.Pace (BRA) 24; 7ºJ.Mass (D) e J.Scheckter (AS) 20; 9ºP.Depailler (F) 12; 10ºT.Pryce (GB) 8; 11ºV.Brambilla (ITA) 6.5; 12ºJ.Laffite (F) e R.Peterson (6) 14ºM.Andretti (USA) 5; 15ºD.Donohue (USA) 4; 16º J.Ickx (BEL) 3; 17ºA.Jones (GB) 2; 18ºJ.P.Jarier (F) 1.5;19ºT.Brise (GB) e V.Lennep (D) 1 e 21ºL.Lombardi (I) 1. Mundial de Construtores: 1º 1ºFerrari (83); 2ºBrabham (54) 3ºMclarem (53) 4ºHesheth (33) 5ºTyrrell (25) 6ºShawood (9,5) 7ºLotus (9) 8ºMarch (6.5); 9ºWiliams (6) 10ºParnelli (5) 11ºPenshe (11) 12ºHill (3) e 13ºEnsign (1).

sábado, agosto 29, 2009

1986 - O fim dos Grupo B, um ano trágico e polémico.

1986 seria o primeiro e o último ano dos Super Carros de Rally, se no ano anterior as grandes marcas mostraram que os rallys estavam a mudar e o espectáculo aproximava-se da loucura, com as trajectórias a serem corrigidas em cima dos espectadores, o certo é que os dirigentes da FIA e das provas do Mundial, tiveram que reagir face à sucessão de acontecimentos trágicos que os Grupo B provocaram face a um progresso tecnológico que se desenvolveu rapidamente, ultrapassando todas as oportunidades abertas pelo regulamento do Grupo B. Não podemos esquecer que em 1985, Atílio Bettega, despista-se mortalmente na Córsega, cuja tragédia volta a enlutar a Lancia em 1986 com Henri Toivonen , considerado um dos mais rápidos e espectaculares pilotos de Grupo B. Todavia seria o Rally Vinho do Porto, o ponto de reflexão quando, Campeão Nacional, Joaquim Santos despista-se com o seu Ford RS200 sobre os espectadores que atropela alguns deles de forma mortal. A solução seria o regresso aos carros de serie o chamado Grupo A com algumas alterações e que já participava como um segundo pelotão do Mundial de Rallys. Em termos desportivos, foi o ano das estreias do Audi Sport Quattro e do pouco competitivo Citroen BX4TC na Suécia, da nova versão da Peugeot com 205Turbo 16E2, que se juntavam aos Lancia Delta S4, MG Metro 6R4 e o Toyota Celica Twicam Turbo, cuja potência situava-se entre os 700 e os 800 rpm., alcançando os 100 Km/h em cerca de 2.5 s. Em Monte Carlo, Henri Toivonen (Lancia Delta S4) obtém a segunda vitória da carreira após um pequeno despiste e Timo Salomen limita-se a segurar o 2º lugar, que lhe valeu as maiores crítica da imprensa da especialidade já que se tratava do último campeão mundial. Na Suécia, Jukka Kankkunen , recém recruta da Peugeot, ganha a sua primeira vitória fora de África, repetindo a proeza na Acrópele e na Nova Zelândia sendo campeão mundial no fim da temporada. Em Portugal, após o acidente de Joaquim Santos as equipas oficiais recusam continuar o rally e Joaquim Moutinho em Renault R5 Turbo torna-se o primeiro português a vencer uma prova do mundial. Giovanni Del Zoppo obtém o melhor resultado de um Grupo A, colocando o seu pequeno Fiat Uno Turbo logo atrás do 037 de Carlos Bica que ficou a 15 minutos do Renault da Galp. Bjorn Waldeggard ganha no Safari e repete na Costa do Marfim, onde o robusto Toyota é imbatível, no Quénia era a 3º consecutiva e a 7ª em oito anos. Na Córsega, após a morte trágica de Toivonen a Lancia retira-se do rally dominado por franceses como habitual sendo o 205 Turbo 16E2 de Bruno Saby o vencedor. No Acrópele os Peugeot continuam a ganhar mas a novidade foi a introdução de classificativas mais curtas que vão marcar os rallys modernos. Nas pampas argentinas o S4 volta a ganhar e Massimo Biasion obtém a sua primeira vitória mundial. Markku Allen domina o 1000 Lagos, mas é Timo Salomem que vence e obtém um novo êxito no RAC. No regresso aos Estados Unidos finalmente uma vitória no Mundial após quatro segundos lugares e a esperança de ser Campeão Mundo, uma vez que em San Remo corre sob protesto e a sua exclusão como prova pontuável para o Mundial beneficia o outro fimlandês no campeonato mais trágico e polémico da história. Para a imprensa da especialidade a opinião geral é que o campeão era sem dúvida Markku Allen, que assim, jamais obteria tal título. O desaparecido Henri Toivonen realizou 41 provas no Mundial entre 1975 e 1986, como piloto oficial pilotou para a Citroen, Talbot, Opel e Lancia. Terminou 14 provas, obteve sete pódios duas vitórias e obteve como melhor resultado no mundial o 6º em 1985 e foi vice-campeão da Europa em 1986 com um Porsche 911SC.A Audi no final da época abandonava o projecto dos Rallys iniciado em 1981, com o Quattro, dessa fase Stig Blomqvist afirmou “ O Quattro não foi desenvolvido muito depressa. Uma vez que viram quão competitivo era, a companhia queria continuar a ganhar ralis. Só quando a segunda geração de carros de tracção nas quatro rodas começou a aparecer é que esta política mudou e o Quattro Sport chegou. A Audi decidiu que teria um carro melhor se montassem um motor melhorado num chassis mais curto. É certo que o carro era mais rápido, apesar do chassis só ser melhor em determinadas condições”. Mundial de Marcas (10ºs): - 1ºPeugeot (137) ; 2ºLancia (122); 3ºVolswagen (65) 4ºAudi (65); 5º Ford (24) 6ºToyota (20) ; 8ºSubaru (13); 9ºAustinRover (13) ; 10ºCitroen (10). Mundial de Pilotos (10ºs): - 1ºJ.Kankkunen (SF) 1118; 2ºMarkku Allen (SF) 104; 3ºTimo Salomen (SF) 63; 4ºB.Waldegaard (S) 48; 5ºMassimo Biasion (I) 47; 6ºLars Erik Thorph (s) 40; 7ºBruno Saby (F) 20; 8ºMikael Ericsson (S) 40 ; 9ºKalle Grundel (S) 26 e 10ºKenneth Eriksson (S) 22.

1974 - Fitipaldi de favorito a campeão na última prova do ano

Após duas anos consecutivos de luta entre Fitipaldi e Setwart, o brasileiro era o grande favorito para o Mundial de F1, a questão que se punha é se o Mclarem M23 era suficientemente competitivo para a repetição do êxito de 1972. Uma vez que Emerson Fitipaldi tinha trocado por um contrato milionário a Lotus pela Mclarem, e embora o fez no final do ano era bi-campeão Mundial de Condutores e a Mclarem obtinha o seu primeiro título decidido na última prova da temporada. A Lotus com o modelo 72-D com a presença nos três mundiais anteriores estava finalmente esgotado e Ronnie Peterson, voltava a mostrar o seu estofo de campeão ganhando no Mónaco, em Dijon e em Monza, frente aos Ferraris que finalmente voltava aos pódios. Com três vitórias no final do ano a Ferrari era Vice - campeã tal como Clay Regazzonni que faria o campeonato da sua carreira. Todavia o 312-B3, vencia em Espanha e na Holanda, com um jovem austríaco, cheio de metodologia e persistência no desenvolvimento dos carros vermelhos, chamava-se Niki Lauda. Fora do campeonato, numa corrida de F1 em Brasília o argentinho da Brabham do argentino Carlos Reutman, era o vencedor e o seu mecânico na referida prova de nome Nelson Piquet, encontrar-se iam em pista em 1981, com o brasileiro a triunfar no referido campeonato por um ponto. O argentino venceu também dos GPS no Mundial na Austria e nos Estados Unidos com o BT44. A Tyrrel estreou o modelo 007 e novos e jovens pilotos, o sul africano, Jody Scheckter e francês Patrick Depailler, o sul africano obteve mesmo a sua primeira vitória na Suécia, onde a Tyrrel obteve uma dobradinha motivadora para uma época em que o carro era novo como os pilotos. O segundo piloto da Mclarem e ex-campeão do Mundo de F1, Denny Hulme, retirava-se da competição após 112 GPs e oito vitórias. O mesmo se verificou com outro homem do Team Yardley Mike Hailwood, que utilizava também um Mclarem M23 após um grave acidente no GP da Alemanha, menos sorte tiveram o norte americano acidentado nos testes com o DN8 da recém criada equipa da Shawood e o japonês H.Koinigg assombrava o mundo das corridas da F1 quando o seu bólide foi protagonista de mais um despiste mortal na F1. Mundial de Piltotos: 1ºE.Fitipaldi (BR) 55; 2ºC.Regazzoni (SUI) 52; 3ºJ.Scheckter (AFS); 4ºN.Lauda (AUS) 38; 5ºR.Peterson (S); 6ºC.Reutman (RA) 32; 7ºD.Hulme (NZ) 20; 8ºJ.Hunt (GB) 15; 9ºP.Depailler (F) 14; 10ºJ.Ickx (BEL) 12; 11ºM.Hailwood /(GB) 12; 12ºJ.C.Pace (BR) 10; 13ºJ.P.Jarier (F) 6; 14ºJ.Watson (GB) 6; 15ºH.Stuck (D) 5; 17ºA.Merzario (ITA) 4; 18ºG.Hill (GB); 19ºT.Pryce (GB) e V.Brambillha(ITA) 1. Mundial de Construtores: 1ºMclarem (73); 2ºFerrari (65) 3ºTyrrel (52); 4ºLotus (42); 5ºBrabham (35) 6ºHesketh (15) 7ºBRM (10); 8ºShawood (7); 9ºMarch (6); 10ºISO (4) 11ºSurtees (3) e 12ºLola (1).

1973 - O tri e retirada de Jackie Setwart

A temporada de 1973 foi marcada por mais um título da Lotus, ainda e sempre com o 72-D, que ganhou sete grandes prémios contra cinco da Tyrrel, todas obtidas por Jackie Setwart que no final da época era naturalmente campeão mundial pela terceira vez. Todavia o grande derrotado na estratégia do Team foi sem dúvida Colin Champaman, que ao contratar Ronnie Peternson colocou a equipa sem líder, prejudicando a época de Emerson Fitipaldi que após o GP de Espanha parecia decisivamente embalado para o título, todavia o campeonato para o brasileiro jogou-se na equipa e fora dela, todavia a postura dos homens da Lotus do ponto de vista de convivência foi simplesmente excelente, quando hoje os colegas de team praticamente não se falam independentemente do lugar e das potencialidade dos seus bólides. Porém para Jackie Setwart, que então desenvolvia uma campanha pela segurança na Fórmula Um sendo mesmo o responsável pela criação da associação de Pilotos com esse objectivo, abandonava a F1 no final do ano após a morte trágica nos treinos do GP dos Estados Unidos, Francois Cévert que era não só rápido como um excelente segundo piloto que tal com Moss, respeitou sempre o seu líder do team em pista. Mike Hailwood outro piloto vindo das motos e um segundo plano do pelotão era agraciado com o George Medal por ter salvo a vida a Clay Regazzoni que viu o seu Ferrari incendiar-se após um despiste no GP da África do Sul. O M-23 da Mclarem, revelava-se um carro bem nascido e os seus pilotos , o veterno Denny Hulme e o novato e milionário Peter Revson (biografia no blog) venciam respectivamente na Suécia e no Canadá. Por último uma referência ao sueco, Ronnnie Peterson, que fez um segunda parte do campeonato à campeão vencendo quatro Grandes Prémios e que foi sem dúvida um dos mais espectaculares pilotos da F1, fazendo derrapar o 72-D como um carro de rally. No final da época Ken Tyrrel tinha um problema grava não tinha pilotos. Jackie Setwart que foi piloto da BRM, Matra e Tyrrel , marcou presença em 99 GPs e 25 vitórias, um recorde que levou duas décadas a ser batido e em parte pelo aumento de número de GPs, abandonava a F1 e o jovem Francóis Cévert, não pertencia mais ao número dos vivos, disputou 46 Gps e obteve uma vitória em 1971 onde perdeu a vida em 1973. Pilotou para a Tecno, March e Tyrrel. Mundial de Construtores: 1ºLotus 92; 2ºTyrrel 82; 3ºMclarem 54; 4ºBrabham 23; 5ºMarch 14; 6ºBRM e Ferrari, 12; 8ºShawood, 9; 9ºSurtees 7; 10ºIso 2 ; 11ºTecno 1. Mundial de Pilotos: 1ºJackie Setwart (ESC), 71; 2ºE.Fitipaldi 55 (BR); 3ºR.Peterson (S) 52; 4ºF.Cévert (F) 47; 5ºP.Revson (USA) 38; 6ºD.Hulme (NZ) 26; 7ºC.Reutman (RA) 16; 8º J.Hunt (GB) 14; 9ºJ.Ikxc (BEL) 12; 10ºJ.P.Beltoise (F) 9; 11º J.C.Pace (BR) 7; 12ºA.Merzario (itA 6; 13ºG.Folmer (USA) 5; 14ºJ.Olivier (GB) 4; 15ºA.Ademich (ITA) 2 e 16ºW.Fitipaldi (BRA) 1

sexta-feira, agosto 28, 2009

1972- Fitipaldi o Campeão no regresso da Lotus aos títulos

Para os brasileiros, a Fórmula 1 em 1972 trouxe duas grandes alegrias. A primeira, a realização, em Interlagos de uma prova extracampeonato, que serviu de entrada do Brasil no mundo dos Grandes Prémios. Mas foi também a primeiro títuo de um brasileiro, Emerson Fitipaldi, que se tornou campeão do mundo, após um acidente fora das pistas em 1971 que em conjunto com a pouca competitividade do seu bólide impediu a afirmação do então jovem Emerson nos GPs. Em 1972 foram cinco vitórias contra quatro de Jackie Setwart então considerado como o grande favorito ao título e 10 pontos separam o título de marcas entre a Lotus e a Tyrrel, mas a equipa de Colin Champan voltava a fazer uma brilhante época, obtendo o seu quinto título. De realçar também que Fitipaldi coroado campeão Mundial no GP da Itália, era então o piloto mais jovem (25 anos) a obter o título. Jack Ickx e Jean Pierre Beltoise foram os únicos intrusos na luta Fitipaldi/Setwart, o primeiro no perigoso circuito de Nurburgring levava a Ferrari à única vitória da época em tempo de crise de resultados e o francês último no Mundial de 1971,vencia o seu primeiro GP, logo no Mónaco e o último da BRM com o modelo P 160B. O ex-Campeão Mundial de F1 de 1962 e 1968, Granham Hill agora relegado para lugares modestos e o mais veterano do pelotão, vencia as 24 Horas de Le Mans sendo o primeiro piloto de F1 da História a obter o título de campeão e as duas vitórias clássicas do automobilismo mundial as 24 Horas e a Indy 500.A Matra que aparecera de rompante em 1966 chegando ao título em 1969, abandonava a Fórmula 1, com 9 vitórias e um título mundial em 61 GPs. De assinalar também que este foi o ano que o autor do presente Blog, descobriu a Fórmula Um, quando era já adepto dos rallys desde 1968 ou 1969.Mundial de Pilotos: 1ºE.Fitipladi (BR) 61; 2ºJ.Setwart (ESC) 45; 3ºD.Hulme (NZ) 39; 4ºJ.Ikckx (BEL) 27; 5ºP.Revson (USA) 23; 6ºF.Cévert (F) 15; 7ºC.Regazzoni (SUI) 15; 8ºM.Hailwood (GB) 13; 9ºR.Peterson (S) 12; 10ºC.AMON (NZ) 12; 11º.P.Beltoise (F) 9; 12ºM.Andretti (USA) 4; H.Ganley (NZ) 4; 14ºB.Redman (NZ); 15º G.Hill (GB) e H.Ganely (NZ) 4; 16ºDE Adamich (I), C.Reutmann (RA) e C.Pace (BRA) 3; 19ºT.Scenken (AUS) 2; 20ºP.Gethim (GB) e A.Merzario (IT) 1. Mundial de Marcas: 1ºLotus (61); 2ºTyrrel (51); 3ºMclarem(47); 4ºFerrari (33); 5ºSurtees (18); 6ºMarch (15) 7ºBRM (14) 8ºMatra 12 e 9ºBrabham (79

1971 - A segunda de Setwart a primeira da Tyrrel

O Mundial de 1971,consagrou um novo construtor na F1, Ken Tyrrel que foi um dos elementos chaves para a vitória da Matra e de Jackie Setwart em 1969. Agora tratava-se de consagrar o patrão dos F1 azuis, que tinha evoluído o seu monolugar e tinha aos seu dispor dois grandes pilotos, Jackie Stewart que não era propriamente um novato, pois já ganhara em 1969 e agora acompanhava Ken Tyrrel que abandonara o projecto Matra para fundar a sua própria equipa.Françõis Cévert, era um Jovem talento que obteve vários pódios em 1971 depois de ter feito a sua primeira temporada com a Matra em 1970, todavia Setwart ao vencer cinco Grandes Prémios, garantiu a vitória absoluta por pilotos e marcas, numa temporada em que o modelo 003, revelou-se rápido, seguro e regular.A BRM voltou a fazer grandes resultados e o britânica alcançou uma notável vitória por décimos em Monza face a Ronnie Peterson um dos pilotos mais rápidos e espectaculares da sua época e que foi segundo em vários GPS. A Ferrari apenas ganhou a na África Sul e na Holanda, com o 312 B, e na corrida africana, Mário Andretti obteve a sua primeira vitória absoluta, na primeira temporada completa na Europa, depois de algumas participações esporádicas nas épocas de 1969 e de 1970. Longe de estar acabado o Lotus 72D não ganhou nenhum Grande Prémio, até que o revolucionário e fracassado Lotus Turbina foi utilizada sem sucesso ao longo da época, apesar do segundo posto de Emerson Fitipaldi em Hockenheim, no único carro que utilizou um motor com tuurbina na F1. O cenário da morte continuava rondando o automobilismo mundial e o ano de 1971 foi bastante trágico. Nos 1000 Km de Buenos Aires, faleceu o italiano Ignazio Giunti (1941-1971), um acidente no Campeonato Europeu de Protótipos ceifou a vida do mexicano Pedro Rodriguez (1940-1971) e no fim da época, um acidente durante a Corrida dos Campeões em Brands Hatch vitimou o suíço Jo Siffert (1936-1971). E a BRM ficavam sem os seus dois pilotos, Ignazio Giunti, obteve como resultado um quarto em SPA (1970), ao volante de um Ferrari 312-B/70 que utilizou em mais três gps, todavia tratava-se de um pilloto de Sport Protótipos. O mexicano Pedro Rodriguez, pilotou para a Lotus, Ferrari, Cooper e BRM, entre 1963 e 1971, oteve duas vitórias em GP (Africa do Sul – 1967 e Bélgica -1970), tendo participado em 51 GPS. O suíço Jo Siffert, participou em 96 GPS e venceu em Brands Hacth em 1968 e 1971 na Aústria antes de perder ávida numa prova extra-campeonato de F1. Foi piloto da Lotus, Brabham, Cooper, March e BRM. Em comum entre eles o gosto pelos Sport Protótipos e a morte na sua pilotagem nos casos de Giunti e Rodriguez. Mundial de Pilotos: - 1º J. Setwart (ES) 62; 2ºR. Peterson (S) 33; 3ºF. Cévert (F) 26; 4ºJ. Ickx (BEL) e J. Siffert (SUI) 19; 6ºE. Fitipaldi (BR) 16; 7ºC.Regazzoni (SUI) 13; 8º M.Andretti (USA) 12; 9ºC. Amon (NZ) ; P.Gethim(GB) , D.Hulme (NZ); P.Rodriguez (MEX) e R. Weisel (SUE) 9. 14ºH. Ganely (NZ) e T.Schenken (AUS) 5; 16ºD.Donohue (USA) e H.Pescarollo (F) 4; 18ºM.Hailoowd (GB); R. Stommelen (D) e J. Surtees (GB) 3; 21º G .Hill (GB) 2 e 22º J .P. Beltoise (F)
Mundial de Marcas: 1º Tyrrell 73; 2ºBRM, 36, 3º March, 34; 4ºFerrari, 33; 4ºMclarem 10 5ºLotus 8; 6ºMclarem ; 7ºMatra 9: 8ºSurtees 8; 9ºBrabham 5.

quarta-feira, agosto 26, 2009

1985 - O domínio do leão na nova era do Grupo B

As expectativas da Peugeot Talbot Sport, no início da temporada de 1985, passavam necessariamente pela conquista do Mundial de Marcas, após o domínio do 205 Turbo, nas provas em que participou. E se havia dúvidas elas terminaram após as três primeiras provas da época, de facto Ary Vatanen venceu à vontade em Monte Carlo e na Suécia e Timo Salomen dominou de forma insolente os Audi e os Lancia no Vinho do Porto. Até final da época, Timo Salomem venceu mais três provas consecutivas, Acrópele, Nova Zelândia e Argentina e como todos os grandes pilotos finlandeses inscreveu o seu nome no palmarés dos pilotos vitoriosos nos 1000 Lagos. Porém se a Peugeot e Salomen a partir de então passearam a caminho do título, Ary Vatanen ficou às portas da morte num violento despiste após um salto seguido de várias voltas numa das classificativas das pampas argentinas. A Audi fora da luta do título, apenas ganhou em San Remo, numa prova em que a potência do Audi foi aproveitada a 100%, Walter Röhrl declarou no final da prova que o carro “ não ia recto nem em linha recta” e a Lancia, com Henri Toivonen com o novo modelo o Delta S4, ganha no RAC seguido de Markku Allen, sendo tal como a Peugeot e a Toyota, as únicas equipas que consequiram uma dobrinha no final de um rally . Os franceses voltaram a dominar na Córsega e Jean Ragnotti impôs e pequeno e rápido Renault 5 Maxi Turbo ao Peugeot oficial de Bruno Saby que era a aposta da equipa do leão para a vitória. A Toyota com o seu Grupo B , o Celica TCT, com Jukka Kankkunen venceu nas duas provas africanas do campeonato, o Safari e a Costa do Marfim, em provas em que os 4x4 não foram capazes de bater, a robustez e o sistema de tracção tradicional dos carros nipónicos do team Europe. De realçar ainda a prova do queniano Mike Kirkland, que foi 3º com um Nissan 240RS e o melhor privado no Top Tem (8º) do Mundial de 1985. Na época dos Grupo B, Dario Cerrato era o sucessor de outro italiano Carlo Capone, como campeão da Europa numa competição que se tornara um feudo da Lancia e que tinha perdido todo o prestígio alcançado em outras décadas. No final do ano, seis equipas oficiais estavam prontas com os seus novos Grupo B para o Mundial de 1986, a Peugeot 205 Turbo 16E2, o Audi Sport Quattro S2, o Lancia Delta S4, o Austin Rover 6R4, o Ford RS2000 e a Citroen cujo desenvolvimento estava mais atrasado, embora todos estes modelos estavam em termos de potência estavam muito próximos da Fórmula Um. Mundial de Marcas: 1ºPeugeot (142); 2ºAudi (126) 3ºLancia (70) 4ºNissan (56) 5ºToyota (44) 6ºRenault (38) 7ºWolswagen (29) 8ºOPel (25) 9ºPorsche (24) 10ºMazda (22). Mundial de Pilotos: 1ºTimo Salomen (SF) 127; 2ºStig Blomqvist (S) 75; 3ºWalter Röhrl (D) 59; 4ºAri Vatanen (SF) 55; 5ºJuka Kakkunen (SF) 48; 6ºHenri Toivonen (SF) 48; 7ºMarkku Allen (SF) 37; 8ºBjörn Waldegaard (S)34; 9ºMike Kirkland (EAK) 26 e 10ºM.Basion (I) 23.

terça-feira, agosto 25, 2009

1970 - Jockem Rindt o campeão sem consagração.

Em 1970, a temporada na orfandade o Campeão Mundial Jochem Rindt, era consagrado a título póstumo depois de um domínio impressionante após a estreia do modelo 72 da Lotus, embora o austríaco tenha obtido a sua primeira das cinco vitórias no GP do Mónaco com o já cansado Lotus 49, que ia na terceira versão a C. Monza sem dúvida um dos circuitos mais rápidos da F1, matava mais um piloto da F1 e pela segunda vez, na época o “padock” estava de luto, uma vez que na Primavera Pires Courage outra vedeta em ascensão perdeu a vida durante o GP da Holanda. Jockem Rindt, participou em 57 GPS, obteve cinco vitórias absolutas e 10 pole position. O britânico, Pires Courage, foi piloto da Lotus, BRM, Brabham e Tomaso, alinhou em 28 GPs, pontou seis vezes e obteve dos pódios, dois 2ºs. Dos Estados Unidos, as notícias infelizes chegavam à caravana da F1, agora era Bruce McLaren que perdia a vida quando disputava o campeonato CAN-AM, competição realizada no Canadá e Estados Unidos. Era o fim do fundador de uma equipe que daria muito trabalho nos anos posteriores: a McLaren. Bruce Mclarem participou em 99 GPs e obteve três vitórias pilotos, para além do seu monolugar pilotou para a Cooper. A sua primeira vitória, ocorreu no GP da Alemanha de 1958, na sua primeira corrida tornando-se o piloto de F1, mais jovem a vencer um GP com 22 anos. Record batido só mais tarde na época de 2009 com Sebastien Vettel. No final da época outro piloto - construtor, Jack Brabham, tri Campeão Mundial de Condutores e bi-Campeão Mundial de Construtores, abandonava aos 44 anos a disciplina máxima da competição automóvel que desde 1960 se tinha tornado uma modalidade sangrenta com perda de nove pilotos que em diversos momentos partilharam o Grid com o australiano. Jack Branham participou em 123 GP, obteve treze vitórias e treze pole positions.Todavia uma nova era estava prestes a se iniciar com novos nomes como Emerson Fitipaldi que ao vencer o seu 1º GP no ano de estreia, em Waltkins Glen, garantiu o título ao seu saudoso amigo Rindt e a Lotus foi naturalmente campeão do Mundo com cinco vitórias, numa época em que a Ferrari com o modelo 312B-70, desde há muito tempo que não disputava o título e em parte devido a Jack Ickx que seguia no rasto de Moss ao obter o seu bi- vice campeonato. A segurança ainda não estava em debate os pneus sem rasto no piso estreavam-se nos circuitos mundiais surgiam os pneus silick.Mundial Pilotos:1ºJ.Rindt (AUS) 45; 2ºJ.Ickx (40); 3º C.Regazzoni (SUI) 33; 4ºD.Hulme (NZ) 27, 5ºJ.Branham (AUS) 25; J.Setwart (25) 7ºP.Rodriguez (23) 8ºC.Amon (NZ) 23; 9ºJ.P.Beltoise (FRA) 16;10ºE.Fitipaldi (BR) 12; 11ºR.Stommelen (D) 10; 12ºH.Pescarolo (F) 8; 13º G.Hill (7) 14ºM.Andretti (USA) 4; R.Weisell (SUE) 4; 17ºI.Giunti (ITA) 3; J.Surtees (GB) 3; J.S.Gavin (FRA) 3; 22ºF.Cévert (FRA) 1, P.Gethin (ING) 1, D.Gurney (EUA) 1 e D.Bell (1).Mundial de Construtores:1º Lotus (59); 2ºFerrai (55) 3ºMarch (48) 4ºBrabham (35) e Mclarem (35) 6ºBRM (23) e Matra (23); 8ºSurtees2.

1969 -O triunfo de Setwart, Tyrrel e Matra

O ano de 1969, caracterizou-se pelo sucesso do trio constituído por Jackie Stewart (piloto), Ken Tyrrell (chefe de equipe) e Matra (carro), que já havia impressionado na época anterior com três vitórias do Matra MS-10/Ford, todavia na temporada de 1969: o modelo MS-80 da Matra pilotado por Jackie Setweart venceu seis das onze corridas e sagrou-se com a maior facilidade campeão Mundial tal como a Matra. Jack Ickx confirmou o talento demonstrado na sua segunda época na F1 e foi tal como a sua equipa vice-campeão mundial. A Lotus acabou por ter um ano decepcionante, já que o revolucionário modelo - o 63 - com tracção integral não se revelou um monulugar ganhador, e as vitórias do ano obtidas por Granham Hill no Mónaco e Jochem Rindt nos Estados Unidos, deveu-se à utilização da versão B do Lotus 49. Em 1969 entrava em vigor um novo regulamento que determinava a subida do peso mínimo dos F1 para 530 Kg e era determinada a proibição do disso, o uso dos aerofólios, que tantos acidentes haviam causado em 1968 e que acabou por beneficiar a Matra que utilizou um chassis mais evoluído que os demais. Todavia a morte e a tragédia continuava a penalizar a modalidade e o famoso e sinuoso circuito Nurburgring, ceifava a vida do piloto lçocal, Gerhard Mitter um piloto de Sport /Protótipos e habitué na corrida alemã, com quatro presenças nos cinco GPs que participou em representação de marcas como a Porsche , Lotus e Brabham. Por curiosiodade os primeiros capacetes integrais da Bell foram utilizados na INdy 500.“Classificação do Mundial de Pilotos: 1ºJ.Setwart (ESC) 66; 2ºJack Ickx (Bel) 37; 3ºB.Mclarem (NZ) 26; 4ºJ.Rindt (AUS) 22; 5ºJ.P.Beltoise (F) 21; 5ºD.Hulme (NZ) 20, 7ºG.Hill (GB) 19; 8º P.Courage (GB) 16, 9ºJ.Siffert (SUI) 14 10ºJ.Branham (AUS) 14; 11ºJ.Surtees (GB) 6; 12ºC.Amon (NZ) 4; 13ºR.Attwood, GB 3; 14ºVic Elford (GB) 3; P.Rodriguez (MEX) 3; 16ºS.Moser (SUI) 1; J.Oliver (GB) ; J.S.Gavin(F) 1 . Mundial de Construtores: 1º Matra (66) ; 2ºBrabham (51) 3ºLotus (47) 4ºMclarem (40) 5ºFerrari e BRM (7)

1968- Granham Hill o campeão numa época trágica na F1

O campeonato de 1968 foi sem dúvida um dos mais negros d Fórmula 1 , uma vez que ficaria marcado pela morte do “REI e SENHOR” do mundo dos Grandes. A morte, no início do ano, de Jim Clark, numa prova de Fórmula 2 na Alemanha ocorreu quando o Lotus de Clark voou de encontro às árvores de Hockenheim sem nenhuma explicação lógica para o sucedido. Numa época negra para a Fórmula Um, que não só apresentava bólides mais rápidos, mais frágeis e com aerofólios que transformavam as máquinas top do desporto automóvel em verdadeiras asas voadores que não raramente terminavam fora da pista. E a morte prosseguia os pilotos da F1 tal como Clark [ Biografia- ver no Blog], Mike Spence perdeu a vida numa prova fora do Mundial da F1, num treino para as 500 milhas de Indianápolis, Ludovico Scarfiotti morreu quando testava um Porsche Spyder da categoria de Sport na Rampa de Ressfeld na Alemanha e Jo Schlesser perdeu sua vida no Grande Prémio da França. Mike Spence (GB), participou em 36 GPS, obteve um pódio, 3º no México com um Lotus Climax e pontuou 12 vezes e acumulou 14 abandonos. Foi pilotos da Lotus e da BRM, tendo obtido a sua melhor classificação no mundial em 1967, 8º. Ludovico Scarfiotti (ITA), participou em 10 GPS, vencendo em Monza em 1966, terminando o Mundial em 10º na sua segunda época das três que fez como piloto fábrica da Ferrari e melhor da sua carreira. Abandonou três vezes e pontuou 4. Jo Schlesser participou em três GPS nunca pontuando, os GPS da Alemanha (1966 e 1967) e França (1968). Apesar da fragilidade que as novas inovações técnicas trouxeram à F1, Graham Hill não deixou de utilizar enormes aerofólios para ser o campeão de uma temporada marcada pela tristeza da morte do seu companheiro de equipa, de resto as três primeiras provas foram dominadas pelos Lotus que voltavam a ganhar o título de construtores. Granham Hill venceu três Grandes Prémios, a nível oficial e quatro em toda a época, já que Jo Siffert foi o último privado a vencer uma Grand PriX ao volante do modelo 49B da Lotus. A nova vedeta do pelotão Jack Ickx obtinha a sua 1ª vitória em F1, em França. 1968, marcou a retirada de mais dos construtores da F1, Eagle que disputou em três anos 1966/1969, 25 GPS, obtendo uma vitória e a Honda, que obteve duas vitórias em 52 disputados entre 1964/1968. Mundial de Marcas: - 1ºLotus 62, 2ºMclarem 51,3ºMatra 45, 4ºFerrari 32, 5ºBRM 28, 6ºCooper e Honda, 14 e 8ºBranham 10. Mundial de Pilotos: - 1º G.Hill (GB) 48, 2ºJ.Setwart (GB) 36, 3ºD.Hulme (NZ) 33, 4º J.Ickx (BEL) 27; 5ºB.Mclarem (NZ) 22; 6ºP.Rodriguez (Mex) 18, 7º J.Siffert (SUI) e J.Surtees (GB) 12; 9ºJ.P.Beltoise (FRA) 11; 10ºC.Amon (NZ) 10M; 11º J.Clark (GB) 9: 12ºJ.Rindt (AUS) 8; 13º C.Attwood (GB) , J.Servoz-Gavin (F), Olivier (F) e Sacarfiotti (I) 6, 17ºBIanchi (BEL) e Elford (GB) 5; 19º Redman (GB) e P.Courage (GB) 4; 21ºD.Gurney (USA) e J.Bonnier (SUE) 3; 23ºS.Moser (SUI) e J.Branham (AUS) 2.

1967- Hulme o Campeão mas o venerado era outro


O mundial de 1967 quando terminou, os analistas da F1 a Fórmula 1 tinham uma certeza que ninguém havia sido melhor naquele ano do que Jim Clark, todavia o campeão era outro o “velho urso, Denis Hulme que se tornava o segundo campeão do mundo de oriundo de um país da região da Ásia Pacífico, a Nova Zelândia. Comprovando a tese de que em corridas de automóveis nem sempre vence o melhor. Jim Clark terminava o ano num modesto terceiro lugar, embora tenha vencido o dobro das provas dos dois primeiros classificados, nada menos que quatro circuitos :Zandvoort, Silvestorne,Walthins Glen e na Cidade do México A regularidade de Hulme, um piloto que soube administrar os resultados e levar seu Brabham/Repco ao final de nove das onze corridas da época, sempre entre os quatro primeiros. A Brabham com Denny Hulme/Jack Branham, venceram de forma incontestada o mundial de condutores com com cinco vitórias numa época em que o Lotus 49 se afirmava então como um dos bólides mais rápidos do pelotão. No final da temporada o primeiro campeão do mundo de Fórmula um, Phil Hill abandonava a F1, tornando-se um especialista em restauração de carros clássicos e no jornalismo do desporto motorizado, Campeão do Mundo em 1961,obteve seis polé position e seis vitórias em 48 Grandes Prémios disputados. Fora das pistas, desaparecia do mundo dos vivos, Tony Vandervell, um dos históricos construtores da Fórmula Um, que foi campeão em 1958, os seus Vanwall(s), disputaram vinte e nove provas e obtiveram nove provas em seis temporadas. Contudo a tragédia voltava a Monza quando o “menino querido” dos italianos, Lorenzo Bandini acidentado durante a corrida não resistiria aos ferimentos do que foi vítima. No seu palmarés, regista 44 participações, uma vitória na Áustria em 1964 na sua melhor época de sempre em que foi 4º, obteve oito pódios sempre ao volante de um Ferrari. A sua estreia ocorreu em Spa no ano de 1961 tendo sido 8º ao volante de um Cooper-Maseratii, que utilizou em mais três GPs. Mundial de Marcas: -1º Branham 67; 2ºLotus 50; 3ºCooper 28; 4ºHonda e Ferrari 20; 6ºBRAM 17; 7ºEagle 13 e 8ºMclarem 1. Mundial de Pilotos: 1ºD.Hulme (NZ) 57, 2ºBranham (AUS) 46, 3ºClark (GB) 41, 4ºSurtees (GB) e Amon (NZ) 20, 6ºP.Rodriguez (MEX) e G.Hill (15), 8º D.Gurney (USA) 9, 9ºJ.Setwart (GB) 10, 10ºSpence (GB) 9, 11ºLove (ROD), Rindt (AUS) e Siffert /(SUI) 6, 14ºMclarem (NZ) e Bonnier (SUE) 3, 16ºIrwin (GB), Parkes (GB) e Andersson (GB) 2. 19ºScarfiotti (ITA), Ligier /(F) e Ickx(BEL) 1.

1984 - O ano Stig Blomqvist no regresso da Audi

Após a surpresa da Lancia, a Audi, volta a ganhar o Mundial de rallys e em parte devido à época de sucesso do sueco Stig Blomqvist que sendo um piloto ganhador só surgiu com frequência a partir de 1982, quando se tornou piloto oficial da Audi Sport. De facto, o novo campeão mundial obteve cinco vitórias absolutas sendo a Suécia a primeira da época e a quarta vitória na sua terra natal. A Grécia, Nova Zelândia e a Costa do Marfim completam os sucessos obtidos em 1984. Em Portugal, Hannu Mikkola seria o vencedor com pouco mais de 27 segundos sobre Markku Allen, numa temporada em que os dois finlandeses ocuparam o pódio no final do ano com os 2ºs e 3ºs postos respectivamente. Entre os portugueses Jorge Ortigão com um Toyota Corolha 1600, terminava em 8º e era o melhor nacional. O Campeão de 1983, obteria sete pódios, contra seis de Markku Allen que ganhava na Córsega onde o Lancia 037 cilindrou as pretensões das vedetas locais e entre eles o camponesíssimo francês Jean Ragnotti que não foi capaz de superar o segundo piloto da marca italiana o joven Masion Basion. Walter Rohrl ganhava em Monte Carlo e era 6º no Vinho do Porto, não terminando até final da época qualquer prova devido aos constantes problemas mecânicos da super bomba que era o Sport Quattro, embora então em fase de ensaio. A Peugeot obtinha os seus primeiros sucessos com o 205 Turbo 16 e Ary Vatanen ganhava consecutivamente os únicos três rallys que completou os 1000 Lagos, San Remo e o RAC. A Toyota com o potente e monstruoso Toyota Celica Turbo TCT vencia de o Safari, graça a Bjorn Waldeggard.

sexta-feira, agosto 21, 2009

1966 - O tri de Jack Branham


Em 1966, os motores da Fórmula 1 mudaram radicalmente, passando de 1 500 para 3000cm3, com o objectivo de atrair os grandes fabricantes americanos. O peso mínimo exigido para os monolugares era de 500 kg. A estratégia acabou por ter sucesso na medida em que a gigante norte-americana a Ford estreava-se na Fórmula Um, através de uma associação com a empresa inglesa Cosworth, que seria base do mais famoso motor que jamais correu no Mundial de F1. Mas, em 1966 seria o motor australiano chamado Repco, que mais triunfos obteve durante a temporada dominada pelo também australiano Jack Brabham que aos 40 anos de idade sagrava-se campeão do Mundo após quatro vitórias consecutivas em circuitos tão diversos como Reims, Brands Hacth, Zandvoort e o perigosíssimo Nürburgring. A verdade é que o australiano, que se estreara em 1955 no GP de França e campeão mundial em 1959 e 1960 , não era então considerado um favorito apesar de ser um dos pilotos mais experientes e notáveis, já que era simultaneamente o único piloto e construtor, com vitórias em ambos os campeonatos. A Ferrari voltava a decepção da temporada, e o modelo 312/66 estava longe de competir com os motores da Repco, de tal modo que John Surtees que chegou a ganhar em Spa entrou em choque com Enzo Ferrari que o demitiu, voltando às vitórias no México com um Cooper /Maserati. As vedetas da temporada anterior, posicionavam-se em posições modestas no final da época, Jim Clark era 6º e obteve um único triunfo nos Estados Unidos com o novo Lotus 43. Jackie Setwart seria o 7º ganhando a primeira corrida do ano em Monte Carlo mas coleccionando sete desistências, cotando com um acidente. 1966 seria o ano dos pilotos construtores com a estreia de Bruce Mclarem e de Dan Gurney, com novos teams, a Mclarem e a Eagle, que apresentou um dos monulugares mais bonito de todos os tempos da F1, segundo alguns especialista da modalidade. Mundial Pilotos: 1ºJack Branham (AUS) 42; 2ºSurtees (GB ) 28; 3ºRinddt (AUT) 22; 4ºHulme (NZ) 18; 5º Hill (GB) 17; 6ºClark (GB) 16; 7ºStewart (GB ) 14; 8º Bandini (I) e Parkes (GB) 12; 10ºScarfiotti (I) 9; 11ºGinther (USA) 5; 12º Spence (GB) e Gurney (EUA) 4; 14ºBon durant (USA) , Siffert (SUI) e Mclarem (NZ) 3; 17ºTaylor (GB), Andersson (GB), Arundell (GB ) e Bonnier (SUE) 1. Mundial de 5ºCooper 14; 5º Construtores: 1ºBranham 42; 2ºFerrari 31; 3ºCooper 30; 4ºBRM 22; 5º Lotus 18; 6º Eagle 4; 7ºHonda e Mclarem 1.

1965 - Chegar e vencer o lema de Clark

Se havia dúvidas que Jim Clark era um dos melhores pilotos da sua época as mesmas acabaram na temporada de 1965 com a vitória em todos os Grandes Prémios que terminou, assim, as “migalhas” ficaram para Granham Hill que venceu os Grandes Prémios da África do Sul e dos Estados Unidos e que no final da época obtinha o seu tri /vice-campeão do mundo. A Honda obtinha a sua primeira vitória no México com modelo RA 271, projectado por Richie Ginther, o segundo projecto oficial da marca na última prova da época onde a sua competitividade surpreendeu os analista da época. Jackie Setwart, que se estreou em 1965 foi a grande revelação da época triunfando em Monza e ocupando o 3º lugar no pódio final do campeonato. Mas se Jim Clark esteve imbatível na Europa nos Estados Unidos, consagrou-se como o piloto mundial do momento ao vencer as 500 Milhas de Indianápolis, prova jamais ganha por europeu e que foi pontuável para o Mundial da F1 até 1960. Numa época monótona devido ao domínio de Clark/Lotus e sem novidade técnicas, já que se tratava do último ano da Fórmula 1,5 litros, uma vez que a maioria dos construtores estava a preparar a Fórmula 3 litros, que entrava em vigor no ano seguinte. Foi o último ano da Coventry-Climax no desporto automóvel, mas a empresa produziu um novo motor para os seus clientes habituais: um V-8 de 32 válvulas, com 8 árvores de cames, guiadas por um conjunto de engrenagens, em lugar da transmissão por corrente. O propulsor debitava a 213 cv, contra os 205 cv da versão de 16 válvulas, mas demonstrou ser bastante complicado em termos mecânicos e pouco viável. Jim ClarK, optou pela segurança utilizando o antigo Climax. Os pneus passaram a ser mais largos, mas com um diâmetro perpendicular menor, à medida que os projectistas tentavam encontrar as melhores formas de converter a potência dos motores em tracção. Os fabricantes de pneus, agora mais atentos à competição, produziram novos compostos para melhorar o desempenho dos seus produtos. A Dunlop era então a marca distribuidora dos neumáticos da F1 mas a Goodyear estreava-se no” mundo” dos Grandes Prémios. Mundial de pilotos : -1º Jim Clark (ESC) Lotus/Climax 54; 2º Graham Hill(ING)BRM 40(47); 3º Jackie Stewart(ESC)BRM 33(34); 4º Dan Gurney(EUA)Brabham/Climax 25; 5º John Surtees(ING)Ferrari 17;6º Lorenzo Bandini(ITA)Ferrari 13; 7º Richie Ginther(EUA)Honda 11;8º Mike Spence(ING)Lotus/Climax 10; 9º Bruce McLaren(NZE)Cooper/Climax 10;10º Jack Brabham( AUS) Brabham/Climax 9; 11º Denis Hulme(NZE) J. Brabham/Climax; 5 12º J. SIffert(SUI)Brabham/BRM 5 13º J. Rindt(AUT) Cooper/Climax 4; 14º P. Rodriguez (MEX) Ferrari 2; R. Bucknum (EUA) R. Attwood(ING)Lotus. Mundial de Construtores: 1ºLotus (54); 2ºBRM (45); 3ºBranham (27); 4ºFerrari (26); 5ºCooper 14; 6ºHonda 41.

terça-feira, agosto 18, 2009

1983 - A lancia rompe com o favoritismo da Audi Sport

O Mundial de 1983, seria marcada pelo duelo entre a Lancia e a Audi, que venceram cada uma cinco das doze provas do Mundial. Apenas nos rallys africanos, as duas marcas europeias não superaram a concorrência, Ary Vatanen vencia o Safari com o Opel Ascona 400 após a desistência de Shekar Metha que pilotava um Audi oficial e Bjorn Waldegaard impunha o Toyota Celica TCT na Costa do Marfim. Hannu Mikkola seria o único piloto a vencer em casa, porém o Rally dos 1000 Lagos seria marcada por uma luta entre os dois pilotos da Audi, uma vez que Stig Blomqvist procurava a vingança após a derrota na Suécia. Todavia no final da prova finlandesa 15s separavam os dois nórdicos, com vantagem para a Hannu Mikkola que venceu os dois rallys nórdicos e ainda os rallys de Portugal e da Argentina , onde Joaquim Santos com um velho e ultrapassado Ford Escort RS1800 posicionou-se na 9ºposição, no rally sul-americano que substituía o do Brasil , Hannu Mikkola sagrava-se campeão Mundial numa prova em que a Audi ocupou os três lugares no pódio. Repetindo de resto, o feito da Lancia, que no inicio da Primavera colocou os três 037 nas posições cimeiras contra a tradicional ofensiva dos pilotos franceses e o desastre da Audi que não conseguiu trazer um carro até final, Markku Allen era vencedor repetindo a proeza no San Remo. Mas seria Walter Röhrl o piloto de ponto da marca, levando o 037 às vitórias em Monte Carlo, na Acrópele e na Nova Zelândia, provando que era capaz de ganhar na terra e não só no asfalto. De realçar ainda que a edição de 1983, foi marcada com uma nova regulamentação, depois de um ano de transição, em que os antigos grupos 4,2 e 1 eram reconvertidos nos novos grupos B,A e N que integravam as novas super-máquinas, admitidas no Grupo B, com chassis tubular, carroçaria de fibra e com um número máximo de 200 unidades fabricadas. Mundial de pilotos (10ºs) : -1ºHannu Mikkola (SF) 125; 2ºWalter Röhrl (D) 102; 3ºMarkku Allen (SF) 100; 4ºStig Blomqvist (S) 89; 5ºMichéle Mouton (F) 53; 6ºAry Vatanen (SF) 44; 8º Shekar Metha (EAK) 26; 9ºLasse Lampi (SF) 26 e 10ºPer Eklund (S) 22. Mundial de Marcas (10ºs):- 1ºLancia 118; 2ºAudi 116; 3ºOpel 87; 4ºNissan 52; 5º Renault 27; 6ºToyota 24; 8ºLeyland e Wolswagen 11; 10ºPeugeot e Vauxchall 10.

1964 - Surtees e a Ferrari, os campeões inesperados

A Ferrari obtém o seu segundo título na Fórmula Um, numa temporada que começou francamente má para a marca transalpina, cujo motor V6 não se mostrava competitivo face aos BRM e Lotus que voltavam com a mesma determinação pela vitória que nas épocas anteriores. A Lotus com Clark dominou a primeira parte da temporada. Todavia na segunda metade da época, no GP da Alemanha, a Ferrari surgiu com um moderno motor de 8 cilindros que seria determinante para os carros vermelhos que obtiveram três importantes vitórias: duas por Surtees (Alemanha e Itália) e Lorenzo Bandini (Austria). Na corrida para o título de pilotos, John Surtees, ex-campeão Mundial de motociclismo com sete títulos em 350 e 500cc, ganhou o campeonato por apenas um ponto de vantagem, porque o regulamento da época previa apenas os seis melhores resultados de um total de dez. Graham Hill somou mais pontos, mas perdeu o título uma vez retirados os piores resultados. A Branham obteve a sua primeira vitória absoluta no Mundial da F1, graças a Dan Gurney que se impôs no último GP do ano no México, apesar da primeira vitória da marca ocorreu en Estugarda, numa prova extra-campeonato em que o piloto/ construtor, Jack Branham foi o primeiro a fazê-lo em tal condição. A Honda com o modelo RA0271, seria o primeiro construtor não europeu a participar num GP, com o modelo RA271, tripulado por Ronnie Bucknum.A tragédia voltava aos circuitos da F1 após dois anos de tréguas, com o despiste trágico do holandês Carel Beufort nos treinos do GP da Alemanha. A sua carreira iniciada em 1957, como piloto oficial da Porsche em 26 dos 27 GPs em que participou. O seu melhor resultado e único pódio que obteve ocorreu na sua primeira prova oficial o GP da Alemanha, viria a pontuar em mais quatro GP, todos na 6ª posição. Conheceu dois acidentes um dos quais o vitimou, numa carreira marcada pela regularidade onde apenas não terminou cinco provas. Mundial de pilotos: 1º John Surtees(ING)Ferrari 40; 2º Graham Hill(ING)BRM 39 (41); 3º Jim Clark(ESC)Lotus/Climax 32; 4º Lorenzo Bandini(ITA)Ferrari 23; 5ºRichie Ginther(EUA)BRM 23: 6º Dan Gurney(EUA)Brabham/Climax 19;7º B. McLaren(NZE)Cooper/Climax 13; 8º Jack Brabham(AUS)Brabham/Climax 11º P. Arundell(ING)Lotus/Climax 11; 10º Jo Siffert(SUI)Brabham/BRM 7 ;11º Bob Anderson(ING)Brabham/Climax 5;12º Anthony Maggs(AFS)BRM 4 e Mike Spence(ING)Lotus/Climax 4;14º I. Ireland(ING)BRM 4 ;15º J.Bonnier(SUE) Cooper/Climax 3; 16º C. Amon(NZE)Lotus/BRM 2 ;W, Hansgen(EUA)Lotus/Climax 2; M. Trintignant(FRA)BRM 2:19º T. Taylor(ING)BRP/BRM1;M.Hailwood(ING)Lotus1;P.Hill(EUA)Cooper/Climax;P. Rodriguez(MEX)Ferrari 1. Mundial de Marcas:1º Ferrari (45) 2ºBRM (42)3ºLotus (37); 4ºBranham(33) 5ºCooper(16)

1963 - A tripla imbatível - Clark /Chapmam/Lotus 25

Na temporada de 1963, finalmente confirmou-se que a opção do patrão da Lotus por Jim Clark por troca polémica com Innes Ireland no final de 1961 estava correcta depois de um vice em 1962. O certo é que Clark dominou de forma absoluta com sete vitórias absolutas em dez possíveis, mais do que um campeão nascia uma lenda na F1. Invertendo as posições do ano anterior, desta vez Graham Hill foi o vice, mas apenas com pouco mais da metade dos pontos de Clark, com apenas duas vitórias no GP do Mónaco, a primeira deste britânico que se tornou um verdadeiro especialista do circuito monegasco e a Waltkins Glen onde o BRM P-157 obteve a segunda dobradinha do ano, com o norte americano Richie Ghinter que corria o seu GP. Jonh Surtees, o campeão mundial de motociclismo, obtinha na Alemanha o seu primeiro triunfo na Fórmula um com o modelo 156 da Ferrari, que não ganhava uma prova desde 1961. A Lotus era a equipa do momento com o modelo 25 que em 21 grandes prémios de carreira triunfou em 11 Grandes Prémios, sendo o primeiro em o GP da Bélgica em 1962 e o último o primeiro GP da temporada de 1965, sempre com o escocês voador no lugar mais alto do pódio. O desastre técnico do ano foi o ATS, que representava uma nova marca italiana de F1,fundada pelo Conde Volpi de Misurata, o industrial Giorgio Bili e o milionário boliviano, herdeiro de uma fortuna em minas de estanho, Jaime Ortiz Patiño, a direcção técnica estava a cargo do engenheiro Carlo Chiti, que deveria desenhar um modelo mais competitivo que os Ferrari que eram já um símbolo do desporto motorizado italiano, os pilotos para os grandes êxitos da ATS eram o campeão Mundial de 1961 e o italiano Giancarlo Baghetti, considerado a grande esperança italiana na modalidade. Mundial de Pilotos: - 1ºClark (GB) 54; 2ºHill (GB) e Ghinter (EUA) 29; 4ºSurtees (GB) 22; 5º Gurney (USA) 21; 6º Mclarem (NZ) 17;7º Branham (AUS) 14; 8ºMaggs (AS) 9; 9ºIerland (GB); Bandini (I) e Bonnier (Sue) 6 ; 12ºMitter (Ale) e Hall (GB) 3 14ºDe Beufort (Hol) 2; 15ºJ.Taylor (GB); Scarfiotti (I) e Siffert (USA) 1 – Mundial de Marcas: - 1º Lotus (54); 2ºBRM (36); 3ºBranham (28) 4ºFerrari (26) 5ºCooper (25) 6ºPorsche (4).

domingo, agosto 16, 2009

1982 - O bi de Rörhl na consagração da Audi Sport


O mundial de 1982, foi caracterizado pelo domínio das marcas alemãs que venceram nove das doze provas pontuáveis. A Audi Sport finalmente conseguia aliar a competitividade à resistência e obtinha nada menos que sete vitórias absolutas. Os pilotos locais continuavam a ganhar nas suas provas na Suécia, Stig Blomqvist somava mais um triunfo o quarto na sua terra natal , Shekar Metha, não só se tornava o rei e senhor do Quénia como o Violet GT da Datsun se imponha às marcas europeias. Hannu Mikkola vencia nos 1000 Lagos numa prova disputada ao segundo com o seu companheiro da equipa Audi, Stig Blomqvist. De salientar ainda que nos dez primeiros á geral, oito eram finlandeses. Todavia, na marca germânica, a confirmação de Michele Mouton foi evidente ganhando o Rally de Portugal e a Acrópele, na prova portuguesa Carlos Torres surgia com um grupo 4, um Escort RS1800 e terminava na 4ª posição sendo o melhor nacional. A senhora “Audi” seria vice-campeão de rallys no final da temporada. Mas a figura do ano, seria o alemão Walter Rorld que se tornou o primeiro bi-campeão do mundo de rallys, com vitórias em Monte Carlo e na Costa do Marfim, na primeira prova impôs-se ao “Quattro” de Mikkola. Os três segundos lugares em provas demolidoras como o Safari, Acrópele e Costa do Marfim foram decisivos para o título, assim como o 4º lugar na Córsega denominada pelos pilotos locais que na qualidade de privados humilharam os pilotos de fábrica, no final um pódio 100% francês : 1ºJean Ragnotti (Renault R5 Turbo); 2º Andruet (Ferrari 308 GTB) e 3ºBernard Beguin (Porsche 911SC). O RAC como sempre terminava a temporada com o domínio de Hannu Mikkola sendo melhor modelo britânico o Vauxhall Chevette 2.3 HSR na 6ºposição com Russel Brookes interrompendo essa condição aos modelos Escort da Ford que desde 1973 salvavam a honra dos construtores britânicos. A Lancia voltava o top dos rallys mundias com o Lancia Abarth Rally que se estreou sem resultados na Costa Esmeralda, obteve o primeiro resultado de registo no Mundial, um 4º lugar por Markku Allen no RAC. A Subaru pela primeira vez pontuava no Mundial com o modelo Leone 4x4, pilotados no Quénia por pilotos locais que obtiveram as seguintes posições: , 9º e 10º. E a Mitsubishi começava a revelar o seu interesse pelos rallys internacionais com o modelo Lancer Turbo, que se estreou nos 1000 Lagos com um belíssimo 3º lugar de Penty Arikkala e voltando a surpreender no San Remo, com o 7º de Anders Kullang. Mundial de pilotos: 1ºWalter Röhrl (D) 131; 2ºMichele Mouton (F) 97; 3º Hannu Mikkola (SF) 70;4º Stig Blomqvist (S) 58; 5ºPer Eklund (S) 58; 6ºBjorn Waldegaard (S) 57; 7ºHenri Toivonen (SF) 32; 8ºShekar Metha (EAK) 30; 9ºBruno Saby (F) 26; 10ºJean Ragnotti (F) e Timo Salomen (20). Mundial de Marcas:1º Audi (122); 2ºOPel (104); 3ºDatsun (57); 4ºFord (55); 5ºToyota (41); 6ºRenault (34); 7º Porsche (28); 7º Mitsubhish (28); 9ºLancia (25); 10ºTalbot (24); 11ºCitroen (23); 12ºVauxchall (18); 13ºFerrari (16); 14ºWolswagen (14); 15ºMazda (14); 16º Leyland (12);17ºSubaru (10) e 18ºFiat (6).

sábado, agosto 15, 2009

1962- O duelo entre Hill e Clark

A temporada de 1962, foi marcada pelo duelo entre dois britânicos, Granham Hill e Jim Clark, que dividiram entre sete vitórias em Grandes Prémios em nove possíveis, apenas o Cooper T-60/Climax de Bruce McLarem no Mónaco se intrometeu na luta pelo título decidida na última prova do mundial no GP. da África do Sul (Easton London). Uma vez que Granham Hill e Jim Clark surgiram empatados pontualmente porém a eficiência do BRM P-57 de Hill foi determinante nas ruas de East London apesar da modernidade do Lotus 25 /Climax de Clark. O ano de 1962, viu encerrar a carreira de uma das maiores lendas da Fórmula 1. De realçar ainda que a Porsche alcançou a sua primeira e última vitória na F1 no GP da França (Rouen), através de Dan Gurney, abandonando no final da época a Fórmula Um. O projecto Porsche iniciado em 1960, com carros providos de antiquados motores de quatro cilindros, subira consideravelmente a fasquia em 1962, com o Porsche 908, impelido por um motor horizontal de oito cilindros de 66x54,66 mm e 1.494 cm3 que desenvolvia consideravelmente 185 CV a 9.200 rpm. Stirling Moss abandonava a Fórmula 1, após um acidente fora do campeonato (Goodwood), que o debilitou para o automobilismo. Moss entrava para a história como um verdadeiro campeão sem nunca ter vencido um campeonato de Fórmula 1. Estreou-se com HWM no GP de Berne e disputou 67 GPS e obteve 14 vitórias e 21 pódios e foi quatro vezes vice - campeão do Mundo, alguns abandonos inesperados e a sombra de Fangio afastou-o sempre de um título que se avinhava no início de cada época. Mundial de Pilotos: 1ºGranham Hill (GB) 42; 2ºClark (GB) 30 3ºMclarem (NZ) 27; 4ºSurtees (GB) 19 5ºGurney (EUA) 15 6ºP.Hill (USA) 14; 7ºMaggs (AS) 13; 8ºGhinter (GB) 10; 9ºBranham (AUS) 9; 10ºTaylor (GB) 6; 11ºBaghetti (I) 5 12ºR. Rodriguez (MEX) e Bandini (I) 4 14ºMairesse (BEL) e Bonnier (SUE) 3 ; 16ºIreland (GB) e Beufort (HOL) 2; 18ºGregory (EIA) e Lederle (AS) 1. Mundial de Marcas: 1ºBRM 42; 2ºLotus (36)3ºCooper (29) 4ºLola (19) 5ºPorsche e Ferrari (18); 7ºBranham 6.

1961 - O ano da Ferrari


A edição da F1 1961, conheceu uma série de mudanças regulamentares: a pontuação passou a ser de 9 para o 1º classificado, de 6, 4, 3, 2 e 1 para os restantes classificados até à sexta posição. A nível técnico, os motores ficaram limitados a 1,5 litro, com aspiração normal, enquanto que o peso dos bólides estava limitado a 450 Kg com o tanque vazio. O mundial iniciava-se com uma brilhante vitória de Stirling Moss no Grande Prémio do Mónaco, mas o ano seria da Ferrari que venceria cinco dos oito Grandes Prémios da temporada, em parte também pela capacidade técnica de adaptação da marca italiana face à nova regulamentação que de resto seria mal aceite pelos teams ingleses que estiveram quase a fundar uma nova categoria de monolugares. Apesar de tudo a Lotus com o modelo 25 e com os pilotos Stirling Moss e Innes Irland foram a única equipa que impediram o domínio absoluto da marca do cavalinho rompante. O aristocrata alemão, o Conde - Wolfang Von Trips, seria a figura da temporada apresentando-se em Monza na antepenúltima prova do campeonato como o mais que provável campeão de Mundo, contudo um toque com o Lotus de Jim Clark, determinou nova tragédia na F1 uma vez que o Ferrari em direcção a uma multidão de espectadores, colhendo a vida de treze deles e do promissor ídolo alemão. Von Trips, estreou-se no GP do Mónaco de 1957 com um Lancia-Ferrari e disputou 26 Grandes Prémios, obteve seis pódios e duas vitórias em GPS, pontuou em 15 provas, abandonou em 7 provas sendo três por acidente e não pontou apenas em duas provas, uma delas em Cooper –Maserati o único bólide que pilotou fora da escudaria Ferrari Phill Hill , o 2º piloto da Ferrari, ao terminar em segundo esta trágica prova seria o primeiro campeão do mundo norte-americano com um ponto de vantagem. De realçar ainda que Giancarlo Baghetti, também em Ferrari fazia história ao se tornar no primeiro piloto da Fórmula Um a vencer na prova de estreia. O caso do ano, foi o despedimento de Innes Ireland, que apesar de ter ganho o último GP do ano, nos Estados Unidos em Waltkins Glen, seria substituído por Jim Clark que tinha sido 8º no Mundial de F1 de 1960 e tinha como melhor resultado da sua carreira um pódio no GP de Portugal, 3º no mesmo ano. Mundial de Pilotos: 1ºPhill (EUA) 34; 2º Von Trips (D) 33; 3º Moss (GB) e Gurney (21) 5º Ghinter (EUA) 16; 6ºIreland (GB) 12; 7ºClark (GB) e Mclarem (NZ) 11; 9ºBaghetti (I) 9 10ºBrooks(GB) 6 11ºBranham (AUS) e Surtees (GB) 4 ; 13ºGendebien (Bel) , Bonnier (S) , G.Hill(GB) e Lewis (GB) 3; 17ºSalvadori (GB) 2. Mundial de Marcas: 1ºFerrari (40) 2ºLotus (32) 3ºPorsche (22) 4ºCooper (14) 5ºBRM (7).