As expectativas da Peugeot Talbot Sport, no início da temporada de 1985, passavam necessariamente pela conquista do Mundial de Marcas, após o domínio do 205 Turbo, nas provas em que participou. E se havia dúvidas elas terminaram após as três primeiras provas da época, de facto Ary Vatanen venceu à vontade em Monte Carlo e na Suécia e Timo Salomen dominou de forma insolente os Audi e os Lancia no Vinho do Porto. Até final da época, Timo Salomem venceu mais três provas consecutivas, Acrópele, Nova Zelândia e Argentina e como todos os grandes pilotos finlandeses inscreveu o seu nome no palmarés dos pilotos vitoriosos nos 1000 Lagos. Porém se a Peugeot e Salomen a partir de então passearam a caminho do título, Ary Vatanen ficou às portas da morte num violento despiste após um salto seguido de várias voltas numa das classificativas das pampas argentinas. A Audi fora da luta do título, apenas ganhou em San Remo, numa prova em que a potência do Audi foi aproveitada a 100%, Walter Röhrl declarou no final da prova que o carro “ não ia recto nem em linha recta” e a Lancia, com Henri Toivonen com o novo modelo o Delta S4, ganha no RAC seguido de Markku Allen, sendo tal como a Peugeot e a Toyota, as únicas equipas que consequiram uma dobrinha no final de um rally . Os franceses voltaram a dominar na Córsega e Jean Ragnotti impôs e pequeno e rápido Renault 5 Maxi Turbo ao Peugeot oficial de Bruno Saby que era a aposta da equipa do leão para a vitória. A Toyota com o seu Grupo B , o Celica TCT, com Jukka Kankkunen venceu nas duas provas africanas do campeonato, o Safari e a Costa do Marfim, em provas em que os 4x4 não foram capazes de bater, a robustez e o sistema de tracção tradicional dos carros nipónicos do team Europe. De realçar ainda a prova do queniano Mike Kirkland, que foi 3º com um Nissan 240RS e o melhor privado no Top Tem (8º) do Mundial de 1985. Na época dos Grupo B, Dario Cerrato era o sucessor de outro italiano Carlo Capone, como campeão da Europa numa competição que se tornara um feudo da Lancia e que tinha perdido todo o prestígio alcançado em outras décadas. No final do ano, seis equipas oficiais estavam prontas com os seus novos Grupo B para o Mundial de 1986, a Peugeot 205 Turbo 16E2, o Audi Sport Quattro S2, o Lancia Delta S4, o Austin Rover 6R4, o Ford RS2000 e a Citroen cujo desenvolvimento estava mais atrasado, embora todos estes modelos estavam em termos de potência estavam muito próximos da Fórmula Um. Mundial de Marcas: 1ºPeugeot (142); 2ºAudi (126) 3ºLancia (70) 4ºNissan (56) 5ºToyota (44) 6ºRenault (38) 7ºWolswagen (29) 8ºOPel (25) 9ºPorsche (24) 10ºMazda (22). Mundial de Pilotos: 1ºTimo Salomen (SF) 127; 2ºStig Blomqvist (S) 75; 3ºWalter Röhrl (D) 59; 4ºAri Vatanen (SF) 55; 5ºJuka Kakkunen (SF) 48; 6ºHenri Toivonen (SF) 48; 7ºMarkku Allen (SF) 37; 8ºBjörn Waldegaard (S)34; 9ºMike Kirkland (EAK) 26 e 10ºM.Basion (I) 23.
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