segunda-feira, agosto 31, 2009

1976 - James Hunt o campeão rebelde


Em 1976, o Campeonato Mundial incluía dezasseis provas pontuáveis e registando-se a entrada do GP do Japão e os Estados Unidos, disputava-se pela primeira vez na Califórnia em Long Beach. Em termos regulamentares algumas alterações significativas com o objectivo de diminuir a velocidade e aumentar a segurança. As elevadas entradas de ar foram banidas, a asa traseira colocada a 50 cm mais dentro; a largura total foi limitada a 215 cm ; a altura máxima passou para 85 cm a partir da parte mais baixa do carro; a largura dos pneus foi limitada a 533 mmm e o diâmetro das jantes passou para o máximo de 330 mmm. O campeonato começava em Interlagos, um vez que o GP. da Argentina seria anulado devido ao sangrento golpe de Estado contra o Presidente Isabel Peron. E o campeão em título chega a Alemanha com 5 vitórias e o campeonato praticamente ganho, todavia a sorte seria adverso a Niki Lauda vítima de um pavoroso acidente no tímido e perigoso traçado de Nürburgring e que o deixou às portas da morte chegando mesmo um padre a prestar-lhe a extrema-unção. Mostrando uma coragem ímpar e recusando a medicação que eventualmente lhe poderia condicionar a condução volta em Monza duas corridas depois para disputar o título com James Hunt, agora a grande esperança da Mclarem para novos voos que antes do GP da Alemanha só tinha triunfado na Bélgica. Niki termina o GP de Itália em 4º e parte para as corridas fora da Europa em igualdade pontual com o britânico. Entretanto uma boa notícia animava o austríaco, James Hunt tinha sido desclassificado no GP da Inglaterra e a vitória era lhe atribuída, todavia os GPS do Canadá e dos Estados Unidos tinham como vencedor James Hunt, no novo circuito do Mont Fuji decidia-se o título. A chuva caía irregularmente sobre a pista, Niki Lauda dava duas voltas e parava nas boxes, a Ferrari anunciava o abandono por falha técnica e Lauda com a coragem que lhe permitiu abandonar a cama dos cuidados intensivos quase para a pista, declarava que a sua desistência devia-se as condições adversas da pista. Mario Andretti, com o Lotus 77 após a experiência mal sucedida na Parnelli voltava aos lugares da frente, obtendo a sua segunda vitória da carreira, enquanto que o 3º posto permitia a James Hunt o título de campeão Mundial . Jody Scheckter surpreendentemente com o Tyrrell de seis rodas, o P34 ganhava na Suécia num ano em que os carros azuis voltavam a ser competitivos e Jonh Watson com Penske P4 vencia na Áustria, sendo a sua primeira vitória e do seu construtor, que no final da época voltava à Fórmula Indy onde estava normalmente no pódio. Ronnie Peterson que iniciou a época na Lotus, abandonava a equipa na medida em que não estaria interessado em ter Mario Andretti como piloto no team com as mesmas condições e seria com o March 751 que ganhava em Monza na última vitória da marca. Três novas equipas participavam pela primeira vez no Mundial, a ligier que fazia regressar os motores Matra à Fórmula Um, com o patrocínio do cigarreira Gitanes, a Fitipaldi que surpreendentemente tinha Emerson Fitipaldi como piloto, num monolugar que lhe permitia à partida os voos que a Lotus e a Mclarem lhe tinha proporcionado entre 1972 e 1975, dois títulos e dois vice-campeonatos e a Alfa Romeo vinte cinco anos depois voltava ao mundo dos grandes Prémios, não pontuando nas provas que disputou. Mundial de pilotos: 1º J.Hunt (GB) 69; 2ºN.Lauda (AUS) 68; 3º J.Scheckter (AS) 49; 4º P.Depailler (F) 39; 5ºC.Regazzoni (SUI) 31; 6ºM.Andretti (USA) 22; 7ºJ.Lafittite (F) e J.Watson(GB) 20; 9ºJ.Mass (D) 19; 10ºG.Nilsson (S) 11; 11ºT.Pryce (GB) e R.Peterson (S) 10; 13º H.Stuck (D) 8; 14ºC.Pace (BR) e A.Jones (AUS) 7; 16ºC.Reutman (RA) e E.Fitipaldi (BRA) 3, 18ºC.Amon (NZ) 2; 19ºR.Stommelen (D) e V.Brambila (ITA) 1.Mundial de construtores: 1º Ferrari 83; 2ºMclarem 74; 3ºTyrrell (71); 4ºLotus (29) 5ºLigier e Penske (20) 7ºMarch (19) ; 8ºShawood (10) ; 9ºBrabham (9); 10ºSurtees (7) ; 11ºCopersucar (3) ; 12ºEnsign (2) e 13ºParnelli (1).

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